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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A galinha, o amor e o vício

Em Patos, na Paraíba, uma senhora criou uma galinha desde pintinho como bichinho de estimação. O amor era tanto, que a galinha tinha seu próprio cantinho limpinho para se alimentar e dormir. Água potável e milho de primeira. Foi batizada de Rafinha.
A ave também retribuía o amor da dona à sua maneira, fazendo seu cocoricó de forma carinhosa. Mas como nessa vida sempre há de ter a bruxa malvada, numa bela noite, Rafinha foi roubada por um "ladrão de galinhas".


Sua dona entrou em depressão, pois grande era o amor pela ave. Ficou com medo que o destino de Rafinha tivesse sido a panela. Colocou anuncio no rádio, pediu ajuda para a população da pequena cidade.
Descobriu que o ladrão havia trocado a ave de estimação por duas pedras de crack. Maldito vício que destrói o viciado e quem mais ele  escolher para destruir de forma indireta.

Tentou então saber o destino  da galinha e ficou sabendo que havia ido parar no sítio do traficante e que a ave havia ficado triste e se recusado a comer e beber. A galinha provavelmente havia morrido de depressão!
Quarta feira foi realizado o velório simbólico da galinha, onde compareceram 4 mil pessoas, incluindo o prefeito da cidade.
No mundo cão onde hoje vivemos, onde às vezes comparecem meia dúzia de pessoas para o velório de uma pessoa, compareceram 4 mil para o velório de uma galinha!
Bobagem?
Que nada...
Coração puro foi o dessa senhora que cuidou dessa ave.
Malandro e imbecil foi o sujeito que trocou a ave por crack.

Se todos nesse planeta conseguissem amar um frango, a felicidade estaria implantada entre nós.


http://www.naosalvo.com.br/o-triste-fim-da-galinha-rafinha/


S.A.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Autismo e Esquizofrenia

A Revista veja dessa semana (edição 2284 - n. 35 - p. 94) traz uma matéira interessante sobre anomalias genéticas.
De acordo com a reportagem "NÃO É SÓ A MÃE",  de Natália Cuminale,  "A idade do pai também influencia o risco de conceber uma criança portadora de anomalias genéticas. A paternidade tardia aumenta a probabilidade de autismo e esquizofrenia".


Como esquizofrenia é um assunto muito abordado nesse blog, resolvi repassar a matéria (resumidamente) para vocês:

Uma mulher que decide engravidar depois dos 40 anos sempre preocupa os médicos. Desde o início da década de 30, a maternidade tardia está associada a um risco maior de gerar crianças portadoras de anomalias genéticas, como a síndrome de Down. Pois bem, na semana passada, um estudo publicado na pertigiosa revista Nature revelou que a idade do pai também é determinante para o nascimento de um bebê saudável. Quanto mais velho for o homem, no momento da concepção, maior será o risco de transmitir aos seus descendentes novas mutações genéticas associadas ao autismo e à esquizofrenia, distúrbios psiquiátricos devastadores e relativamente comuns - uma pessoa em cada 88 tem o problema, no primeiro caso e uma em cada 100, no segundo.
As novas mutações são transmitidas no momento em que o espermatozóide fecunda o óvulo.

Coordenado pelo geneticista Kári Stefánsson, diretor da empresa deCODE Genetics, da Islândia, o trabalho publicado pela Nature é a maior e a mais minuciosa investigação já feita sobre o assunto. A partir de exames de sangue, os pesquisadores analisaram o material genético de 78 famílias. Todas elas eram formadas por pai, mãe e filho — esse último autista ou esquizofrénico. Stefánsson e sua equipe rastrearam o DNA dos filhos em busca de alterações genéticas que não poderiam ser encontradas nos genes paternos, tampouco nos maternos — o que os geneticistas definem como "novas mutações". Ou seja, variações genéticas que surgem com a concepção.

Graças aos avanços nos exames de análise genética, foi possível fazer uma espécie de árvore genealógica dessas novas alterações e determinar que a imensa maioria delas era transmitida pelo pai. De acordo com o trabalho islandês, o sexo masculino repassa, em média, quatro vezes mais novas mutações a seus descendentes do que o feminino. Além disso, conforme os homens envelhecem, maior é a quantidade de alterações transmitidas. Aos 20 anos, por exemplo, elas somam 25. Aos 40, chegam a 65. Ou seja, são duas novas variações a cada ano de vida do homem. No caso das mulheres, o número de mutações mantém-se estável durante toda a existência, em torno de catorze.

A diferença entre os gêneros é fruto do funcionamento completamente distinto das células sexuais masculinas e femininas. A partir da puberdade, os homens começam a produzir espermatozóides e não param mais. Nesse ritmo de proliferação celular, o risco de erros no processo de cópia do material genético aumenta. Por outro lado, as mulheres já nascem com a quantidade de óvulos que, até a menopausa, serão fecundados ou descartados.

Praticamente não há renovação celular. Com isso, reduz-se consideravelmente o risco de geração e transmissão de novas mutações para seus descendentes. "Tanto entre os homens quanto entre as mulheres, calcula-se que 97% dessas mutações sejam benéficas ou inofensivas", diz o geneticista Salmo Raskin, pesquisador do Projeto Genoma Humano. Sob o ponto de vista evolucionista, essas alterações genéticas transmitidas de pai e mãe para filho são essenciais para a variabilidade da espécie — aquilo que faz com que cada DNA seja único, pessoal e intransferível. E que nos torna, enfim, diferentes uns dos outros. Os 3% das novas mutações estão relacionados a doenças, como o autismo e a esquizofrenia.

Grande parte das mutações genéticas identificadas na pesquisa da deCODE Genetics já havia sido relacionada a esses distúrbios. Até agora, foram associados 200 genes ao autismo e cinquenta à esquizofrenia. "É importante frisar que o estudo publicado na Nature em nenhum momento define a idade paterna como principal responsável pelo surgimento dessas doenças", diz Guilherme Polanczyk, psiquiatra infantil da Universidade de São Paulo (USP). Apesar das conquistas feitas nos últimos anos no conhecimento, diagnóstico e tratamento dessas doenças, suas causas não foram completamente desvendadas. Além da genética, há que levar em conta também os fatores ambientais. O autismo e a esquizofrenia continuam a desafiar a medicina.



A matemática das alterações genéticas     
Quanto mais velho é o homem, maior é o risco de ele transmitir novas mutações genéticas a seus descendentes - 3% dessas alterações estão associadas a doenças, como autismo e esquizofrenia.

Porque isso ocorre
A produção de espermatozóides começa na puberdade e não para. Ou seja, as células reprodutivas masculinas estão em permanente multiplicação. Nesse ritmo de proliferação celular, aumenta o risco de erros na cópia do material genético.    



O 233 sempre gosta de afirmar que o Chico era esquizofrênico e recentemente ele comentou  que o VV disse a mesma coisa.
Estaria então o pai do Chico com idade avançada quando ele nasceu? 


S.A.
                   

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Vamos nos divertir?

Será que existe a participação de "forças ocultas"? Ahahaha!
Divirta-se!




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Neil Armstrong

Fonte: http://www.odontoblogia.com.br/wp-content/uploads/2012/08/sorriso-neil-armstrong.jpg

Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua. Fato verídico para quem acredita que o homem realmente foi à Lua.
Neil Armstrong foi um grande mentiroso. Para quem crê que o homem  não foi à Lua.

A grande verdade é que o sorriso dele era somente de jaquetas de porcelana e pode-se ver até uma coroa de metal no primeiro molar superior direito. As gengivas também estão mais ou menos...  Será que foi a viagem até nosso satélite que causou esses problemas?


SA

domingo, 26 de agosto de 2012

ROM 4.1.1 XXDLH7 no Galaxy S3

Pela segunda vez, instalei a ROM 4.1.1 XXDLH7, dessa vez usando o clássico método Odin e desativando várias rotinas do Kies no Windows através do CTRL+SHIFT+ESC, e o resultado foi bem diferente da primeira vez. Na primeira vez, o novo ROM me pediu para configurar o idioma, a conta no Google, etc, nessa segunda vez, ele foi instalado com as configurações que já usava como o papel de parede, o idioma e por ai vai.

Decidi não zerar o aparelho, pois o aplicativo Bradesco estava funcionando. Executando os aplicativos aqui e ali, eu fui encontrando várias surpresas e que fui consertando.

A primeira surpresa foi a ausência do Root, então usei o Odin para instalar o CF-Root-SGS3-v6.4.
A segunda surpresa foi o navegador nativo, ele não é capaz de abrir os favoritos, então baixei o Google Chrome.
A terceira surpresa foi o navegador Google Chrome, ele não é capaz de abrir o Hotmail, então baixei o Dolphin Browser.
A quarta surpresa é que o novo ROM apagou todos os meus apontamentos no calendário, então pedi para o Titanium restaurar apenas os dados do calendário.
A quinta surpresa é que o Titanium não conseguiu recuperar os dados do calendário, então pedi para o Kies restaurar os dados que guardei no Outlook.
A sexta surpresa é que o novo ROM apagou todas as músicas, então pedi para o Windows procurar músicas no meu PC.
A sétima surpresa é que o Windows informou que eu não tenho nenhuma música no PC, então baixei o programa iTunes, e de lá pedi para baixar todas as músicas que eu comprei no tempo que usava o iPhone, e de lá mandei os mp3 para o cartão externo. Aliás, todas as músicas sempre deixo no cartão externo, não sei como esse safado do ROM 4.1.1 XXDLH7 conseguiu apagar todas as músicas.
A oitava surpresa é que o ROM não apagou os contatos, mas ele duplicou alguns contatos. Apaguei tudo, e usando a rotina de importar do programa Contatos, recuperei os meus contatos sem nenhuma duplicata indesejável.
A nona surpresa é que o ROM duplicou os ícones nas fotos e filmes que guardei no cartão externo na pasta GalaxyS3 e Vídeos. Renomeei as pastas para .GalaxyS3 e .Vídeos, reiniciei e os ícones desapareceram da Galeria. Renomeei as pastas sem o ponto, reiniciei, e agora só tenho um ícone para cada foto e para cada longa metragem que guardei no cartão externo.

Mas o básico está funcionando legal: celular, led (que coisa bacana, no princípio achava uma tremenda besteira, mas hoje ele me ajuda a lembrar que esqueci de ver uma notificação, e que ele já havia alertado através de um aviso sonoro, ou seja, se você não ouve o Galaxy S3 ele começa dar a luz!), Email, Alarmes do Relógio, Rádio, Michaelis.

Finalmente, vamos à décima surpresa. O toque do teclado da calculadora não funciona, mas as contas básicas, ele sabe fazer. Esse problema eu não consegui resolver.

Enfim, o ROM 4.1.1 XXDLH7 faz a transição das telas mais rápido e a rotina de reinicialização é bem mais aceitável. No iPhone, você fica vários minutos vendo a tela da maçã, e rezando para que o aparelho volte a funcionar. Nesse ROM, nem dá tempo de rezar Ave-Maria na hora de reinicializar.

Eu gostei dele. Acho que o vazamento dessa ROM Beta na Internet foi proposital, com tanto trabalho que você vai ter para ajustar a nova ROM do S3, você não vai encontrar tempo para ler a matéria do Julgamento do Século (não estou falando do mensalão, estou falando do Apple versus Samsung, os juízes condenaram a Samsung a pagar um bilhão de dólares, pelo fato da Samsung ter copiado vários recursos do iPhone como a tecnologia touch ou o zoom na tela na hora de pinçar - mas eu tive tempo de ler, e o que é mais legal, fiquei sabendo que dentro do iPhone tem um monte de componentes que são fabricados pela Samsung). Ou seja, a Samsung não vai pagar pela quebra de patente, mas sim por aquele mesmo camarada que votou no PT e que viu o dinheiro sumir pelo Valerioduto, e o pior, o PT comprometeu-se de hospedar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, sem ter estádio, hotel ou um serviço de transporte que não deixe o turista concluir que o Brasil ainda está na fase Beta.Ou seja, esse ROM 4.1.1 XXDLH7 é a cara do Brasil, bonitinho mas bem Nelson Rodrigues.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Os cachorros de Diadema



As imagens são de baixa resolução, mas acredito que é possível imaginar como é o centro de Diadema. No fundo, havia uma agência do Banespa, depois de vários anos de abandono, alguém decidiu levantar um muro de alumínio de cinco metros de altura.

