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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A lingerie da Gisele

O Conar analisa pedido de suspensão de comercial com Gisele Bündchen

Campanha traz a top model dando a mesma notícia ao marido primeiro, totalmente vestida e depois, apenas de calcinha e sutiã. Consumidoras julgaram a propaganda discriminatória.

Segundo o comercial com o título “A Hope Ensina” (Hope é uma marca de lingerie),  Gisele primeiro dá a notícia de que bateu o carro e estourou o limite do cartão de crédito totalmente vestida e depois a mesma notícia somente de lingerie, insinuando-se para o marido.

Segundo a Hope, a melhor maneira de dar a notícia seria a segunda, somente de lingerie, para evitar maiores problemas com o maridão. Isso, de certa forma, irritou as mulheres que acharam o comercial preconceituoso.

O Conar -- é o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária --  que iniciou nesta quinta- feira (29) processo para analisar pedidos de consumidores para suspender o comercial de lingerie com Gisele Bündchen.
A Hope informou que não teve intenção de parecer sexista e que seria absurdo pensar que uma marca de lingerie, que vive da preferência das mulheres, tomaria uma atitude que desvalorizasse o público consumidor.


Num país onde há mulheres se insinuando de toda maneira em comerciais de TV, isso até que não significa muita coisa. Dureza é aguentar comerciais de cerveja onde se mostram homens com QI de mosca  com mulheres gostosas e com menos cérebro ainda. Comerciais de carro onde os homens desejam ser os únicos homens do mundo, comerciais de perfume e maquiagem onde o único objetivo das mulheres é se maquiar e perfumar para atrair homens e vice versa.

O mais indecente mesmo é ver políticos falando dos problemas de saúde dos hospitais do Brasil... Oras bolas! Qual deles resolveu o problema? E qual deles resolverá? Até mesmo – porque – esse problema não pode ser resolvido. Se o problema da saúde for resolvido, em que o político irá basear a sua próxima campanha? Qual seria a sua fantástica promessa (para não ser cumprida)?

Portanto, a Gisele Bündchen de calcinha e sutiã é o que se tem de menos indecente na TV.
Apesar de achar a Gisele bem chatinha...



(Selma)
 

 *baseado em notícia do portal G1

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Estamos em "outra casa" -

Alguém sabe informações sobre uma possível greve dos funcionários do provedor do Terra?
Depois de um problema que houve nesse mês,em que nossas mensagens sumiram,e depois reapareceram- desde o dia 27(anteontem), não está sendo possível fazer postagens em nenhum dos blogs.

Visitei alguns,tentando algumas réplicas,mas nunca aparece o antispam.

Provisoriamente,o sr.William está no Blogspot.
(eu também)
Continuará,como sempre,sendo atualizado diariamente.

http://terapiadalogica.blogspot.com/

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Continuando os estudos sobre Irmã Josefa

Continuando nossos estudos sobre a materialização de Irmã Josefa em Uberaba...
Aqui estão mais duas revistas "O Cruzeiro" de 1964, sendo uma de janeiro e outra de fevereiro. A de fevereiro tem por finalidade provar que realmente foi uma farsa a materialização. Não são revistas digitalizadas, são fotografias da revista da época, onde vc poderá ler o que realmente estava acontecendo naquele momento.

Os links são os seguintes:

Obs: Ao abrir a página, e visualizar a capa da revista, você verá (do seu lado esquerdo), as palavras "View Document", que é um link. Clique sobre essas palavras e poderá ver o conteúdo da revista.









Após estudarmos sobre Irmã Josefa, irei pesquisar sobre o livro "Cartas de Uma Morta" do Chico Xavier.





Selma

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Natureza Viva 56 -

Essa é uma galeria de flores, natureza,lugares exóticos,- e principalmente, de orquídeas- que estou visitando há umas semanas.
As imagens são sempre do mesmo tamanho-e para serem  melhor vistas, a resolução de tela pode ser alterada.
O ideal é um passeio numas três páginas  de cada vez- ( tem mais de cem)
O link a ser visto, é da pg. "34",mas vcs poderão acrescentar ao Favoritos,outros números,encontrados bem abaixo de cada "tela".

