Às vésperas do ano 1000, teóricos do apocalipse já previam a hecatombe mas, como nada
aconteceu, a data "certa" passou a ser 1033, isto é, 1000 anos após a
morte de Cristo.
Em 1524, astrólogos previram o início do fim do mundo para 1º
de fevereiro com uma inundação em Londres. Como nenhuma gota caiu na cidade
naquele dia, a justificativa dada foi que houve um erro de cálculo. O
"certo" era 1624.
Em 1533, Melchior Hoffmann previu que o mundo seria
consumido pelas chamas. Ao final, nada aconteceu, e ele foi preso e morreu na
prisão.
Em 1537, o astrólogo Pierre Turrel afirmou dispor
de quatro datas para o fim do mundo: 1537, 1544, 1801 e 1814. Acabou ficando
para a história como o que mais datas usou para safar-se do vexame.
Cento e
onze anos depois, em 1648, o judeu Sabbatai Zevise auto-intitulou o próprio
Messias, que desta feita viria para expulsar os maus da Terra. Como naquele ano
nada aconteceu, previu o apocalipse para 1666 e acabou preso. Decepcionado,
converteu-se ao Islamismo.
Em 1736, o teólogo William Whiston, repetindo o
mesmo erro de 1524, anunciou que em 13 de outubro haveria uma gigantesca
inundação, fazendo com que o rio Tâmisa lotasse de embarcações em rota de fuga.
Como ocorrera em 1524, no dia anunciado da catástrofe sequer choveu.
Em 1843, o
líder adventista William Miller previu o apocalipse para 3 de abril, depois 7
de julho, depois 21 de março de 1884 e, finalmente, 22 de outubro.
Desacreditado, morreu cinco anos depois da última previsão.
Em 1881, alguns
egiptólogos previram o fim do mundo baseados em alguns escritos encontrados.
Refizeram as contas, mudando o ano do fim para 1936. Obrigados pelas
circunstâncias, reformularam as previsões, empurrando-as para 1953.
No início
do século XX, foi a vez dos Testemunhas de Jeová. Foram três os anos previstos
para o fim, todos obviamente errados: 1874, 1814 e 1975.
Já ao final do século
XX, no ano de 1980, um presságio astrológico árabe dizia que o mundo deveria se
preparar para uma catástrofe devido a uma conjunção de Júpiter e Saturno em
Libra.
Chegando em 1999, os crentes nas previsões de Nostradamus davam como
certo um cataclismo em 10 de março. Atribuíram o erro ao próprio Nostradamus.
Em 2000, teóricos do apocalipse disseram que o juízo final ocorreria 2000 anos
depois de Cristo. Como aconteceu no ano 1000, a previsão "pulou" para
2033.
Recentemente, como todos sabem, são as profecias maias as
utilizadas para novamente espalhar o temor.
Agora apareceu uma "profecia" de Chico Xavier para 2019... Segundo sua " profecia", se isso acontecer, somente o Brasil será "poupado". "Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho".
Cap. XXVI, item 289 de O Livro dos Médiuns: Podem os espíritos dar-nos a conhecer o futuro?
Re: Se o homem conhecesse o futuro descuidaria do presente (...) Se quiseres questão absoluta da resposta, recebê-la-eis de espíritos doidivanas...
O Livro dos Espíritos, questão 868: Pode o futuro ser revelado aos homens?
Re: Em principio o futuro lhe é oculto e só em casos raros e excepcionais permite Deus que seja revelado. Ou seja, estas previsões de futuro que andam por ai, nada são que suposições, sem base doutrinária. Se existem alguns espíritos fazendo estas previsões, cuidado, pois podem ser espíritos brincalhões, a zombar de nossa credulidade ou falta de discernimento.
Não acredito que o "mundo" tem data marcada para acabar. Quando ouço falar em "fim do mundo" imagino o planeta Terra explodindo e não se acabando por partes. Isso com certeza acontecerá um dia, não sei quando... Mas antes disso acontecer, o fim dos humanos terá acontecido há tempos.
As pessoas têm se matado, odiado, invejado... Ô raça!
Fontes:
Revista Veja – “O Fim do Mundo”
Selma
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