Hoje, precisei ir na Caixa Econômica Federal, e achei curioso encontrar vários cachorros dormindo na hora do almoço. Não faço a mínima ideia do porquê, achei bastante estranho. Os cachorros de Diadema não dormem na hora do almoço, geralmente eles ficam andando de um lado para outro, a Prefeitura não recolhe esses animais, e nem os vereadores se esforçam a criar uma lei mais dura contra os donos de cachorro que usam nossas praças como como sanitários de canil à céu aberto.

A Srta Nihil passou em Diadema uma vez para conhecer o Templo Budista, mas depois que viu tanto buraco, cachorro e um monte de nhaca nas calçadas, ela nunca mais voltou. Eu sei que você nunca virá em Diadema, então decidi trazer Diadema para você, mas usando o menor recurso do meu celular (ele é de 8 megapixel, mas a publicação da fotografia levaria várias horas).



quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Horário Eleitoral Gratuíto




Ontem começou o "Horário Eleitoral Gratuíto" na Tv aberta. Ou seja, naqueles canais de TV que as pessoas não precisam pagar para assistir.



Quem tem a TV por assinatura dispõe de uma série de alternativas. Quem tem a TV pela parabólica (sem assinatura) também está com mais opções, visto que o horário eleitoral gratuíto está reservado nos canais, mas há outra programação passando, que não é aquele blá-blá-blá dos políticos. A Record, por exemplo, ontem estava passando o desenho do Pica-Pau. A rede Globo tratou de colocar uma minissérie. No canal do Boi não tem o horário reservado para nada, e só o que você pode ver é boi mesmo. E vacas. Nos demais eu não sei, porque tive preguiça de ver.

Sendo que moramos em uma democracia, porque é obrigatório ter horário político de meia hora na TV? Até 4 de outubro? E por que é obrigatório o voto em uma democracia? Mistérios de uma democracia...

Qual a vantagem do horário político, quando no caso a eleição é para prefeito? Para conhecer melhor os candidatos, é óbvio! Mas toda cidade possui dentro dela um canal de TV para transmitir OS SEUS próprios candidatos? Claro que não...

Como já disse inúmeras vezes, moro em uma pequena e desconhecida cidade do sul mineiro, que o 233 "delicadamente" chama de roça. Aqui, na Globo local, podemos ver os candidatos não da cidade onde moramos, mas os candidatos de Varginha! Durante meia hora eles pedem voto ao povo varginhense para o povo paraguaçuense. E sabe-se lá para quantas mais cidades é exibido isso... O Sul deMinas está coalhado de cidadezinhas que recebem o sinal da EPTV de Varginha.

Confesso que é até divertido. E ontem resolvi ver a proposta dos candidatos (à noite). Todos se refestelam na pobreza, na falta de educação e na falta de hospitais. Provavelmente nunca ninguém resolverá o drama da pobreza humana, pois caso seja resolvido, como pedir mais votos? Se os votos têm como muleta a pobreza  humana? As doenças, as dores, as dificuldades? Sem dificuldades não tem como prometer para poder resolver! Não tem como angariar votos!

Alguns candidatos lembraram os participantes do blog.

Havia um senhor com cara de bravo dizendo-se evangélico e que prometeu acabar com a "pouca vergonha" que está no governo e na cidade. "Vote em mim, eu sou justo, eu tenho moral". Lembrei do 233.

Uma senhora muito loira (loira de farmácia) e ligeiramente gordinha prometia que caso ganhasse, faria de sua administração uma alegria muito grande para todos. Serei amiga de todos,  criarei centros para tratar a saúde da mulher, que a mulher merece mais atenção, mais alegria, mais iluminação!". Lembrei da Nihil.

Outro candidato meio sério, prometeu computadores e tecnologia para as escolas. "Vamos colocar computadores em todas as escolas, salas para filmes, internet... As crianças precisam crescer conhecendo a beleza da tecnologia, da fotografia, das comunicações!" Lembrei do Hosaka.

"A cidade está uma vergonha, cheia de ladrões. Mais cadeias, mais policiamento! Vamos acabar com sequestros relâmpagos, assaltos em pleno dia! Cadeia para os bandidos". Dizia outro candidato careca e exaltado. Lembrei do senhor  MB que pede a pena de morte.

Um outro, com cara de enfezadinho, pediu para votar nele que tudo estava uma droga. "Tudo está uma droga nessa cidade, ninguém faz nada. Vote em mim que eu resolvo, se não resolver, eu juro que peço a demissão do cargo"! Ah... Lembrei do Daniel Bergh bravinho... rsrs!

http://www.novoeste.com/uploads/image/img_programa_eleitoral_gratuito_radio_tv_2012.jpg

 Esse tal horário irá ficar até dia 4 de outubro. Até lá não sei se terei coragem de encarar essa gororoba  noturna com o bom humor que encarei ontem.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O certo e o errado




O que é o Livro dos Espíritos?
É onde estão os conhecimentos necessários para ser Espírita. 
O que eu penso sobre isso?
Ora, creio que muito do que está escrito lá é válido. Principalmente as regras sobre a moral.
E a abiogênese?
Essa pergunta sobre a geração espontânea é a questão 46 do LE:



Dizem que Kardec acreditava na geração espontânea e esse assunto era moda na época em que ele escreveu o livro. Provavelmente influenciado por essa creça, escreveu a tal resposta. 
Mas o que será que aconteceu? Erro de tradução do francês para o português?
Não sei. Eu não acredito em geração espontânea. E erros acontecem.

  • E o morcego que é ave na Bíblia?

  • Em Salmos 104.5 e I Crônicas 16.30 a Terra foi estabelecida por Deus de tal forma que nunca sofreria terremoto: “Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum” (Salmo 104.5).
São pequenos erros não? O 233 dirá que Kardec não podia errar porque quem ditou as respostas foi um "Espírito Superior". Mas o que está na Bíblia não foi escrito por inspiração divina?
    
O homem foi na Lua ou não? Olha, para mim não faz diferença. Nada muda em minha vida.

Ouro enferruja?
Ahahaha! Essa foi boa. O Católico é demais!


S.A.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Ameno



Essa música possui grande influência do ''catarismo'', alguns membros do grupo são adeptos dessa religião.
O Catarismo surgiu no final do século XI no Sul da França, foi uma seita medieval cristã condenada pela Igreja Católica, que a considerava uma perigosa heresia. Mas os cátaros não eram nenhum tipo de seita satanista, na verdade, para eles era importante a FÉ como vivência mística, coroada pela prática evangélica.   

Assim, promoveram um intenso trabalho social na época em que viveram, sendo por isso muito admirados pela população local. A comunhão mística do catarismo era celebrada como uma gnosis, ''conhecimento'' em grego. Portanto, dispensava a existência de um Clero e de uma HIERARQUIA, daí este culto ser tão temido pela Igreja Católica, NADA a ver com satanismo, como alguns imaginam.



O  idioma na realidade NÃO é latim, é uma LÍNGUA IMAGINÁRIA, parecida com o latim. Numa mistura de canto gregoriano, música clássica, ópera e outros estilos contemporâneos.

domingo, 19 de agosto de 2012

O Livro dos Espíritos

Esse é o título de um livro de 494 páginas que eu não li, mas o Adilson conseguiu ler em oito anos e que fez do Adilson o maior anti-espírita desse blogue. Deve ser um livro incomum para deixar o nosso colega de blogue tão irritado.

O livro foi escrito por Allan Kardec, mas o Adilson prefere chamá-lo de professor Rivail. O professor nasceu em 03/10/1804, casou em 06/02/1832 e finalmente uma aneurisma acabou com ele aos 64 anos em 31/03/1869, quando então defendia a ideia de que há um mundo paralelo ao nosso, é para onde nós vamos, quando batemos as botas.

O Adilson defende que esse mundo paralelo não existe, que vamos virar pó e o máximo que vai sobrar é a nossa reputação. O Sr MB é outro que defende que não existe mundo paralelo, mas morre de medo de morrer com a reputação de agazalhador de kibe, não fica bem para quem nasceu gaúcho.

De acordo com Wikipédia, o professor Rivail foi um importante pedagogo na França no final do século XIX, mas foi em 1854 que teve o primeiro contato com mesas gigantes e cartas psicografadas, e em 1857 é que editou o famoso Livro dos Espíritos.

O professor Rivail dominava bem o francês, o alemão, o inglês e o holandês, e por aqui podemos deduzir que a Internet em nada ajuda a melhorar o nosso aprendizado, pois mal sabemos escrever sequer uma só língua, o brasilianês. A Internet também não ajuda a ler livros, o Adilson levou oito anos para ler um livro que o professor Rivail levou apenas três anos para escrever; eu levo quase duas horas para publicar uma crônica de dez parágrafos por aqui, e raramente eu faço revisão, e assim o professor seleciona alguns trechos e generaliza tudo, afirmando que sou um completo analfabeto.

Enfim, eu sei que existem livros importantes, o do professor Rivail é uma delas. Um dos poucos livros que eu li e que me tornou materialista como sou hoje é do Karl Marx, a crítica à clássica teoria econômica, somos o que fazemos e o que temos. Por exemplo, a doutora Sonia cultiva um pau-brasil num sítio de 15.000 alqueires, logo ela é burguesa. Eu ajudo minha mãe a cultivar uma orquídea numa casa de 5m de frente e 15m de profundidade, então eu sou proletário. De acordo com Karl Marx, a doutora Sonia vai ficar cada vez mais rica, e eu cada vez mais pobre, a menos que eu consiga despertar a consciência de classe na Dilma e bote os 15.000 alqueires da Dra. Sônia na Reforma Agrária. O problema é que eu nem votei na Dilma e nem sei onde fica o diretório do PT em Diadema, para ajudar na tal da revolução proletária.

Através de Karl Marx, fiz a seguinte dedução. Se a Dra. Sonia é simpatizante do professor Rivail é porque o espiritismo é uma poderosa arma para oprimir o proletariado, e ela sabe que pessoas como eu não tem a menor chance de entender sequer os dois primeiros capítulos do Livro dos Espíritos. Mas o Adilson conseguiu ler, mas não esconde a sua revolta. Ou seja, o Adilson é tão proletário ou mais proletário do que eu.

O dia da fotografia

Fonte: Portal do Terra
Beija Flor do Peru, Cogumelo, Lago Idwal, Libélula, Mosca Escorpião e Palila







Flipboard

Flipboard é um aplicativo que apareceu ontem no meu S3, mas se você não atualizou o S3 por medo de perder o Root ou por achar a atualização muito demorada, você pode baixar pelo Play Store se você tiver um celular à base de Android ou pelo App Store se o seu celular for à base de iOs, de maneira gratuita.

A funcionalidade do Flipboard é a mesma tanto na tela do iPhone como do S3, se bem que a versão do Android é bem mais aportuguesada que o do iPhone, bem como o Flipboard é bem mais agradável na tela de S3 que conta com uma área privilegiada de cinco polegadas.

Através do Flipboard, fiquei sabendo que as ações da Apple subiram por conta do boato de que a Apple finalmente vai mudar o perfil do iPhone em 12 de setembro, quando ela vai anunciar o iPhone 5, mais fino e mais longo, enfim o Flipboard é um aplicativo necessário para qualquer celular que tenha um bom processador e uma tela acima de quatro polegadas.

O Flipboard é uma obra de arte. A primeira tela é dividida em três painéis, cada uma apresenta uma fotografia, e bem no meio das fotos fontes de fácil leitura que fazem você mergulhar nas principais notícias divulgadas pelos jornais que estiverem configurados no seu aplicativo como Veja, Estado, Terra, UOL, e por aí vai. O Flipboard é um belo casamento entre texto e imagem, agora pouco o S3 recebeu uma atualização e eu vi a foto da estátua do Pelé que foi atropelado por um caminhão nas proximidades do Santos FC.