Uma linda,longa e encantadora viagem a todos.
(a próxima edição do "Natureza Viva" voltará em semanas,ou daqui a "quatro telas")

http://www.flickr.com/photos/_anubis_/favorites/page34/?view=lg

Chico Xavier na Revista "O Cruzeiro"


Texto de David Nasser e Fotos de Jean Manzon

(Foram mantidas as normas ortográficas da época)
Revista “O Cruzeiro” de  12 de agosto de 1944

Chico Xavier, o Detetive do Além


Era uma vez um moço ingênuo e feliz, vivendo numa cidadezinha ingênua e feliz, perto de Belo Horizonte. O moço se chamava Francisco Cândido Xavier e não desmentia o nome. A cidadezinha, Pedro Leopoldo, arrastava suas horas de doce paz, entre as missas de domingo e a chegada do trem da capital. Não se sabe como, numa noite ou num dia, Chico se mostrou inquieto e desandou a escrever. Terminando, disse, apenas, à família assustada: - "Não fui eu. Alguém me empurrava a mão". Desce êsse dia ou essa noite, Chico Xavier perdeu o sossêgo e também o de sua cidade. Turistas chegavam, atraídos pela fama do moço-profeta. Pedro Leopoldo ia crescendo e Chico Xavier ia ficando importante. Nunca mais teve paz. Nunca mais pôde sair pela rua, sem ouvir um pedido de saúde ou uma prece de gratidão. Se ao menos fôsse só isto. Era mais, muito mais. Eram os curiosos do Rio, de São Paulo e de Belo Horizonte, pedindo consultas ou detalhes pelo telefone interurbano. Era a legião de repórteres em busca de novas mensagens. O representante da editôra insistindo por outros livros. Os centros espíritas de todo o país solicitando pormenores. Uma vida infernal, agitada, barulhenta sacudia o pobre rapaz.

As luzes dos lampiões da cidadezinha nunca mais dormiram sem a presença de um estrangeiro, rondando pelas ruas dantes tão sossegadas.

Fixaremos, precisamente, a violenta mudança de vida de Chico Xavier e da cidade de Pedro Leopoldo. Não nos interessa, embora pareça estranho, o medium Chico Xavier, mas a sua vida. Os seus trabalhos psicografados - ou não psicografados - já foram assunto de milhares de histórias, divulgadas desde 1935. Se são reais ou forjadas, decidam os cientistas. Se êle é inocente ou culpado dirão os juízes. Se êle é casto, instruído, bondoso, calmo, diremos nós. Porque não somos detetives do além.

Se os espíritos nos ouvem, êles sabem que não acreditamos em suas mensagens, nem desacreditamos de suas virtudes literárias. A verdade é que não temos a bravura indispensável para avançar sôbre o terreno pantanoso do outro mundo e analisar suas reais ou irreais comunicações utilizando aparelhos de escuta com êste pálido e sensitivo Chico Cândido Xavier. Desde que saímos daqui, levávamos a inabalável determinação de fazer uma reportagem sem complicações, apesar do assunto em sua natureza extra-terrena mostrar-se absolutamente complicado. Assim é que o senhor, amigo, chegará ao fim destas linhas sem obter a certeza que há tanto tempo procura: "É Chico Xavier um impostor ou não é?" E dirá: - "Não conseguiram desvendar o mistério!" Sim, o mistério continuará por muito tempo. Eternamente. E Chico Xavier morrerá, sem revelar o segrêdo de sua extraordinária habilidade ao escrever de olhos fechados, se é mágico, ou de seu fantástico virtuosismo, ao chamar, além das fronteiras da vida, as almas dos imortais, fazendo-os recordar os velhos tempos da Academia. Nossa intenção é mostrar o homem. Sem o espírito dentro de si, nos momentos vulgares, Chico Xavier é adorável, cândido, maneiroso, humilde, um anjo de criatura. A frase de uma vizinha define melhor: - "Sabe, moço? O Chico é um amor". Justamente dêsse tipo desconhecido, da parte anônima de sua devassada vida, é que tratamos, na hora e meia que permanecemos em Pedro Leopoldo. Para começar, diremos que Chico nunca teve uma namorada.

O tempo de viagem de Belo Horizonte a Pedro Leopoldo não vai além de hora e meia. A meio caminho, encontramos a fazenda federal onde Chico Xavier é dactilógrafo. O motorista não quer entrar. - "Aí, não. Até os zebus são atuados". O diretor, Rômulo, está na horta, sòzinho. Êle nos dará, talvez, esclarecimentos sôbre a vida de Chico e, quem sabe, facilitará o encontro com o sensitivo. Ouve o pedido. Depois, lentamente, abana a cabeça e o seu "não" é inflexível, desde o primeiro minuto. Alega um milhão de coisas. Que Chico anda cansado e precisa repousar. Um de nós lembra a possibilidade dêle, diretor, dar umas férias a Chico. - "O Chico funcionário nada tem a ver com o outro Chico". Apresentadas as despedidas, êle adverte: - "Não creio que será possível aos senhores um encontro com êle. Creio que vão esperar até sexta-feira".

Voltamos a deslizar pela estrada, neste sábado negro. A cidade aparece depois de uma curva. - "Onde fica a casa do Chico Xavier?" O menino aponta a igreja. - "Ali, na rua da matriz. Ele mora com a família". Encontraríamos, em várias oportunidades, a mesma designação do pessoal do município: êle. Todos apontavam Chico, sem recorrer ao nome. Êle só podia ser êle. - "Minha irmã foi curada por êle".

