Vamos ver sobre o bom ladrão nos quatro evangelhos:
Mateus 27, 38 e 44 –
E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita
e outro à sua esquerda. E os mesmos impropérios lhe diziam
também os ladrões que haviam sido crucificados com ele.
Marcos 15, 27 e 32 –
Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e
outro à sua esquerda. Também os que com ele foram crucificados
o insultavam.
Lucas 23, 39-43 –
Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não
és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também.
Respondendo-lhe, porém, o outro repreendeu-o dizendo: Nem ao
menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós na
verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos
atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te
de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhes respondeu: Em verdade
te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
João 19, 18 –
Onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus
no meio.
Vamos analisar:
1. Mateus, Marcos e João nada relatam de qualquer
diálogo entre os três crucificados.
2. Mateus e Marcos dizem que os ladrões estavam,
isto sim, entre os que escarneciam de Jesus. Só Lucas diz que
Jesus teria dito para um deles que hoje estarás comigo no Paraíso.
3. João, que estava ao pé da cruz, ou seja,
a testemunha ocular, nada diz sobre este diálogo de Jesus com
um dos ladrões.
O que podemos concluir?
"Os manuscritos originais do Novo Testamento não possuíam pontuação, e em face do fato de o grego clássico (incluindo o grego koiné, no qual foi escrito o Novo Testamento) gozar de ampla liberdade no tocante à ordem das palavras, é impossível, à base do próprio texto grego, provar um lado ou outro dessas idéias contraditórias".
Analisando, especificamente essa frase, e, se admitirmos
que isso realmente tenha acontecido, teremos uma contradição
de Jesus, pois Ele mesmo disse: a cada um segundo suas obras (Mateus
16, 27). E, quando do episódio com Madalena, após
sua ressurreição, disse Ele a Madalena: "Não
me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para
meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai,
meu Deus e vosso Deus" (João 20, 17).
Ora, se Jesus, três dias após sua morte, ainda não
tinha subido ao Pai, como Ele poderia ter afirmado ao "Bom Ladrão",
que hoje estarás comigo, ou seja, justamente no dia de sua morte
na cruz.?
Por outro lado, o "Bom Ladrão",
ao reconhecer que "nós na verdade com justiça, porque
recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal
fez", ele está aceitando a justiça dos homens, e
por mais forte razão, aceitaria a Justiça de Deus que
lhe daria uma pena merecida.
Além disso, o dito "Bom Ladrão"
(e, diga-se de passagem, é o único ladrão bom da
história da humanidade) somente reconheceu que ele e o outro
tinham motivos para morrerem crucificados, e que Jesus era um inocente
sendo condenado, assim, já que não houve nem mesmo um
simples arrependimento, por que o prêmio?
Narra Mateus (20,
20-23) que a mãe dos filhos de Zebedeu chega a Jesus com
o seguinte pedido: "Ordena que estes meus dois filhos se sentem
um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino".
Não vemos Jesus atendendo ao pedido desta abnegada mãe,
ao contrário, disse-lhe: "Mas quanto a vos sentardes à
minha direita ou à minha esquerda, não me cabe concedê-lo,
porque estes lugares são destinados àqueles para os quais
meu Pai os reservou".
Ora, se aqui Jesus afirma que não
cabe a Ele conceder um lugar no Paraíso ou reino dos céus,
como, então promete um lugar ao "bom ladrão"?
Será que Ele estaria contradizendo-se? Acreditamos que não,
pois tanto nesse caso, quanto no outro, agiria sem conceder qualquer
tipo de privilegio, ou seja, "a cada um segundo suas obras".
Vamos colocar a frase do seguinte modo:
Em verdade te digo
hoje, estarás comigo no paraíso.
Veja como uma simples
vírgula muda completamente o sentido do texto. Desta forma, é
muito mais condizente com a Justiça Divina, pois somente um indivíduo
irá para o Paraíso, quando tiver realizado as obras que
justifiquem merecê-lo, não importando quanto tempo levará
para isso.
SA
Comentando o postado pela dona SA>
ResponderExcluirVamos analisar...sim, vamos, mas com inteligência, coisa que a dona SA não encontrará nos sites rivailistas de que tanto gosta.
1) A cada um segundo as suas obras.
Todos serão julgados por esse prisma, MENOS OS QUE CREREM EM CRISTO, porque os méritos de Cristo lhes são aplicados. Isso é o que significa "morte vicária de Cristo". Claro que rivailistas não aceitam isso, mas é o que afirma a Bíblia. Se não aceitam o que afirma a Bíblia, por que ficam analisando-a?
2) Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso.