Ou seja, agora você não precisa correr atrás da notícia. A notícia é que corre atrás de você. Ao contrário dos RSS que listam um monte de notícias, o Flipboard incentiva você a se interessar pela notícia através de belas fotografias e sempre com títulos espertos que apelam para o sensacionalismo, que dificilmente você conseguirá deixará de ver, principalmente se ela estiver ativa na sua tela principal.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br (11)9-8199-7091 Diadema-SP

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Há quem diga que o animal dessa imagem seja um tipo de Pokémon, mas não é. Aliás, ele é real, não é de brinquedo, por incrível que pareça. O nome da espécie é Glaucus atlanticus.Essa é uma lesma do mar tão pequena que o seu tamanho máximo chega a 35 milímetros. Essa espécie flutua na superfície da água do mar sempre em grupos. Eles ficam de cabeça para baixo e se deixam levar pelas correntes.A Glaucus atlanticus vive em águas temperadas e tropicais. É possível encontrar essa lesma do mar no Leste e Sul da costa da África do Sul, nas águas europeias e em Moçambique.Mas se você encontrar alguma lesma do mar como essa da foto tome cuidado. Não pense que algo tão pequeno pode ser tão inofensivo. Ele é capaz de injetar um veneno através da pele humana. Por isso, essa espécie é considerada perigosa.

Crédito da imagem: Reprodução/Sea Slugs of Hawai´i

Info: Com o que esse animal se parece

sábado, 18 de agosto de 2012

Allan Kardec, a escolha perfeita

bem... certo e sabido que o escroque 233 é um daqueles alucinados anti Espirita para quem as VERDADES associadas à elaboração minuciosa  desta Doutrina filosofico-religiosa não tem o minimo interesse antes preferindo a mentira e calunia torpe para lançar ataques soezes sobre vesta e seus melhores mentores/colaboradores, vamos colocar um link, enviado p'ra mim pelo Esio,  para que quem queira saber algo mais sobre o homem/Espirito  que tomou em suas mãos a gigantesca tarefa de desenvolver esta doutrina,  e que adotou o nome de Allan Kardec, possa satisfazer essa vontade.

http://www.saudadeeadeus.com.br/filme37.htm        

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fico assim sem você



Adriana Calcanhoto - Fico assim sem você

Gosto muito da voz da Adriana...

SA

Anjo da Guarda Carioca

Anjo da Guarda, Espírito Protetor, Mentor Espiritual... Geralmente por esses nomes o Espiritismo define um ser espiritual designado para "tomar conta" de um ser encarnado durante sua permanência no Planeta Terra. 

O Anjo da Guarda deve ser - segundo definição de Kardec - um ser moralmente superior aquele que apadrinha. Obviamente que um Mentor Espiritual não pode fracassar moralmente, caso contrário seria um desastre como conselheiro espiritual. E esse ser espiritual protetor pode mudar durante a vida encarnada do ser vivente, ou até abandoná-lo, caso a pessoa decida se desviar para os maus caminhos, não ouvindo os bons conselhos de seu anjo.

Um conhecido foi um dia viajar com amigos. Ao almoçar em um restaurante, manifestou desejo de comer bifes enrolados, que diziam ser a especialidade daquele lugar.  Aqueles bifes  que são enrolados com palitos de dente... Inadvertidamente acabou por engolir um pedaço do palito, que acabou perfurando o intestino e provocando uma infecção que se tornou generalizada e acabou por provocar a morte dessa pessoa em aproximadamente 2 meses após o almoço fatal.

Há algum tempo vi uma reportagem que me deixou estarrecida!. Em algum lugar do Rio de Janeiro, uma menina morria devido à uma bala perdida, no dia de seu aniversário e agarrada ainda ao presente que havia acabado de ganhar. Os repórteres filmaram a mãe em prantos berrando: "Meu Deus, Salva a minha filha!". Mas a menina morreu. Aos 13 anos.

Onde estavam os respectivos Anjos da Guarda? Ou tudo obedece um plano reencarnatório, tal qual o Espiritismo ensina? Ou seria o determinismo do 233? Ou estavam todos no lugar errado e na hora errada, como devem pensar os Ateus?




Quarta feira aconteceu um fato interessante no Rio de Janeiro, que transcrevo abaixo para vocês:

Um operário de uma obra em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, sobreviveu após um vergalhão de 2 metros de comprimento atravessar sua cabeça na manhã de quarta-feira (15). O caso foi divulgado, na tarde desta quinta-feira (16), pelo Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, também na Zona Sul.
                                                                       
De acordo com a equipe médica que cuida do caso, a barra de ferro caiu do quinto andar da construção e perfurou o lobo parietal (parte posterior da cabeça) e saiu por entre os olhos do homem de 24 anos, morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Uma parte do lado direito do cérebro foi atingida. O operário usava capacete no momento do acidente.



O paciente, que não teve seu nome revelado, chegou ao Hospital Miguel Couto por volta das 11h de quarta-feira e estava consciente. Ele passou por uma cirurgia de 5 horas que consertou a parte rasgada do cérebro e reconstituiu toda a região perfurada. O operário passa bem e recebeu visita da mãe e esposa na manhã desta quinta-feira.

Avaliação médica
Segundo os médicos, apesar do susto, o operário não deve ter sequelas. A parte do cérebro atingida é responsável pelo comportamento. No entanto, o paciente apresentou bastante lucidez.
Segundo o Dr. Luiz Alexandre Essinger, seu quadro psicológico é animador. Ele também não sofreu danos nos olhos. Por três centímetros, a barra de ferro não atingiu a região do cérebro que cuida da coordenação motora.
Apesar de passar bem, o operário ficará no CTI sob ingestão de antibióticos pelos próximos sete dias.


Seria o caso de uma ajudinha do "Anjo da Guarda"?
Enquanto uns morrem aparentemente "sem mais nem menos", outros permanecem firmes e fortes diante de acidentes graves.
 
Vejam bem o comentário:  Segundo os médicos, apesar do susto, o operário não deve ter sequelas. A parte do cérebro atingida é responsável pelo comportamento.
 Seria mais um caso semelhante ao de Phineas Gage ? O homem atingido pelo vergalhão terá alterações no seu comportamento? Vamos acompanhar esse caso...


Sonia A.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A criação do Espírito

"Então Deus modelou o homem com argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente” 


Anos atrás eu trabalhava com argila. Fiz esculturas, inclusive um São Francisco maravilhoso com pássaros em suas mãos. Isso na época que meu filho era pequeno e jogava bola dentro de casa. Um chute dele e meu São Francisco de argila se partiu em vários pedaços. Depois parei de trabalhar com argila, pois o tempo era pouco.

Posso fazer a escultura do Hosaka em argila e cansar  de soprar (ou assoprar, se preferir) e nada vai acontecer. O Hosaka de argila não vai ter vida. Muito simples de explicar: EU NÃO SOU DEUS.


Deus fez o homem de argila. Semelhante a Ele. Mas Deus tem um corpo físico? Penso que não. 
Jesus disse: "Deus é Espírito"- João 4:24

                                
O que significa a palavra Espírito na Bíblia?        

 ESPÍRITO é a tradução da palavra hebraica "RUACH", que significa "vento", sopro, fôlego, respiração 

ESPÍRITO, na Bíblia, muitas vezes, é confundido com a palavra alma (nefesch, psuché), e significa a parte imaterial do homem, ou centro das emoções, raciocínio, etc.  

ESPÍRITO é a parte imaterial do homem que volta para Deus, quando o corpo volta ao pó, de onde veio (Eclesiastes 12:7).  

DEUS É ESPÍRITO, uma Pessoa sem corpo material, com todas as características de uma pessoa física.


Se Deus é Espírito e fez o homem à sua semelhança, é porque ele criou o Espírito, obviamente. Deus fez o homem de argila. Se ele não soprasse, não haveria Espírito, somente argila. Não haveria homem. Portanto, entendo que Deus criou o Espírito do Homem à sua imagem e semelhança. 

"O Espírito vivifica, a carne de nada serve”
(Jo6,63).Gn 2,7


Se Deus criou o Espírito, creio que após a morte o Espírito deixa o corpo. Não é?
                                                  Ecl 12,7:
 “E o pó volte à terra, como o era, e
o espírito volte a Deus,
que o deu”

Se o Espírito volta a Deus, qual o significado dessa frase? Que após a morte do corpo físico, há a libertação do Espírito, que ainda sobrevive (criação de Deus)...




Baseado em:

Sem sinal

Por Tatiana de Mello Dias

A funcionária pública Amanda Lima queria um iPhone. Cliente da TIM, ela foi atraída por uma promoção da Claro, que oferecia desconto no aparelho em troca de um plano de R$ 90 mensais com internet ilimitada. Segundo o vendedor, a primeira mensalidade seria de R$ 130 e o valor cairia nos meses seguintes. Isso não aconteceu. Amanda está há mais de três meses pagando mais do que combinou na loja – e a velocidade de sua conexão fica lenta depois de atingir a cota de dados.

“Terei de ir ao Procon. Pela Claro mesmo não consigo resolver”, diz ela, que só não troca de operadora agora porque está presa à fidelidade de um ano. A portabilidade numérica, aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em 2007, deveria aumentar a concorrência entre operadoras. Na prática, é mais um dos motivos que estão levando ao colapso do sistema de telefonia móvel no País, que a revista Economist diz ser “o próximo apagão”.

“A portabilidade cria mais condições de fidelização do consumidor”, diz Veridiana Alimonti, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “O que vemos são ofertas mais agressivas, o que impacta na qualidade dos serviços.”

Em julho, a Anatel proibiu Oi, TIM e Claro de venderem novas linhas de celular. Segundo a consultoria IDC, a capacidade das redes não foi suficiente para atender à demanda, aquecida por causa da guerra de preços entre operadoras. Entre 2009 e 2011 o número de linhas subiu 40%, mas os investimentos em infraestrutura foram insuficientes. A venda de novas linhas foi liberada depois de as operadoras apresentarem um plano de melhorias, mas os problemas continuam.

Segundo Veridiana, entre as ofertas agressivas das operadoras, estão os planos de fidelização – como o Infinity da TIM, alvo de denúncia grave do Ministério Público do Paraná (MP-PR, leia abaixo entrevista com o promotor responsável pela ação).

Segundo dados da Anatel analisados pelo MP-PR, a TIM é suspeita de interromper de propósito as chamadas feitas por usuários do plano. No Infinity, o usuário paga por chamada realizada, não pela duração. Quanto mais ligações, mais lucro. O relatório aponta que, para clientes do Infinity, a queda ra quatro vezes maior do que para clientes de outros planos. A TIM teria lucrado R$ 4,3 milhões com a medida.

“Meus amigos falam que eu desligo na cara deles”, diz a estudante Mariana Barros, de Macapá (AP), cliente da TIM e do Infitiny há três anos. “Às vezes fico que nem pateta falando e, quando vejo, a ligação é finalizada.” Marina foi cliente da Vivo, mas trocou de operadora porque tinha de recarregar os créditos a cada quatro ou cinco dias.

A TIM nega “veementemente” a acusação. “Uma derrubada deliberada de chamadas é fraude, é crime, e precisa ter respaldo técnico e documental de altíssima segurança”, disse Mario Girasole, presidente da TIM, em audiência no Senado. “A denúncia não é uma posição oficial da Anatel e apontou falhas na metodologia aplicada.”

O MP-PR também investigará outras operadoras de telefonia. Os promotores querem apurar se as empresas cumprem, no Estado, o plano geral de metas e qualidade definido pela Anatel.

Mas o que diz a Anatel? Segundo o plano geral da agência, as operadoras devem completar apenas 67% das chamadas. Se 43% das ligações não forem completadas, está tudo bem para a agência. “Há um problema sério de regulação e fiscalização”, diz Veridiana Alimonti, do Idec. Segundo ela, há um plano geral desde 2000, que propunha metas progressivas, mas há metas de 2003 que permanecem iguais. O índice de chamadas completadas foi proposto em 2004. “Os planos aprovados previram metas, mas a base de clientes aumentou”, diz ela.

