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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Luso poemas

Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.

Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de mordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.

Garcia Lorca

Postado por Marciano Alado

Um comentário:

  1. Que romântico,sr.Marciano Alado, eu vou acompanhar esse site.

    Esse senhor aí tem a pessoa amada gravada em cada fibra da pessoa dele...

    ...e eu gosto dessa intensidade.

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