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domingo, 29 de julho de 2012

A eletricidade e o custo Brasil

O Estado de S Paulo

O governo federal promete reduzir o custo da energia elétrica, uma das principais desvantagens da indústria brasileira diante dos concorrentes mais dinâmicos. Embora importante, essa iniciativa eliminará apenas uma fração do famigerado custo Brasil. Várias novas ações serão necessárias - na área dos impostos, por exemplo - para equilibrar a competição entre o produtor nacional e o estrangeiro. Além disso, o governo central só poderá cortar uma parte dos encargos sobre a eletricidade. O consumidor continuará onerado pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), cobrado pelos Tesouros estaduais. De toda forma, o alívio anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, será um passo considerável na direção certa, embora representantes da indústria reivindiquem um corte bem mais amplo que o prometido.

O alívio prometido pelo ministro dependerá de ações de dois tipos. Está prevista, inicialmente, a eliminação de três encargos embutidos nas tarifas - a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Reserva Global de Reversão (RGR). Esses itens, somados, correspondem a 7% da conta de eletricidade. O ministro ainda acenou com a possível extinção do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), destinado a financiar, por exemplo, instalações de geração eólica. Se essa hipótese for confirmada, haverá mais um corte de 1,1%.

A segunda medida será a renovação, por 20 anos, das concessões do setor elétrico com vencimento previsto para 2015. As empresas beneficiadas, adiantou o ministro, deixarão de incluir em suas contas a remuneração de investimentos já amortizados. Também isso deverá baratear a eletricidade e a redução média das tarifas ficará em torno de 10% - provavelmente entre 15% e 20% no caso das indústrias. As empresas, de toda forma, deverão ser beneficiadas com a desoneração antes dos consumidores residenciais.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, continua defendendo a realização de novas licitações para a seleção das empresas prestadoras dos serviços de eletricidade.

Além disso, empresários do setor manufatureiro cobram reduções bem mais amplas do custo da energia. Com um corte de 10%, a energia brasileira apenas passaria do terceiro para o quarto lugar na lista das mais caras do mundo, argumentou um crítico, citando um levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Os industriais têm concentrado no governo federal as pressões pela redução do custo da energia elétrica. Mas os governos estaduais são responsáveis por uma parcela muito importante da tributação dos serviços de utilidade pública. Nenhum esforço de racionalização dos impostos brasileiros será suficiente sem o envolvimento dos Tesouros estaduais. O governo federal deveria trabalhar por esse objetivo e o empresariado seria mais realista em suas reivindicações se tentasse envolver os Estados na discussão.

A eliminação dos encargos federais embutidos na conta de eletricidade terá um custo considerável para o Tesouro Nacional. No ano passado, renderam R$ 10,8 bilhões. Até agora, o governo tem procurado compensar os benefícios concedidos a alguns segmentos empresarias com aumentos de impostos e contribuições pagos por outros. Se há alguma renúncia fiscal, nesses casos, é certamente bem menor do que alardeiam as autoridades.

Se a ideia é tornar a empresa brasileira mais competitiva e, portanto, mais capaz de ocupar mercados e de gerar empregos, é preciso dar maior amplitude à desoneração tributária. Para isso será preciso mexer mais corajosamente na política fiscal, tornando o gasto público mais parcimonioso e mais eficiente.

Embora importante, o preço da eletricidade é apenas um dos componentes do custo Brasil. Para executar de fato uma política de competitividade, cantada até pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, numa conferência em Londres, o governo terá de mexer numa porção de outros obstáculos, incluída a própria ineficiência no planejamento e na execução de investimentos em infraestrutura.

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Esse texto é muito bacana, sempre considerei a Eletricidade um status social, coisa de gente muito rica, jamais tinha imaginado como fator de produção. De acordo com as contas que recebo da Eletropaulo, eu gasto em média 350 kwh (o que dá R$ 150,00 por mês). No tempo de papai, mamãe lavava as roupas no tanque. Hoje, os tempos são outros, ninguém quer lavar a roupa no tanque, e assim a Brastemp consome vários litros de água e vários kilowatts-hora da Eletropaulo.