Queixas. “A telefonia é o único setor em que o atendimento não evoluiu. Hoje os bancos têm concorrência até para reduzir juros, mas a telefonia virou esse caos”, diz Mauricio Vargas, fundador do site Reclame Aqui. O site recebeu 107 mil reclamações sobre operadoras de telefonia nos últimos 12 meses. As principais queixas se referem ao sinal, à rede e à cobertura. Apenas a TIM e a Vivo responderam às reclamações dos clientes no site.

O número de queixas é grande, mas especialistas dizem que pode ser ainda maior. Hoje a Anatel baseia suas ações repressivas no número de reclamações no Procon – o ideal seria contabilizar também as reclamações via call center. Hoje o usuário pode reclamar direto nas empresas, no Procon ou outras ferramentas para espalhar o problema e alertar outros usuários, como o próprio Reclame Aqui e o site Zaanga. A Anatel recebe reclamações via telefone e internet – mas, online, o mecanismo é pouco intuitivo.

Para a Economist, a crise das telecomunicações “guarda muitas semelhanças com o apagão”: investimento baixo, negligência diante do aumento da demanda e um pobre quadro legal e regulatório. “O apagão provocou retração na economia brasileira”, recorda a revista. E ela projeta: a demanda deve aumentar ainda mais por causa da Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 – sem falar no leilão do 4G, a internet móvel dez vezes mais rápida do que o 3G, vencido por Vivo, Claro, TIM e Oi.

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Eu gasto cerca de R$ 25,00 com a Vivo-SP, sendo R$ 9,90 para conectar na rede 3G. Raramente eu uso celular, mas a minha mãe sempre me liga para eu comprar pão na padaria, ou um dos meus irmãos precisa de informação que sempre guardo na agenda de contatos. Mas conectar na Internet pelo Vivo Pré é muito difícil, assim eu abro o navegador pelo WiFi da banda larga da Net, e de lá salvo algumas páginas para ler no modo offline.

Ou seja, as religiões estão acabando, ninguém mais quer pagar o dizimo ao Papa, graças ao trabalho ostensivo do 233, que afirma que vamos virar pó no fim de nossa jornada. No lugar do dizimo milenar, agora o nosso dizimo é tecnológico, é muito difícil usar o celular, mas as operadoras são bastante eficientes para lembrar quando os créditos acabaram. Antes pagávamos o dizimo para um suposto lote no Reino dos Céus, agora pagamos o dízimo por um serviço que não funciona, essa é a famosa lei universal do 233: quem nasce otário, quem cresce otário, fatalmente vai morrer otário.

O nome do novo Deus que idolatramos na era moderna é Tecnologia, o outro prometia o Paraíso, e esse é mais modesto, promete só conexão, mas só com as pessoas que estão vivas. Os que viraram pó, nenhuma operadora dá cobertura.

domingo, 12 de agosto de 2012

O fim da Religião

Ainda existem muitas igrejas e assembleias por ai, mas são poucos os padres e pastores que conseguem fazer a plateia lembrar de Deus. O espiritismo é interessante, mas exige tanta leitura, mas tanta leitura, que acaba tendo pouco ou nenhum adepto. A clássica questão de saber de onde viemos e para onde iremos está perdendo espaço para uma nova questão mais matemática: se eu entro num shopping, subo dois andares e desço dois andares, em que andar eu estou?

Para quem usa a matemática de forma correta, subir e descer o mesmo número de andares, implica que você está no andar "zero", mas a herança religiosa faz apelidar esse andar de "térreo". Ou seja, de nada adianta acreditar que Deus existe, ou que os espíritos existem, ou que a Santa Tereza conserta computadores, se você não tem a menor ideia de onde você está.

Por isso, cada vez mais estamos perdendo a nossa liberdade de escolha, e entregando o nosso destino nas mãos de computadores que dizem com vinte metros de precisão em que parte do planeta estamos. Eles são chamados de GPS. No ano que vem, todos os novos carros terão um chip de R$ 5,00, e assim será fácil localizar qualquer carro a qualquer momento. E o fim da Religião vai acontecer no momento em que implantarem esse chips debaixo da pele de nossas mãos.

Ao invés de você ser uma alma que vaga aleatoriamente no Universo, você será um ponto no painel de controle do GPS do Governo, a qualquer momento a Receita Federal poderá localizar você, e cobrar tudo o que você deve à Cesar. Ou seja, se o GPS localizar você no andar zero, um ou dois do shopping, e se o seu ponto colidir com o GPS de um produto que você carregar nas mãos, mas se não houver um documento fiscal que transfira a propriedade do produto da loja para o seu CPF, automaticamente a Polícia será acionada para chamar a sua atenção por ter esquecido de pagar o que você subtraiu da loja.

Falta pouco para perdermos a nossa individualidade, mas até lá podemos acalentar os últimos suspiros por sermos ignorantes, por não sabermos onde estamos, pois ainda é possível pecar, sem que ninguém saiba aonde pecamos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Perguntas, perguntas, perguntas...

 O 233 deseja saber muitas coisas ao mesmo tempo:
1. Espírito afunda?
2. Espírito faz barulho?
3. Espírito arrasta correntes?
4. O Espírito materializado do médico nazista fala alemão?


Ele sempre diz que o cara que se fantasia de médico nazista no Frei Luiz é loiro e não fala alemão. Quais conclusões podemos tirar disso?
a. O 233 já foi no Frei Luiz
b. O 233 acha que o médium é loiro e não fala alemão.


Como o 233 diz que nunca esteve no Frei Luiz, ficamos com a hipótese b: O 233 acha que o médium é loiro e não fala alemão.  Eu nunca estive lá, e portanto não posso achar nada.  Até agora só vi fotos do suposto espírito.
Assim como só vi fotos do Hosaka. Penso que ele é nissei e gordinho. Mas a foto pode ser de outra pessoa se passando pelo Hosaka... E o Hosaka pode nem se chamar Hosaka...

Será que espírito afunda, faz barulho? Não sei. Nunca vi um espírito, mas considerando que espíritos são de outro mundo, não devem obedecer as leis da física aqui do nosso planeta.


Abaixo há um texto muito doido da Revista Superinteressante, falando sobre um suposto peso da alma.
Espírito teria peso?
Talvez os mais pecadores sejam os mais pesados. Então quando  morrem, vão lá para baixo (inferno). E quando são leves vão para cima (céu).


 O Peso da Alma - 21 gramas

Em 1907,Dr. Duncan MacDougall de Haverhill, Massachusetts, conduziu experimentos para tentar provar que a alma tem uma massa mensurável e, como consequência disso, que ela é material.

Ele, então, construiu em seu escritório, uma cama especial em cima de uma balança, muito precisa, para que pudesse mensurar cada perda de peso de seus pacientes. Seu teste foi realizado com 6 pacientes em estado terminal (quatro com tuberculoso, um com diabete e um de causas não especificadas).Ele os observou antes, durante e depois do processo da morte, e mensurou cada perda de peso dos pacientes. Ele teve o cuidado de eliminar cada causa fisiológica para a perda de peso.

Os pacientes perdiam peso a uma taxa de 28 gramas por hora (a medida utilizada era a onça, e cada paciente perdia uma onça por hora. Uma onça tem 28 gramas) devido a respiração e a evaporação do suor. Após um período de 3 horas e 40 minutos, o paciente morreu e, coincidentemente, a balança registrou uma perda de 21 gramas no exato momento. A causa da perda não poderia ser devido a respiração e evaporação do suor, pois a taxa de perda de peso por esses fatores já haviam sido determinadas.

O paciente também não urinou ou defecou, até porque seus excrementos permaneceriam em cima da cama-balança. Havia ainda uma outra possibilidade para a perda de peso, que seria o esvaziamento completo dos pulmões. MacDougall subiu na balança e inspirou e expirou o mais forte que pôde, e nenhuma modificação considerável na balança foi registrada. Analisando os fatos,como poderiam explicar a perda de peso súbita do paciente? Seria o peso da alma?

MacDougall repetiu os experimentos com 15 cachorros e observou que os resultados davam negativos, ou seja, não havia nenhuma redução do peso no caso dos cachorros morrendo. De acordo com a sua doutrina religiosa, os animais não teriam almas, como os humanos. Então, os resultados estavam mais do que satisfatórios.

Em Março de 1907, os resultados do experimento de MacDougall foi publicado no jornal The New York Times e no jornal de medicina American Medicine. Mary Roach escreveu o seguinte,em sua coluna :

"De acordo com Dr. Augustus P. Clarke, MacDougall falhou por não ter levado em consideração o súbito aumento da temperatura corporal durante a morte, quando o sangue pára de ventilar os canais pulmonares. Clarke disse que o suor e a evaporação pela respiração, causadas pelo aumento da temperatura, deveria contar em ambos os casos, na perda de peso do homem e na ausência da perda nos cachorros (os cachorros se autoventilam ao ofegarem, e não ao transpirarem).MacDougall rebateu, dizendo que sem circulação, o sangue não pode ir até a superfície da pele e então não há ventilação. O debate continou acirrado de Maio até Dezembro."



"da Revista Superinteressante"


S.A.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Bifrenaria tyrianthina com 10 megapixel





Oi Hosaka! Desculpe colocar outra foto de orquídea aqui, mas eu queria saber o nome dessa espécie, sem abrir outro post exclusivo para ela. Essa foi presente de uma vizinha, e ninguém sabe o nome. Está lá em casa.

Alguém sabe o nome?


Obrigada, viu, Hosaka...
Tenho certeza de que a Olguinha vai gostar das flores... rsrs! 



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Natureza Viva - 66

Boa noite a vcs,
Vejam a orquídea bifrenaria atropurpurea.

https://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1241&bih=606&q=bifrenaria+atropurpurea&oq=bifrenaria+atropurpurea&gs_l=img.3...48.66.0.2501.2.2.0.0.0.0.1622.3186.8-2.2.0...0.0...1ac.LwC1S4PTZWg&sout=0&sa=X&ei=O_IiUO6GJ6nC6wGSooHIBg&ved=0CB4QxxQ

As primeiras fotos de Marte

No último dia 5 de agosto, cientistas e leigos do mundo todo acompanharam o pouso da sonda espacial Curiosity, da NASA, em Marte. A arriscada operação foi um “milagre da engenharia”, nas palavras do cientista John Grotzinger, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena (EUA).
Uma vez em solo marciano, a sonda pode finalmente iniciar a primeira fase de sua missão: descobrir se o planeta vermelho tem (ou já teve) os ingredientes necessários para o surgimento de vida.
O pouso foi feito na cratera Gale, em cujo centro está localizado o Aeolins Mons (também conhecido como Monte Sharp), uma montanha de 5 km de altitude para a qual a Curiosity irá se dirigir durante a missão.

Solo de história

Formada a partir do impacto de um meteorito ou cometa, Gale aparentemente esteve cheia de água durante centenas de milhões de anos – como indica sua geologia. Nesse caso, as camadas de solo do Monte Sharp devem ajudar os cientistas a entender melhor o fenômeno.
A Curiosity posou a aproximadamente 6,5 km do Monte e, embora haja grandes expectativas em relação a ele, não há pressa para sair do local de pouso: ainda é preciso testar os equipamentos e, além disso, há bastante material para ser analisado nas proximidades. “O que temos aqui é um paraíso para geólogos”, diz Grotzinger.

Seca misteriosa

Perto do local de pouso está o fim de um leque anuvial – depósito de detritos formado quando uma corrente de água chega a uma área plana, perde velocidade e se espalha. Isso significa que, nesse local, pode haver partículas trazidas da parede mais próxima da cratera (a 28 km de distância), o que facilitaria bastante a coleta de amostras.
Comparar as partículas do leque com as do Monte Sharp pode nos ajudar a entender o que aconteceu com a água que inundava a cratera: se o material do leque for mais recente, por exemplo, é um sinal de que houve períodos de seca e de inundação, ao invés de uma única e definitiva “seca total”.

