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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Volúpia

Volúpia

Gilka Machado (1893/1980) passou poucas e boas por conta de sua poesia desejante. Mário de Andrade a achava escandalosa, mas a revista O Malho a elegeu a maior poeta do Brasil. Em 1979, recebeu o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras. 1-4-2010

Tenho-te, do meu sangue alongada nos veios,
À tua sensação me alheio a todo o ambiente;
Os meus versos estão completamente cheios
Do teu veneno forte, invencível e fluente.

Por te trazer em mim, adquiri-os, tomei-os,
O teu modo sutil, o teu gesto indolente,
Por te trazer em mim moldei-me aos teus coleios,
Minha íntima, nervosa e rubeta serpente.

Teu veneno letal torna-me os olhos baços,
E a alma pura que trago e que te repudia,
Inutilmente anseia esquivar-se aos teus laços.

Teu veneno letal torna-me o corpo langue,
Numa circulação longa, lenta, macia,
A subir e descer, no curso do meu sangue.

Pousa a mão na minha testa
(MANUEL BANDEIRA)
Não te doas do meu silêncio:
Estou cansado de todas as palavras.
Não sabes que eu te amo?
Pousa a mão na minha testa:
Captarás numa palpitação inefável o sentido da única palavra essencial
- Amor



by Marciano Alado

2 comentários:

  1. Essa poesia não podia ter esse nome,pois é um caso médico.

    Ela se superou.

    E eu que ainda fico meio "sem graça" quando leio as rimas de Safo de Lesbos.

    Pena que não estou com o "livrinho" agora,para postar uma em réplica.
    Sendo que estou fazendo assim:

    eu transformo as palavras dela nas minhas palavras- ou reescrevo os versos dela "do meu jeito".
    Mas, o "almanaque" está lá embaixo,eu estou aqui no sótão agora.

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  2. Local : Pastelaria Hosaka em Diadema

    Dona Maletona entra na pastelaria e vai dizendo :

    — Ô japonês, eu estou com muita pressa! Eu quero 20 pastéis, 15 empadas e 30 coxinhas.

    Nos pastéis ponha bastante carne e vê se capricha no palmito das empadas, entendeu? E faça o favor de correr porque eu estou em cima da hora...

    O japonês ficou muito pê da vida com o jeito da madame e respondeu:

    — Eu tô com uma dúvida, senhora.

    — Qual é?

    — E nas coxinhas, não vai nada?

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