Procurar uma doméstica que execute a lavagem da roupa no tanque não é negócio, ela pede R$ 60,00 por dia, aqui em Diadema. E quase todas elas se recusam a lavar a roupa no tanque. Para enfiar a roupa suja na Brastemp, R$ 60,00 é muito dinheiro!!

Para diminuir o custo da Eletropaulo, eu uso a mesma calça durante uma semana inteira, e a mesma camisa durante quatro dias consecutivos, mais do que isso não dá, pois o cheiro é insuportável. No iPhone, eu ativo o brilho automático da tela, e assim ao invés de recarregar a bateria todo dia, eu recarrego uma vez a cada dois dias. O maior problema é na hora de tomar banho, nesse frio que está fazendo, é difícil lembrar que água quente custa muito dinheiro.

É por isso que tenho uma tremenda inveja do Sr MB, sempre troca de roupa todo dia, tem três Brastemp, uma para roupa pesada, outra para roupa fina, e outra para os cobertores, e acessa a Internet na hora que bem entender, o que não é o meu caso, só acesso meia hora durante a semana, e duas horas no domingo. Ele defende a tese de que o ateísmo é um bom negócio, uma vez que não dá para baratear o custo da Eletricidade (de acordo com O Estado, em virtude da inexperiência e descaso dos políticos que ganham o mesmo tanto que o Sr MB), mas dá para ganhar mais e pagar o que a Eletropaulo pede e usar do blogue da Sonia para publicar a ideia de que Religião é coisa de cabeça de porongo. No meu caso, o máximo que posso fazer é agradecer à Santa Tereza de Ávila por conseguir pagar os 350 kwh que gasto todo mês, tornando a minha vida menos dolorosa e menos fedida possível, pelo menos até onde o meu nariz aguentar.

7 comentários:

  1. Na década de 80 conheci em Campinas um japinha de nome Frank que tinha curiosa profissão : abrasador de rôsca !

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  2. Sr.Hosaka,pior ainda,é pagar por serviços parciais.
    Antigamente,a energia elétrica era falha em casa.
    Mas,a conta sempre vinha.

    Atualmente,preciso contar com meus notebooks,para acessar a internet(o que leva sempre a um gasto de eletricidade),mas já estou idealizando ter um Ultrabook,cuja bateria dura cinco horas.
    O problema,é a distância entre a margem,e o teclado.
    Talvez,será só uma questão de treinar os pulsos.

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    1. Nihil,eu ganhei um laptop do tamanho de dois cadernos universitários,e agora,carrego ele para tudo quanto é lado,para acessar meus e-mails.
      A bateria dura só uma hora,mas eu também levo fio e fonte,para recarregar onde eu estiver.
      Dá um pouco de briga,mas sempre consigo,é tão prático...

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    2. Você carrega uma mala para tudo quanto é lado(possivelmente,de dez anos atrás),a bateria dura uma hora,e vc ainda gasta a energia elétrica dos seus amigos,e não entende porque tem briga...
      Arara,Docontra!
      Compra um "note" na loja do sr.Jurássico,que lá vc vai encontrar um mais adequado às necessidades hodiernas!...

      (_Mais Nihil, antes eu levava memo era o computador para tudo quanto é lado,agora inté que eu miorei...)

      (hahahahahahahaha!...)

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    3. Como a Nihil gosta de escrever m**da...

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  3. Ólguinha de Ermelino Matarazzoterça-feira, julho 31, 2012 1:32:00 PM

    Inesquecível Hosaka : as coisas que realizamos, nunca são tão belas quanto as que sonhamos. Mas às vezes, nos acontecem coisas tão belas, que nunca pensamos em sonhá-las. Para mim aconteceu… VOCÊ !!!

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