Laboratório sobre rodas

Para realizar uma análise detalhada das condições de Marte, a sonda conta com uma série de equipamentos sofisticados: entre eles, uma câmera de alta resolução, um laser para quebrar rochas e permitir um exame detalhado de suas partículas, e um laboratório de química para avaliar que tipo de material é encontrado no planeta.
Com esses e outros instrumentos, a Curiosity poderá buscar partículas orgânicas e elementos químicos que tornariam possível o surgimento de vida microscópica em Marte.
Outro mistério a ser investigado na missão é o da atmosfera do planeta vermelho: observações feitas em órbita sugerem que lá ocorrem emissões de gás metano, o que significa que Marte é geologicamente ativo ou que há (ou havia) organismos produzindo o gás.
Sem perder tempo, a NASA já começou a divulgar fotos de Marte tiradas pela Curiosity. Para conferir o material, veja o site abaixo:


http://www.nasa.gov/mission_pages/msl/multimedia/gallery-indexEvents.html



E aí? Será que as fotos são de Marte mesmo ou é (segundo alguns de vocês) "armação" igual foi com a Lua? rsrs!

S.A.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Materializações

Livro: Materializações Luminosas - Depoimentos de um delegado de polícia
de Rafael A. Ranieri



Às vezes tem que se dar  um pouco de razão para as gozações do 233. Eu tenho esse livro e há muito que não dava uma olhadinha. Hoje resolvi reler...  Infelizmente há fotos que não fazem bem ao Espiritismo.


A seguir apresento fotos extraídas do capítulo 9 do livro “Materializações Luminosas: Depoimento de um Delegado de Polícia”, de Rafael A. Ranieri. Esse capítulo contém “fotos inéditas obtidas em lugares fidedignos conferidas pelo autor”. As fotos que extraí parecem ser do ano de 1964. Há muito mais fotos no livro, e mais antigas, da década de 50.

[ Ao lado, dois espíritos sendo Kennedy e Rose. Rose contou detalhe de sua última existência na Terra. Casada, sofreu muito com o marido que bebia e trocava o lar pelas orgias noturnas. Chegava a maltratá-la fisica­mente e, certa madrugada, ao regressar da boêmia, empurrou-a do alto da escada pela qual rolou e na queda quebrou a coluna vertebral, motivo porque assim aparece. Muito bonita, foi irmã de Kennedy no passado. Ela que o amparou no Além e também o conduziu à sessão. Espírito bom e fraternal. Disse que vai se reencarnar na família Kennedy com a qual se acha ligada há séculos.] (Cópia fiel do livro)





 [Monteiro Lobato era um dos Espíritos amigos que se apresentava no Grupo.  A sessão se realizou no CE. "Poder da Boa Vontade", vendo-se o médium Pedrinho Machado entre duas médiuns auxiliares. O medalhão mostra Lobato que nos disse ser "seu rosto mesmo, pois, não há fotografia igual no Brasil. É original."](Cópia fiel do livro)





[ Monteiro Lobato sob Novo Ângulo. Mesma sessão anterior vendo-se o medalhão sob novo ângulo e em ponto maior. A direita uma médium que se desenvolvia, notando-se o pleno transe em que se achava.](Cópia fiel do livro)

** Importante lembrar que acredito na existência dos Espíritos. O que quero demonstrar é a péssima qualidade das fotos.**


As fotos e parte dos textos foram retirados do site:
http://obraspsicografadas.org/2012/novas-fotos-de-materializao/ 


Download do livro "Materializações Luminosas":
Materializaçôes Luminosas

   
Qual a opinião de vocês?


S.A.

O Arquivo de Hitler - Patrick Delaforce - Parte I

O arquivo de Hitler  - Resumo de Livro -
Patrick Delaforce


Adolf Hitler nasceu em 20 de abril de 1889 no vilarejo de Braunau, às margens do rio Inn, na Áustria. Era o terceiro filho do terceiro casamento  de Alois Hiter com Klara Polzi, 23 anos mais jovem que o marido. Foi - aos seis anos de idade - coroinha e coralista no mosteiro de Lambach.
Em 1904, no dia de Pentecostes, crismou-se na catedral católica romana de Lins conforme o desejo de sua mãe que tinha esperança que o filho se tornasse monge. Adorava a mãe e quando ela morreu de câncer em dezembro de 1907, ficou desolado e chorou amargamente.

Hitler se esforçou bastante para ingressar na Escola de Belas-Artes de Viena. Na polícia da cidade registrou-se como "estudante", depois como "pintor" e por fim "aspirante a escritor". Para ser admitido na escola precisou enviar alguns de seus desenhos que fazia há tempos. Devia se submeter a uma prova de desenho que ocorria todos os anos em outubro. Em duas ocasiões Hitler fracassou.

Reinhold Hanisch era o único amigo de Hitler em Viena, no asilo de mendigos, no subúrbio de Meidling.  Mais tarde Hanisch  descreveria Hitler como um jovem de sobrecasaca, cujos cabelos, debaixo de um engordurado chapéu-coco  preto caíam sobre o colarinho e cujo queixo era coberto por um grosso tufo de barba. Perambulava pelos albergues noturnos, vivendo do pão e da sopa que ali obtinha e debatendo política, em geral em meio a acaloradas discussões. Hanisch convenceu Hitler  a se mudar para lá. Ao lhe arranjar algum trabalho, arrancou o jovem pintor da letargia. Formaram uma sociedade, dividindo os lucros empartes iguais. Hitler copiava cartões-postais e litografias de paisagens vienenses, produzindo esboços e aquarelas - no ritmo de um por dia -, que Hanisch vendia nas ruas e nos bares da cidade por cerca de cinco coroas.
Hitler acabou se desentendendo com Hanisch por causa de uma pintura, e Hanich foi preso.  Nesse meio tempo Hitler continuou negociando suas pinturas em seu círculo de amigos, onde havia muitos judeus. Mudou-se para Munique( com a herança recebida do pai) e continuou a pintar, mesmo no período que serviu o exército durante a Primeira Guerra Mundial.

O primeiro amor de Hitler, depois de sua mãe, que o mimou e a quem adorava, foi Stefanie Isak, uma jovem loira e alta que vivia no mesmo subúrbio de Linz. O sobrenome indicava que talvez fosse judia, mas isso não o incomodava. Ficava todos os dias na rua à espera dela, que infelizmente passava sempre sob o olhar atento da mãe. A moça o ignorava e Hitler contou a um amigo que planejou suicidar-se, jogando-se nas águas do Danúbio. A jovem acabou casando-se com um soldado, o tenente Jasten.

Em 5 de fevereiro de 1914, Hitler ase apresentou a uma Junta de alistamento militar em Salzburg. Eis o veredicto: "Inapto para o serviço militar e para as tropas auxiliares: muito fraco, incapaz de carregar uma arma".
Apesar da nacionalidade austríaca, apresentou-se como voluntário para servir um regimento bávaro. Foi aceito como soldado de primeira classe, onde atuava como mensageiro (Meldeganger) entreo QG e as tropas na linha de frente. Em agosto de 1918 foi agraciado com a Cruz de Ferro de Primeira Classe.

Pouco depois do armistício de 21 de novembro de 1918, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, o cabo Hitler voltou para Munique. Como membro da7ª Companhia do 1º. Batalhão de Reserva do 2º Regimento de Infantaria da Baviera, Hitler foi nomeado Vertrauenmann (representante). Entre outras obrigações devia cooperar com o departamento de propaganda do revolucionário Partido Social-Democrata Independente da Alemanha.  Como vice-representante do batalhão, o cabo Hitler era um dos defensores da "república" comunista.  Por um breve período foi comunista (ele odiava o comunismo).

Em 1921 assumiu a liderança do comitê dos trabalhadores independentes, que possuía uma política de repúdio aos judeus e estrangeiros, e era O Partido dos Trabalhadores Alemães. Sob o comando de Hitler o partido passou a ser conhecido como NSDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães), ou, simplesmente Partido Nazista. Foi formado o vírus do antissemitismo.

Emil Maurice, motorista de Hitler e, por muitos anos um bom amigo, acompanhava o Füher a aulas de pintura para espiar modelos que posavam nuas para os artistas. Frequentavam clubes norurnos em Munique e até mesmo pegavam moças na rua.
Há indícios que, em 1916, Hitler teve um caso com Mitzi Reiter, uma garota de 16 anos que, junto com a irmã mais velha, administrava uma loja de roupas femininas. Em pouco tempo, ela se tornou sua amante: ela a chamava de Mizzerl, Mimilein,Mitzi ou Mimi e ela o chamava de Lobo. Mas, n final repetiu-se a velha história de sempre. Ela queria casar - ou com ele, ou ao menos com alguém que a amasse. Pobre e tola, Mitzi, com ciúmes das atenções que dispensava a Hitler em toda parte, tentou se enforcar, mas o cunhado a salvou. Na ocasião, Hitler estava envolvido com a própria sobrinha.


Angela Raubal, a meia -irmã viúva de Hitler, sugeriu que a casa que ele alugaou  precisava de uma governanta, e lá,  além de assumir esse cargo, estava disposta a trabalhar para ele como cozinheira. O líder nazista lembrava com prazer dos bolos maravilhosos que ela costumava fazer, e Henriette Hoffmann, filha  do fotógrafo de Hitler, recordava que ela "era uma mulher gentil e simpática, especializada na cozinha austríaca. Fazia delicadas massas folhadas, bolos de ameixa com canela, macios pastelões de semente de papoula  e perfumadas panquecas de baunilha - coisas irresistíveis que o irmão adorava comer". Angela tinha duas filhas na idade de casar, Angela (Geli) e Elfriede.


(Continua)


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Adulto Esperança


Na verdade dever ser isso que todos nós precisamos... Ahahaha!

domingo, 5 de agosto de 2012

Mundo dos Pensamentos

Boa noite aos leitores.

Publicarei agora uma das prosas mais fascinantes que eu e o sr.William tivemos,e que se deu no final do ano passado.
Ela foi mística,e como esse é um blog sobre religião,será lida com boa vontade pelos afeitos ao tema.
Leiam ao texto dele,e leiam as minhas réplicas(oito),pois ambas as partes(texto e réplicas),se complementam.
Esse foi um momento de sorte,e merece ser lembrado,ou visto pela primeira vez.
Espero que esse assunto inspire aos que lerem,pois essa é minha intenção.
Ele (o tema) influenciou a nós(os diletantes)e pode ter influenciado outros leitores.
Acho que vcs ficarão emotivos.

E aprimorarão suas metafísicas.
Uma boa noite,e uma boa semana a todos.
Esse conjunto terá continuação,mas essa eu irei postá-la na próxima página.
Que modo melhor de começar uma semana,senão com uma filosofia que atingiu tantos temas que nos sensibilizam?...
Não à toa,por ora,não ando muito inovadora nas idéias.
Dificilmente,voltarei a me repetir nesse fenômeno visto.

Há coisas que não merecem um segundo olhar.
Há outras que não são jamais esquecidas.

http://terapiadalogica.blogspot.com.br/2011/12/mundo-dos-pensamentos.html

12 horas

Já faz muito tempo que não vejo o César, mas eu tentei encontrá-lo mais uma vez, depois de quase um mês, no terceiro andar do Shopping Popular de Diadema. E ele não estava lá. Procurei pelo primo dele, e este me informou que o Cesar foi passear bem longe, foi para o Ceará, mas não deixou nenhum disco.

Passei por uma banca que vende periféricos, expliquei a situação, e o rapaz da banca me explicou que a Samanta é que vende blu-ray. Fui no primeiro corredor procurar pela Samanta, e um rapaz me indicou uma loira com uma criança no cólo, sentado no banco, bem nos fundos.

Achei muito estranho uma loira com um bebê afrodescendente, mas deixei isso de lado e perguntei se ela vende Blu-Ray. Ela, então, indicou uma banca que vende bonés. Lá, havia uma garota com aparência de dezesseis ou dezessete anos, e pegou a caixa com os discos lá do outro lado. Escolhi quatro filmes: Bíblia, Fase 7, 12 horas e Encontro Maligno.

A menina viu que a Bíblia tinha dois discos, e assim ela cobrou R$ 20,00, e como eu estava com apenas R$ 40,00, deixei a Bíblia de lado.

