Faz mais de vinte anos que convivo com o computador de bolso, o primeiro era uma calculadora da Texas Instruments e o mais recente é o iPhone 4. O mundo do computador de bolso começou a evoluir a partir da Palm em 1999, quando era possível consultar todas as informações do Outlook, algumas tabelas do Access, textos e planilhas na palma da mão. O Zire 72 foi o mais avançado computador de bolso que eu tive e que pude comprar (na época, o aparelho mais avançado era o Pocket PC, mas isso era só para gente bastante abonada).
Alguns anos mais tarde, a minha sobrinha havia entrado no mundo do celular, era da Tim. Fiquei impressionado como ela falava naquele celular. Então, decidi comprar o Treo e conhecer o mundo do celular. Aquilo não era e não é para o meu bico, é um serviço muito caro, você precisa de R$ 3,00 (Três Reais) para conversar um minuto com qualquer cidadão no município onde você mora. Isso é um absurdo. Conversando com a minha sobrinha, ela me ensinou que o segredo é aproveitar os planos promocionais das operadoras, que deixam falar a vontade, desde que a chamada seja da mesma operadora e credenciado no plano escolhido, é um troço que achei muito complicado, mas a minha sobrinha soube aproveitar bem.
Há cinco anos, no entanto, surgiu um novo aparelho que prometia conectar o celular na Internet. Fiquei empolgado, e comprei o iPhone 3G. Que decepção! Apesar do iPhone 3G substituir com eficiência o Treo, a promessa da Internet não passava de um engodo, aquilo era serviço exclusivo de quem tinha plano pós-pago junto à operadora. A rede 3G estava fora do alcance dos aparelhos pré-pagos.
Um ano depois, a Tim lançou o plano Tim Web, que prometia o acesso à Internet para os celulares pré-pagos. Levei três semanas para tentar mudar o meu plano na Tim, mas o sistema estava sempre fora do ar, até que um dia a moça conseguiu falar com a Tim e ouviu que o plano Tim Web havia sido abandonado. Fiquei desanimado, e comecei a andar pelas ruas, e vi um cartaz da Vivo Pré, prometendo a Internet por apenas R$ 9,90 por mês. E assim foram mais três semanas de nova tentativa, agora mudando de operadora. Nessa época, consegui migrar com o mesmo número, é o que o pessoal chamava de "portabilidade". Na primeira semana, a Tim queria saber por quê eu queria mudar de operadora, e aí falei do Vivo Pré, eles não tinham como me convencer a ficar na Tim. Na segunda semana, houve complicações na hora de configurar a minha nova conta na Vivo, não foi possível aderir ao Vivo-Pré. Na terceira semana, um operador do Shopping Morumbi teve a brilhante ideia de cancelar o meu plano dentro da Vivo, e começar um novo plano, mas através do Vivo Pré. Finalmente, o iPhone entrava na Internet através da rede 3G!
Entre o iPhone 3G e o iPhone 4, conheci o Galaxy S, é um celular impressionante, ele tem FM, televisão, e o fantástico Android. O problema é que o Galaxy S é um celular voltado para usuário que guarda as informações na Web e não no PC. Eu tive muitos problemas na hora de sincronizar o celular com o PC, depois de perder informações umas quatro vezes, finalmente voltei ao mundo da Apple.
Enfim, eu gosto do iPhone 4. Ele faz muito mais rápido o mesmo serviço do Zire 72, ele também é celular e também navega na Internet na rede 3G. Ou seja, eu recebo mensagens, andando na rua. No começo, eu detestava o iTunes, ele é muito pesado, muito lento, eu clicava aqui, e depois de muito tempo que ele respondia, mas na medida que fui melhorando o hardware do PC, o tempo de resposta do iTunes melhorou sensivelmente. Não importa o quanto foi lento a evolução do iTunes, mas ele nunca destruiu a minha base de dados no Outlook. Já o Kies da Samsung me fez perder coragem de voltar ao Android. As notícias dizem que o Android cresce rapidamente no mundo, espero que a Google ganhe bastante dinheiro, bem mais que a Apple, para os desenvolvedores colocarem um sincronizador de PC e Android mais confiável. Por enquanto, fico com quem não me prejudica, não importa se não tem FM, televisão, Adobe Flash, Widget, impressora e teclado. Tudo o que eu preciso é que seja uma extensão móvel do meu PC, enquanto estiver longe dele. Claro que é possível sincronizar o PC com o Android, usando a Web como mediador, mas não confio na Web, não confio no meu iPhone, não confio no meu PC, por isso, sempre faço uma cópia de segurança no meu pendrive, na minha opinião, o aparelho mais confiável da era moderna.
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