Quem morre volta ao estado anterior à sua concepção, não existe mais, por isso vale o "hoje mesmo", porque, para o ladrão, a ressurreição se dá no mesmo instante da sua morte, embora para os que ficam se passem milênios. Para nós, ele, o ladrão, ainda aguarda a ressurreição, a qual,para ele, já ocorreu.
3) Não compete a mim conceder isso.
Há que se fazer a diferença nas atitudes de Jesus. Ele é a Palavra de Deus que se fez homem. Havia momentos em que ele agia como Deus, perdoando pecados e ressuscitando mortos. Havia momentos em que ele agia como simples homem, porque o que lhe pediam estava fora de sua missão. Ele afirmou ter vindo para fazer a vontade de Deus.
João ao pé da cruz.
O escritor do quarto evangelho não foi João, foi Lázaro, o discípulo amado. Isso está indicado várias vezes:"Senhor, aquele que amas está doente", em referência a Lázaro.
Outra coisa: se fosse para os evangelistas relatarem tudo igual, para que quatro evangelhos? Bastava um só.
Uma vez vc mesmo comentou sobre o probelma da vírgula nessa frase. Lembro bem disso, foi no site Terra.
ResponderExcluir"Se fosse para os evangelistas relatarem tudo igual, para que quatro evangelhos"
Ué... Se a ocorrência foi uma só, tem que ser tudo igual, não é? Quando alguém faz um relato sobre a CPI do mensalão, apesar de um texto conter mais palavras que o outro, o conteúdo é o mesmo, não há divergências.
Poxa, agora o 233 diz que o quarto evangelho é de Lázaro e não de João... Ô meu Deus!
Vamos levar em consideração os Evangelhos de Tomé e Judas, então...
O quarto evangelho é do discípulo amado, Lázaro. Há várias "deixas" no texto, mas só podem ser notadas por quem não o lê influenciado pela tradição.
ResponderExcluirOs evangelhos têm sempre algum detalhe a mais, isso é normal.
Essa história da vírgula é tolice, o texto grego é claro. Os gregos eram mil vezes mais inteligentes que os portugueses, logo, se não usavam vírgulas, é porque não precisava. O português é que é uma língua cheia de ambiguidades, se não for bem escrita, porque é língua de povo burro. Basta ler o representante deles neste Blog.
Obs.: Não vejo outra maneira mais "politicamente correta" de expressar minha opinião. A Biologia explica a facilidade com que os brasileiros são enganados por religiosos farsantes.
No séc.II a.C, ao organizar os 50.000 volumes da Biblioteca de Alexandria,Aristófanes de Bizâncio, a fim de tornar as obras do grego antigo,especialmente as de Homero, mais claras, introduziu sinais que indicavam
ResponderExcluirpausas respiratórias. Um ponto no alto indicava enunciado completo, um ponto no meio correspondia à necessidade de respirar e o ponto embaixo mostrava que o enunciado estava incompleto. Podemos reconhecer nesses sinais as funções desempenhadas pelo ponto final, pelos dois pontos e pela vírgula. A partir desse sistema, os gregos criaram outra forma de pontuar: um ponto no alto da letra era usado para representar sentido incompleto, o ponto no pé da letra indicava sentido completo e a vírgula, com a mesma função que desempenha atualmente.
Ou seja, os gregos usavam vírgula sim senhor... E bem antes de Cristo. E vc falou sobre isso em outra ocasião.
Todas as línguas são cheias de ambiguidades. Todas. Isso porque os humanos são cheios de ambiguidades.
... caramba,o dois-três-três é daqueles burros que não se enxerga e mete-se em aventuras estupidas, com as quais tenta deturpar escritos que não têm nada, mas mesmo nada, com o que ele pretende, em sua alucinada perseguição ao Espiritismo...
Excluir... veja-se que o idiota profundo233, agora pretende que Jesus tenha falado ao "ladrão que era bom" de forma que só um atrasado mental falaria. Isto é, estava falando ao ladrão que era "hoje" mas o homem devia entender que aquele "hoje" teria de ser interpretado como "num dia qualquer", já que iria virar pó e ser recontruído lá no paraíso, num dia que NUNCA vai aparecer...
credo... como este esgoto-mental233, pode fazer parte de um povo tão digno quanto é o pessoal braileiro, hein?... COMO PODE???... :(...
Tigrão : Hosaka, quem te mandou um forte abraço por trás foi o Noronha !
ResponderExcluirHosaka : Hein, quem é esse Noronha ??
Tigrão : é aquele que te fez morder a fronha !!
Tiger : Hosaka, trago-lhe um forte abraço do Januário ;
ResponderExcluirHosaka : Sim, mas quem é esse Januário ?
Tiger : É aquele que te detonou dentro do armário, hehehe