Fase 7 é o primeiro filme argentino que vi. Fala de um vírus que espalhou pelo mundo inteiro, e o governo pediu para as pessoas ficarem em casa. A história toda acontece num prédio, no centro de Buenos Aires, e mostra como é cruel ficar de quarentena, sem Internet e a televisão falando das pessoas que estão desaparecendo por causa do novo vírus, e de uma nova ordem mundial que está prestes a acontecer. Um dos moradores, Horácio, acalentou a hipótese de que o vírus é uma fraude, e que os poderosos decidiram eliminar várias pessoas da face da Terra. O pânico vai tomando conta das pessoas, e elas se matam entre si. É difícil saber se isso é vírus ou não, mas deixa qualquer um impressionado com o que o Horácio escondia em seu armário. Não vale a pena ver esse filme. Não é ruim, mas também não é bom.

12 horas é um filme muito extraordinário. Ao invés de Charles Bronson da década de 70, o que temos nesse filme é uma bela loira de olhos azuis e que fica desesperada, quando percebe que a sua irmã desapareceu. Ela pede ajuda para a polícia, mas a polícia disse que em apenas meia hora não dá para iniciar uma busca. Então, por conta própria, a loira começa a procurar pela irmã. Esse filme é dez, é imperdível!

Outro bom filme é Encontro Maligno, com o lendário Samuel L Jackson. O título faz pensar que Samuel é a encarnação do diabo. Lamentavelmente a minha cópia está com defeito, várias cenas foram interrompidas, e o meu leitor de Blu-Ray teve que pular um minuto aqui e outro ali, mesmo assim consegui acompanhar o filme todo. Como 12 horas, esse é um filme que não dá para tirar o olho da tela. Ele começa com Juke Wilson fazendo o papel de um corretor de imóveis que perdeu o emprego, justamente no dia do seu aniversário, e encontra a sua caixa postal cheio de contas vencidas e um aviso na porta de que sua hipoteca será executado em breve. A mulher e seus filhos decidem passear, e ele fica sozinho, amargando um copo de whisky, mas, de repente, alguém bate na porta, e pede ajuda para empurrar o carro, que parou justamente na frente da sua casa. Depois disso, você não consegue sequer piscar o olho. Durante o filme todo, você fica imaginando que o Samuel veio lá das profundezas do inferno e que vai fazer um trato para ter a alma do pobre coitado, mas na verdade ele mostra que o diabo não é aquele que mata, não é aquele que é arrogante, não é o Sr MB, mas sim a pessoa que você menos imagina. O filme é bárbaro! Você chegará à conclusão que o diabo não é "aquele cara" mas sim não mais e não menos do que nós mesmos!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O maior brasileiro


Com 50,5% dos votos, Chico Xavier continua na disputa do Maior Brasileiro  de Todos os Tempos. O líder espírita competiu com Irmã Dulce, que recebeu 49,5% dos votos – por internet, telefone e SMS.


Francisco de Paula Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier nasceu em Pedro Leopoldo e morreu em 2002 na cidade mineira de Uberaba. Ele foi um médium e um dos mais importantes divulgadores do espiritismo no Brasil. O seu nome de batismo Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros, mudança oficializada em abril de 1966, quando chegou da sua segunda viagem aos Estados Unidos.

A disputa do Maior Brasileiro de Todos os Tempos continua – agora, a segunda votação é entre o ex-presidente Lula e o piloto de F1, Ayrton Senna. O programa, que já foi realizado em diversos países, é exibido pelo SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), às quartas-feiras.



 Quem seria o maior brasileiro de todos os tempos?
Penso que não seria apenas UM, mas vários. Seria aquele que levanta cedinho e já pega o ônibus (ou metrô, ou a bicicleta, ou vai à pé mesmo) para o trabalho. Ganha um salário mínimo e consegue sustentar a família toda. E ainda acha graça da vida. Ainda sonha e acredita num futuro melhor.



S. A.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Bíblia passada a limpo


A disputa entre ciência e religião pela posse da verdade é antiga. No Ocidente, começou no século XVI, quando Galileu defendeu a tese de que a Terra não era o centro do Universo. Essa primeira batalha foi vencida pela Igreja, que obrigou Galileu a negar suas idéias para não ser queimado vivo. Mas o futuro dessa disputa seria diferente: pouco a pouco, a religião perdeu a autoridade para explicar o mundo. Quando, no século XIX, Darwin lançou sua teoria sobre a evolução das espécies, contra a idéia da criação divina, o fosso entre ciência e religião já era intransponível. Nas últimas décadas, a Bíblia passou a ser alvo de ciências como a filologia (o estudo da língua e dos documentos escritos), a arqueologia e a história. E o que os cientistas estão provando é que o livro mais importante da história é, em sua maior parte, uma coleção de mitos, lendas e propaganda religiosa.

Primeiro livro impresso por Guttemberg, no século XV, e o mais vendido da história, a Bíblia reúne escritos fundamentais para as três grandes religiões monoteístas – Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Na verdade, a Bíblia é uma biblioteca de 73 livros escritos em momentos históricos diferentes. O Velho Testamento, aceito como sagrado por judeus, cristãos e muçulmanos, é composto de 46 livros que pretendem resumir a história do povo hebreu desde o suposto chamamento de Abraão por Deus, que teria ocorrido por volta de 1850 a.C., até a conquista da Palestina pelos exércitos de Alexandre Magno e as revoltas do povo judeu contra o domínio grego, por volta de 300 a.C. Os 27 livros do Novo Testamento abarcam um período bem menor: cerca de 70 anos que vão do nascimento de Jesus à destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C.

O coração do Velho Testamento são os primeiros cinco livros, que compõem a Torá do Judaísmo (a palavra significa “lei”, em hebraico). Em grego, o conjunto desses livros recebeu o nome de Pentateuco (“cinco livros”). São considerados os textos “históricos” da Bíblia, porque pretendem contar o que ocorreu desde o início dos tempos, inclusive a criação do homem – que, segundo alguns teólogos, teria ocorrido em 5000 a.C. O Pentateuco inclui o Gênesis (o “livro das origens”, que narra a criação do mundo e do homem até o dilúvio universal), o Êxodo (que narra a saída dos judeus do Egito sob a liderança de Moisés) e os Números (que contam a longa travessia dos judeus pelo deserto até a chegada a Canaã, a terra prometida).

Das três ciências que estudam a Bíblia, a arqueologia tem se mostrado a mais promissora. “Ela é a única que fornece dados novos”, diz o arqueólogo israelense Israel Finkelstein, diretor do Instituto de Arqueologia da Universidade de Tel Aviv e autor do livro The Bible Unearthed (A Bíblia desenterrada, inédito no Brasil), publicado no ano passado. A obra causou um choque em estudiosos de arqueologia bíblica, porque reduz os relatos do Antigo Testamento a uma coleção de lendas inventadas a partir do século VII a.C.

O Gênesis, por exemplo, é visto como uma epopéia literária. O mesmo vale para as conquistas de David e as descrições do império de Salomão.

A ciência também analisa os textos do Novo Testamento, embora o campo de batalha aqui esteja muito mais na filologia. A arqueologia, nesse caso, serve mais para compor um cenário para os fatos do que para resolver contendas entre as várias teorias. O núcleo central do Novo Testamento são os quatro evangelhos. A palavra evangelho significa “boa nova” e a intenção desses textos é clara: propagandear o Cristianismo. Três deles (Mateus, Marcos e Lucas) são chamados sinóticos, o que pode ser traduzido como “com o mesmo ponto de vista”. Eles contam a mesma história, o que seria uma prova de que os fatos realmente aconteceram. Não é tão simples. O problema central do Novo Testamento é que seus textos não foram escritos pelos evangelistas em pessoa, como muita gente supõe, mas por seus seguidores, entre os anos 60 e 70, décadas depois da morte de Jesus, quando as versões estavam contaminadas pela fé e por disputas religiosas.

Nessa época, os cristãos estavam sendo perseguidos e mortos pelos romanos, e alguns dos primeiros apóstolos, depois de se separarem para levar a “boa nova” ao resto do mundo, estavam velhos e doentes. Havia, portanto, o perigo de que a mensagem cristã caísse no esquecimento se não fosse colocada no papel. Marcos foi o primeiro a fazer isso, e seus textos serviram de base para os relatos de Mateus e Lucas, que aproveitaram para tirar do texto anterior algumas situações que lhes pareceram heresias. “Em Marcos, Jesus é uma figura estranha que precisa fazer rituais de magia para conseguir um milagre”, afirma o historiador e arqueólogo André Chevitarese.

Para tentar enxergar o personagem histórico de Jesus através das camadas de traduções e das inúmeras deturpações aplicadas ao Novo Testamento, os pesquisadores voltaram-se para os textos que a Igreja repudiou nos primeiros séculos do Cristianismo. Ignorados, alguns desapareceram. Mas os fragmentos que nos chegaram tiveram menos intervenções da Igreja ao longo desses 2 000 anos. Parte desses evangelhos, chamados “apócrifos” (não se sabe ao certo quem os escreveu), fazem parte de uma biblioteca cristã do século IV descoberta em 1945 em cavernas do Egito. Os evangelhos estavam escritos em língua copta (povo do Egito).

O fato de esses textos terem sido comprovadamente escritos nos primeiros séculos da era cristã não quer dizer que eles sejam mais autênticos ou contenham mais verdades que os relatos que chegaram até nós como oficiais. Pelo contrário, até. Os coptas, que fundariam a Igreja cristã etíope, foram considerados hereges, porque não aceitavam a dupla natureza de Jesus (humana e divina). Para eles, Jesus era apenas divino e os textos apócrifos coptas defendem essa versão. Mesmo assim, eles trazem pistas para elucidar os fatos históricos.

A tentativa de entender o Jesus histórico buscando relacioná-lo a uma ou outra corrente religiosa judaica também foi infrutífera, como ficou demonstrado no final da tradução dos pergaminhos do Mar Morto, anunciada recentemente. Esses papéis, achados por acaso em cavernas próximas do Mar Morto, em 1947, criaram a expectativa de que pudesse haver uma ligação entre Jesus e os essênios, uma corrente religiosa asceta, cujos adeptos viviam isolados em comunidades purificando-se à espera do messias. O fim das traduções indica que não há qualquer ligação direta entre Jesus e os essênios, a não ser a revolta comum contra a dominação romana.

O resultado é que, depois de dois milênios, parece impossível separar o verdadeiro do falso no Novo Testamento. O pesquisador Paul Johnson, autor de A História do Cristianismo, afirma que, se extrairmos, de tudo o que já se escreveu sobre Jesus, só o que tem coerência histórica e é consenso, restará um acontecimento quase desprovido de significado. “Esse ‘Jesus residual’ contava histórias, emitiu uma série de ditos sábios, foi executado em circunstâncias pouco claras e passou a ser, depois, celebrado em cerimônia por seus seguidores.”

O que sabemos com certeza é que Jesus foi um judeu sectário, um agitador político que ameaçava levantar os dois milhões de judeus da Palestina contra o exército de ocupação romano. Tudo o mais que se diz dele precisa da fé para ser tomado como verdade. Assim como aconteceu com Moisés, David e Salomão do Velho Testamento, a figura de Jesus sumiu na névoa religiosa.



O Dilúvio

No Gênesis, a história do dilúvio é uma das poucas que ainda alimenta o interesse dos cientistas, depois que os físicos substituíram a criação do mundo pelo Big Bang e Darwin substituiu Adão pelos macacos. O que intrigou os pesquisadores foi o fato de uma história parecida existir no texto épico babilônico de Gilgamesh – o que sugere que uma enchente de enormes proporções poderia ter acontecido no Oriente Médio e na Ásia Menor. Parte do mistério foi solucionado quando os filólogos conseguiram demonstrar que a narrativa do Gênesis é uma apropriação do mito mesopotâmico. “Não há dúvida de que os hebreus se inspiraram no mito de Gilgamesh para contar a história do dilúvio”, afirma Rafael Rodrigues da Silva, professor do Departamento de Teologia da PUC de São Paulo, especialista na exegese do Antigo Testamento.

O povo hebreu entrou em contato com o mito de Gilgamesh no século VI a.C. Em 598 a.C., o rei babilônico Nabucodonosor, depois de conquistar a Assíria, invadiu e destruiu Jerusalém e seu templo sagrado. No ano seguinte, os judeus foram deportados para a Babilônia como escravos. O chamado exílio babilônico durou 40 anos. Em 538 a.C., Ciro, o fundador do Império Persa, depois de submeter a Babilônia permitiu o retorno dos judeus à Palestina. Os rabinos ou “escribas” começaram a reconstruir o Templo e a reescrever o Gênesis para, de alguma forma, dar um sentido teológico à terrível experiência do exílio. Assim, a ameaça do dilúvio seria uma referência à planície inundável entre os rios Tigre e Eufrates, região natal de Nabucodonosor; os 40 dias de chuva seriam os 40 anos do exílio; e a aliança final de Deus com Noé, marcada pelo arco-íris, uma promessa divina de que os judeus jamais seriam exilados.

Solucionado o mistério do dilúvio na Bíblia, continua o da sua origem no texto de Gilgamesh. No final da década de 90, dois geólogos americanos da Universidade Columbia, Walter Pittman e Willian Ryan, criaram uma hipótese: por volta do ano 5600 a.C., ao final da última era glacial, o Mar Mediterrâneo havia atingido seu nível mais alto e ameaçava invadir o interior da Ásia na região hoje ocupada pela Turquia, mais precisamente a Anatólia. Num evento catastrófico, o Mediterrâneo irrompeu através do Estreito de Bósforo (ver infográfico na página 44), dando origem ao Mar Negro como o conhecemos hoje. Um imenso vale de terras férteis e ocupado por um lago foi inundado em dois ou três dias.

Os povos que ocupavam os vales inundados tiveram que fugir às pressas e o mais provável é que a maioria tenha morrido. Os sobreviventes, porém, tinham uma história inesquecível, que ecoaria por milênios. Alguns deles, chamados ubaids, atravessaram as montanhas da Turquia e chegaram à Mesopotâmia, tornando-se os mais antigos ancestrais de sumérios, assírios e babilônios. Estaria aí a origem da narrativa de Gilgamesh. Essa teoria foi recebida por arqueólogos e antropólogos como fantástica demais para ser verdadeira.

No entanto, no verão de 2000, o caçador de tesouros submersos Robert Ballard, o mesmo que encontrou os restos do Titanic, levou suas poderosas sondas para analisar o fundo do Mar Negro nas proximidades do que deveriam ser vales de rios antes do cataclisma aquático. Ballard encontrou restos de construções primitivas e a análise da lama colhida em camadas profundas do oceano provaram que, há 7 600 anos, ali existia um lago de água doce. A hipótese do grande dilúvio do Mar Negro estava provada.

O Êxodo

Não há registro arqueológico ou histórico da existência de Moisés ou dos fatos descritos no Êxodo. A libertação dos hebreus, escravizados por um faraó egípcio, foi incluída na Torá provavelmente no século VII a.C., por obra dos escribas do Templo de Jerusalém, em uma reforma social e religiosa. Para combater o politeísmo e o culto de imagens, que cresciam entre os judeus, os rabinos inventaram um novo código de leis e histórias de patriarcas heróicos que recebiam ensinamentos diretamente de Jeová. Tais intenções acabaram batizadas de “ideologia deuteronômica”, porque estão mais evidentes no livro Deuteronômio. A prova de que esses textos são lendas estaria nas inúmeras incongruências culturais e geográficas entre o texto e a realidade. Muitos reinos e locais citados na jornada de Moisés pelo deserto não existiam no século XIII a.C., quando o Êxodo teria ocorrido. Esses locais só viriam a existir 500 anos depois, justamente no período dos escribas deuteronômicos.

Também não havia um local chamado Monte Sinai, onde Moisés teria recebido os Dez Mandamentos. Sua localização atual, no Egito, foi escolhida entre os séculos IV e VI d.C., por monges cristãos bizantinos, porque ele oferecia uma bela vista. Já as Dez Pragas seriam o eco de um desastre ecológico ocorrido no Vale do Nilo quando tribos nômades de semitas estiveram por lá (veja infográfico na página 45).

Vejamos agora o caso de Abraão, o patriarca dos judeus. Segundo a Bíblia, ele era um comerciante nômade que, por volta de 1850 a.C., emigrou de Ur, na Mesopotâmia, para Canaã (na Palestina). Na viagem, ele e seus filhos comerciavam em caravanas de camelos. Mas não há registros de migrações de Ur em direção a Canaã que justifiquem o relato bíblico e, naquela época, os camelos ainda não haviam sido domesticados. Aqui também há erros geográficos: lugares citados na viagem de Abraão, como Hebron e Bersheba, nem existiam então. Hoje, a análise filológica dos textos indica que Abraão foi introduzido na Torá entre os séculos VIII e VII a.C. (mais de 1 000 anos após a suposta viagem).

Então, como surgiu o povo hebreu? Na verdade, hebreus e canaanitas são o mesmo povo. Por volta de 2000 a.C., os canaanitas viviam em povoados nas terras férteis dos vales, enquanto os hebreus eram nômades das montanhas. Foi o declínio das cidades canaanitas, acossadas por invasores no final da Idade do Bronze (300 a.C. a 1000 a.C.), que permitiu aos hebreus ocupar os vales. Segundo a Bíblia, os hebreus conquistaram Canaã com a ajuda dos céus: na entrada de Jericó, o exército hebreu toca suas trombetas e as muralhas da cidade desabam, por milagre. Mas a ciência diz que Jericó nem tinha muralhas nessa época. A chegada dos hebreus teria sido um longo e pacífico processo de infiltração.

David e Salomão

Há pouca dúvida de que David e Salomão existiram. Mas há muita controvérsia sobre seu verdadeiro papel na história do povo hebreu. A Bíblia diz que a primeira unificação das tribos hebraicas aconteceu no reinado de Saul. Seu sucessor, David, organizou o Estado hebraico, eliminando adversários e preparando o terreno para que seu filho, Salomão, pudesse reinar sobre um vasto império. O período salomônico (970 a.C. a 930 a.C.) teria sido marcado pela construção do Templo de Jerusalém e a entronização da Arca da Aliança em seu altar.

Não há registros históricos ou arqueológicos da existência de Saul, mas a arqueologia mostra que boa parte dos hebreus ainda vivia em aldeias nas montanhas no período em que ele teria vivido (por volta de 1000 a.C.) – assim, Saul seria apenas um entre os muitos líderes tribais hebreus. Quanto a David, há pelos menos um achado arqueológico importante: em 1993 foi encontrada uma pedra de basalto datada do século IX a.C. com escritos que mencionam um rei David.

Por outro lado, não há qualquer evidência das conquistas de David narradas na Bíblia, como sua vitória sobre o gigante Golias. Ao contrário, as cidades canaanitas mencionadas como destruídas por seus exércitos teriam continuado sua vida normalmente. Na verdade, David não teria sido o grande líder que a Bíblia afirma. Seu papel teria sido muito menor. Ele pode ter sido o líder de um grupo de rebeldes que vivia nas montanhas, chamados apiru (palavra de onde deriva a palavra hebreu) – uma espécie de guerrilheiro que ameaçava as cidades do sul da Palestina. Quanto ao império salomônico cantado em verso e prosa na Torá hebraica, a verdade é que não foram achadas ruínas de arquitetura monumental em Jerusalém ou qualquer das outras cidades citadas na Bíblia.

O principal indício de que as conquistas de David e o império de Salomão são, em sua maior parte, invenções é que, no período em que teriam vivido, a arqueologia prova que a cultura canaanita (que, segundo a Bíblia, teria sido destruída) continuava viva. A conclusão é que David e Salomão teriam sido apenas pequenos líderes tribais de Judá, um Estado pobre e politicamente inexpressivo localizado no sul da Palestina.

Na verdade, o grande momento da história hebraica teria acontecido não no período salomônico, mas cerca de um século mais tarde. Entre 884 e 873 a.C., foi fundada Samária, a capital do reino de Israel, no norte da Palestina, sob a liderança do rei israelita Omri. Enquanto Judá permanecia pobre e esquecida no sul, os israelitas do norte faziam alianças com os assírios e viviam um período de grande desenvolvimento econômico. A arqueologia demonstrou que os monumentos normalmente atribuídos a Salomão foram, na verdade, erguidos pelos omridas. Ou seja: o primeiro grande Estado judaico não teve a liderança de Salomão, e sim dos reis da dinastia omrida.

Enriquecido pelos acordos comerciais com Assíria e Egito, o rei Ahab, filho de Omri, ordena a construção dos palácios de Megiddo e as muralhas de Hazor, entre outras obras. Hoje, os restos arqueológicos desses palácios e muralhas são o principal ponto de discórdia entre os arqueólogos que estudam a Torá. Muitos ainda os atribuem a Salomão, numa atitude muito mais de fé do que de rigor científico, já que as datações mais recentes indicam que Salomão nunca ergueu palácios.



Judá

Entender a história de Judá é fundamental para entender todo o Velho Testamento. Até o século VIII a.C., Judá era apenas uma reunião de tribos vivendo numa região desértica do sul da Palestina. Em 722 a.C., porém, os assírios resolvem conquistar as ricas planícies e cidades de Israel – o reino do norte, mais desenvolvido economicamente e mais culto. Judá, no sul, que não pareceu interessar aos assírios, pôde continuar independente, desde que pagasse tributos ao império assírio.

Assim, enquanto no norte acontece uma desintegração dos hebreus, levados para a Assíria como escravos, no sul eles continuam unidos em torno do Templo de Jerusalém. Judá beneficiou-se enormemente da destruição do reino do norte. Jerusalém cresceu rapidamente e cidades como Lachish, que servia de passagem antes de chegar a Jerusalém, foram fortificadas. Era o momento de Judá tomar a frente dos hebreus. Para isso, precisaria de duas coisas: um rei forte e um arsenal ideológico capaz de convencer as tribos do norte de que Judá fora escolhida por Deus para unir os hebreus. Além disso, era preciso combater o politeísmo que voltava a crescer no norte.

Josias foi o candidato a assumir a posição de rei unificador. Durante uma reforma no Templo de Jerusalém, em seu governo, foi “encontrado” (na verdade, não há dúvidas de que o livro foi colocado ali de propósito) o livro Deuteronômio, com todos os ingredientes para um ampla reforma social e religiosa. O livro possui até profecias que afirmam, por exemplo, que um rei chamado Josias, da casa de David, seria escolhido por Deus para salvar os hebreus. Ungido pelo relato do livro, o ardiloso Josias consegue seu objetivo de centralizar o poder, mas acaba morto em batalha. Judá revolta-se contra os assírios e o rei da Assíria, Senaqueribe, invade a região, destruindo Lachish e submetendo Jerusalém. A destruição de Lachish, narrada com riqueza de detalhes na Bíblia, também aparece num relevo encontrado em Nínive, a antiga capital assíria. E as escavações comprovaram que a Bíblia e o relevo são fiéis ao acontecido. Ou seja: nesse caso, a arqueologia provou que a Torá foi fiel aos fatos.

Jesus

Segundo o Novo Testamento, Jesus nasceu em Belém, uma cidadezinha localizada oito quilômetros ao sul de Jerusalém, filho do carpinteiro José e de uma jovem chamada Maria, que o concebeu sem macular sua virgindade. Os evangelhos de Lucas e Mateus afirmam que Jesus nasceu “perto do fim do reino de Herodes”. O texto de Lucas afirma que a anunciação aconteceu em Nazaré, onde José e Maria viviam, mas eles foram obrigados a viajar até Belém pelo censo “ordenado quando Quirino era governador da Síria”.

Hoje, o que se sabe de concreto sobre Jesus é que ele nasceu na Palestina, provavelmente no ano 6 a.C., ao final do reinado de Herodes Antibas (que acabou em 4 a.C.). A diferença entre o nascimento real de Jesus e o ano zero do calendário cristão se deve a um erro de cálculo. No século VI, quando a Igreja resolveu reformular o calendário, o monge incumbido de fazer os cálculos cometeu um erro. Além disso, é praticamente certo que Jesus nasceu em Nazaré e não em Belém. A explicação que o texto de Lucas dá para a viagem de Jesus até Belém seria falsa. Os registros romanos mostram que Quirino (aquele que teria feito o censo que obrigou a viagem a Belém) só assumiu no ano 6 d.C. – 12 anos depois do ano de nascimento de Jesus. A história da viagem a Belém foi criada porque a tradição judaica considerava essa cidade o berço do rei David – e o messias deveria ser da linhagem do primeiro rei dos judeus.

A concepção imaculada de Maria é um dos dogmas mais rígidos da Igreja, mas nem sempre foi um consenso entre os cristãos. Alguns textos apócrifos dos séculos II e III sugerem que Jesus é fruto de uma relação de Maria com um soldado romano. A menina Maria teria 12 anos quando concebeu Jesus. Na rígida tradição judaica, uma mulher que engravidasse assim poderia ser condenada à morte por apedrejamento. O velho carpinteiro José, provavelmente querendo poupar a menina, casou-se com ela e escondeu sua gravidez até o nascimento do bebê. A data de 25 de dezembro não está na Bíblia. É uma criação também do século VI, quando o calendário foi alterado.

A Bíblia afirma que Jesus teve duas irmãs e quatro irmãos: Tiago, Judas, José e Simão. Mas não se sabe se esses eram filhos de Maria ou de um primeiro casamento de José. Muitos teólogos afirmam que eles eram, na verdade, primos de Jesus – em aramaico, irmão e primo são a mesma palavra. A Bíblia não fala quase nada sobre a infância e a adolescência de Jesus, com exceção de uma passagem em que, aos 12 anos, numa visita ao Templo de Jerusalém durante a Páscoa, seus pais o encontram discutindo teologia com os sábios nas escadarias do templo do monte. É quase certo, porém, que ele cresceu em Nazaré.

Jesus falava certamente o aramaico, a língua corrente da Palestina e, provavelmente, entendia o hebreu por ter tomado lições na sinagoga e por ler a Torá. Os evangelhos apócrifos o pintam como um menino Jesus travesso, capaz de dar vida a figuras de barro para impressionar os colegas e até mesmo a fulminar um menino que esbarrou em seu ombro, para ressuscitá-lo logo em seguida, depois de tomar uma bronca do pai.

Certamente José procurou iniciá-lo na arte da carpintaria e é provável que Jesus tenha trabalhado como carpinteiro durante um bom tempo. Oportunidade não lhe faltou. Escavações recentes revelaram que ao mesmo tempo em que Jesus crescia em Nazaré, bem próximo era construída a monumental cidade de Séfores, idealizada por Herodes Antibas para ser a capital da Galiléia. Séfores estava a uma hora a pé de Nazaré e é muito provável que José e Jesus tenham trabalhado ali. Em Séfores Jesus teria visto a passagem da família real de Herodes Antibas e a opulência das famílias de sacerdotes do Templo de Jerusalém. O fato de Jesus ter passado boa parte da sua vida ao lado de Séfores indicaria que ele não era um camponês rústico como já se pensou, mas tinha contato com a cultura do mundo helênico.

Aos 30 anos, Jesus se fez batizar por João Batista nas margens do rio Jordão. Segundo a Bíblia, durante o batismo João reconhece Jesus como o messias. Há registros históricos da existência de João Batista e, recentemente, arqueólogos encontraram entre o monte Nebo e Jericó, nas margens do rio Jordão, ruínas de um antigo local de peregrinação por volta do século III d.C.

Decidido a cumprir sua missão na terra, Jesus dirigiu-se então para a Galiléia, onde recrutou seus primeiros discípulos entre os pescadores do lago Tiberíades. Passou a viver com seus primeiros seguidores em Cafarnaum, cidade de pescadores próxima do lago de Tiberíades. Por dois anos Jesus pregou pela Galiléia, Judéia e em Jerusalém, proferindo sermões e contando parábolas. Segundo a Bíblia, realizou 31 milagres, incluindo 17 curas e seis exorcismos. Alguns dos mais famosos são a ressurreição de Lázaro, a transformação de água em vinho e a multiplicação dos peixes.

Cafarnaum, onde Jesus teria vivido com seus discípulos, era um povoado de cerca de 1 500 moradores naquela época. Escavações encontraram os restos da casa de um dos discípulos, provavelmente de Simão Pedro (hoje conhecido como São Pedro), além de um barco datado da mesma época da passagem de Cristo pelo lugar. Não há, porém, certeza quanto ao número de discípulos que viviam próximos de Jesus. Nos evangelhos, apenas os oito primeiros conferem – os quatro últimos têm muitas variações. A hipótese mais provável é que o número “redondo” de 12 discípulos foi uma invenção posterior para espelhar, no Novo Testamento, as 12 tribos dos hebreus descritas no Velho Testamento.

Depois de viajar por quase toda a Palestina, Jesus parte para cumprir seu destino – ou, segundo alguns especialistas, seu plano. Durante a semana da Páscoa, o principal evento religioso do calendário judeu, Jesus entra em Jerusalém montado num burro e atravessando a Porta Maravilhosa. Esse foi, certamente, um ato deliberado de provocação aos sacerdotes do Templo e à elite judaica. Jesus faz exatamente o que o profeta Zacarias afirmava na Torá que o messias faria ao chegar. Jesus estava mandando uma mensagem de provocação aos sacerdotes do Templo. No segundo dia da Páscoa, Jesus vai ao Templo e ataca os mercadores e cambistas raivosamente.

Na quinta-feira, percebendo que o cerco apertava, os apóstolos celebram com Jesus a última ceia. A imagem que ficou dessa cena, gravada por Da Vinci e outros pintores, nada tem de verdadeiro. Os judeus comiam deitados de flanco, como os romanos, e as mesas eram ordenadas em formato de U e não dispostas numa linha reta. Durante a ceia, Judas levanta-se para trair seu mestre – ou, como alguns sugerem, para cumprir uma ordem dada pelo próprio Jesus. A captura acontece no Jardim do Getsêmani, onde Jesus e seus discípulos descansavam no caminho para Betânia, onde ficariam hospedados.

Levado para o Sinédrio, o Conselho dos Sacerdotes do Templo, Jesus reafirma sua missão divina e é condenado. Existem provas da denúncia de Caifás a Pilatos. Estudiosos judeus afirmam, porém, que o julgamento perante o Sinédrio jamais ocorreu porque o Sinédrio não se reunia durante a Páscoa. Essa versão teria sido incluída tardiamente na Bíblia após a ruptura definitiva entre cristãos e judeus. Jesus foi morto pelos romanos porque era considerado um agitador político.

Na manhã de sexta-feira, na residência do prefeito Pôncio Pilatos, Jesus é condenado à morte. Ele atravessa as ruas de Jerusalém carregando sua própria cruz e é crucificado entre dois ladrões. O caminho que Jesus percorreu nada tem a ver com a Via Crúcis visitada pelos turistas hoje. Ela é uma criação do século XIV, quando a cidade esteve nas mãos dos cavaleiros cruzados. A maioria dos historiadores e arqueólogos concorda, porém, que o morro do Calvário (Gólgota), localizado ao lado de uma pedreira, foi realmente o lugar da crucificação. Concordam também que seu corpo tenha sido colocado numa das grutas próximas. O que aconteceu então depende da fé de cada um. Há varias versões: que Jesus teria sobrevivido ao martírio, que outra pessoa teria morrido em seu lugar, que seu corpo teria sido roubado ou, claro, que ele teria ressuscitado.

Jerusalém

Quando Jesus atravessou a Porta Maravilhosa em seu burrico, Jerusalém era a maior cidade do Império Romano entre Damasco (atual capital da Síria) e Alexandria (no Egito), com uma população estimada em torno de 80 000 moradores. Durante a semana da Páscoa, porém, o número de peregrinos na cidade ultrapassava 100 000, o que dá uma idéia do clima de agitação vivido na cidade: carros de boi dividiam as ruas estreitas com os pedestres e havia um grande vaivém de animais sendo trazidos para o sacrifício durante as festividades.

Conquistada pelos romanos em 63 a.C., Jerusalém estava no auge do seu esplendor arquitetônico. Onde quer que chegasse seu império, os romanos faziam questão de introduzir seu estilo arquitetônico em obras como estradas, palácios, anfiteatros e hipódromos. Em 31 a.C., os romanos haviam colocado o judeu Herodes Antibas como governador da Palestina. Sua principal obra foi a construção do Templo de Jerusalém, cujo tamanho e riqueza foram pensados para rivalizar com o templo salomônico descrito na Torá. As obras haviam terminado no ano 10 a.C. – quatro anos antes do nascimento de Jesus.

A cidade era dividida entre as partes alta e baixa. Na alta, escavações recentes mostraram que a elite da cidade tinha uma vida requintada. As casas tinham normalmente dois andares, e eram construídas ao redor de um pátio pavimentado de pedra. Havia piscinas privadas para os rituais de purificação. Os pisos eram cobertos por mosaicos e as paredes, por afrescos com cenas campestres. Também foram encontrados copos de vidro finamente trabalhados e frascos de perfume.

A riqueza da elite judaica era alimentada pela cobrança de taxas dos peregrinos. Para as convicções rígidas de Jesus sobre riqueza e ostentação, era inadmissível o estilo de vida dos sacerdotes e do rei judeu Herodes, que aceitavam e se beneficiavam com a dominação dos pagãos romanos. Não é possível afirmar que Jesus estava decidido a morrer crucificado naquela semana de Páscoa, mas há elementos para admitir que ele havia decidido ir até as últimas conseqüências para denunciar a situação. O resultado todos nós sabemos.

Paulo

No ano 36 d.C., vivia na Antióquia (Turquia) um judeu helenizado chamado Paulo de Tarso. Além de cidadão romano, era também um soldado do imperador, cuja função era perseguir cristãos. Mas, em 36 d.C., Paulo converteu-se à fé cristã, segundo ele depois que Jesus lhe apareceu milagrosamente. A partir de então, Paulo se transformaria no mais decidido e incansável apóstolo do Cristianismo.

A principal preocupação de Paulo era converter os gentios (os não-judeus) espalhados pelo império. Em 16 anos, fez quatro grandes viagens por Grécia, Ásia, Síria e Roma. Foi o primeiro a escrever sobre o Cristianismo nas 14 cartas que enviou às comunidades cristãs que havia fundado. Paulo achava que a mensagem de Cristo não podia ficar confinada na Palestina.

Em Jerusalém, porém, os judeus cristãos, liderados pelo irmão de Jesus, Tiago, estavam voltando às origens judaicas. Se não fosse por Paulo, é bem provável que o Cristianismo acabasse por ser reassimilado pelo Judaísmo, extinguindo-se. Para resolver suas divergências, provavelmente em 49 d.C., houve o primeiro concílio da igreja cristã em Jerusalém. Pela primeira vez enfrentaram-se Paulo e os seguidores sobreviventes de Jesus.

Ali começou a ser edificado o Cristianismo atual. Paulo lutou contra a circuncisão obrigatória para os convertidos – algo que certamente afastaria muitos homens gentios. E defendeu a revogação das leis e prescrições judaicas em favor dos preceitos simples de Cristo. Sua opinião prevaleceu principalmente porque o apóstolo Pedro convenceu-se de que ele estava certo.

Em 59 d.C., Paulo foi novamente convocado a se explicar e, no debate que se seguiu, obrigado, pela ala judaica, a adorar o Templo de Jerusalém como demonstração de fé. Durante a visita, foi identificado e preso e, em 60 d.C., deportado para Roma – onde ficou em prisão domiciliar. Em 64 d.C., quando Nero mandou perseguir os cristãos, Pedro e Paulo acabaram presos e condenados à morte. Pedro foi crucificado e Paulo, por ser cidadão romano, teve o privilégio de ser decapitado.

Em 70 d.C., durante uma revolta dos judeus contra a dominação romana, Tito destruiu Jerusalém e seu templo, obrigando os judeus a fugir da Palestina. O desaparecimento dos que se opunham à visão universalizante que Paulo tinha do Cristianismo abriu caminho para sua visão da fé. O centro de gravidade do Cristianismo deslocou-se para Roma, que, em poucos séculos, passaria a ser o centro da cristandade.

Uma bela história. Seja a da versão bíblica oficial, a apócrifa ou a que a ciência hoje propõe como a que tem mais chances de ser verdadeira.