Ei-lo aqui, diante de nós. Veio a pé da fazenda e em sua companhia um senhor do Rio, que algumas vêzes vem passar semanas com o medium. - "Gosto de falar com êle. É um rapaz de cultura. Discute vários assuntos, lê um pouco de inglês e de francês. Devora os livros com fúria. Trouxe-lhe, há dias, "O homem, êsse desconhecido" e êle não gastou mais de quatro horas e meia para ler o volume gordo. É um prazer para êle. Seu único amor é o espiritismo".

Chico, perto de nós, não está ouvindo a palestra. Conversa com Jean Manzon. Devemos esclarecer que não dissemos qual a organização jornalística em que trabalhávamos. Queríamos ver se o espírito adivinhava. Não houve oportunidade.

Chico parecer ser um bom sujeito. Suas ações, mesmo fora do terreno religioso pròpriamente dito, são ações que o recomendam como alma pura e de nobres sentimentos. Vão dizer, os espíritas, que é natural: todo o espírita dever ser assim. Sei de um que não teve dúvida em abandonar a espôsa, o lar, sete filhos, um dos quais doente do pulmão.
- "Na rua, entre seus irmãos de seita, - disse-me um dos filhos - êle se mostrava esplêndido, generoso, cordial. Em casa, por pouco não botava fogo nas camas, à noite. Parecia um verdadeiro demônio. Guardava até alface no cofre-forte”.

Já o Chico não é assim. Sua nobreza de caráter principia em casa. Todos os seus irmãos e irmãs louvam a sua generosa e invariável linha de conduta, protegendo-os, hora a hora, dia a dia, através dos anos, trabalhando como um mouro. Um de seus sobrinhos sofre de paralisia infantil. Atirado a um berço, chora eternamente. Sòmente o Chico vai lá, fazer companhia ao garôto, às vêzes uma noite inteira.
- Chico!
- Que é, meu senhor?
- Você lê muito?
- Não. Só revistas e jornais.
- O outro disse...
-Disse o quê.
- Nada.


Êle nos olha, surprêso, quando a pergunta, como um busca-pé, sai correndo pela sala:
- Você, não pensa em se casar, Chico?
- Eu, casar? (Dá uma gargalhada) - Claro que não.
- Não namora?
- Nunca.
- Por que?
- Não há razões. Não gosto. Tenho outras preocupações. Ora, eu namorando... Tinha graça...
- Chico...
- Que é?
- É verdade que o padre desafiou você para um duelo verbal?
- Êle disse pra eu ir à igreja discutir. Não é lugar próprio.
- Você gosta do padre, Chico?
E êle, o ingênuo e feliz Chico, respondeu:
- Ué, eu gosto do padre, mas êle não gosta de mim.
- Chico...
- Que é?
- Onde estão suas mensagens?
- Um irmão levou tudo, em vista de tantas complicações.
- Você vai ao Rio?
- Até agora, nada resolvemos. Possìvelmente, mandarei uma procuração.

Numa estante, os livros de Chico. Versos de Guerra Junqueiro, Tolstoi e uma porção de autores mortos. Na sala do lado está a mesa onde êle recebe as mensagens. Uma papelada branca, pronta para ser coberta pelas mensagens do outro mundo. Sexta-feira houve mais uma sessão, desta vez presidida pelo chefe do executivo municipal. Humberto de Campos não compareceu mas o Emanuel, guia de Chico, lá estava. Quem é Emanuel? Um romano que existiu na mesma época de Jesus e conta um mundo de coisas interessantes sôbre a terra, naqueles tampos de há dois mil anos.
- Êle dita?
- Vou psicografando as mensagens. Há outros mediuns, como um norte-americano, que ouve as vozes dos espíritos tão alto que os presentes também escutam. Eu ouço. Os outros, que estão perto, não.
- Chico...
- Que é?
- Já teve oportunidade de falar com espírito de homens célebres?
- Homens célebres?
- Napoleão, para um exemplo, já falou consigo?
- Que eu saiba, não. Os assuntos bélicos não são freqüentes, nas mensagens que recebo do além. Há seis anos, entretanto, meu guia Emanuel previu os principais acontecimentos que hoje revolucionam a terra. Êle disse: - "A vitória da fôrça é fictícia".
O cavalheiro do Rio acode:
- E o próprio Chico, meses antes, previu a queda da Itália. Êle disse, categòricamente, que a Itália seria a primeira a cair. E a Itália foi a primeira a cair.

Pedro Leopoldo é a cidadezinha de uma rua grande e uma porção de ruas pequenas, convergindo para ela como servos humildes do rio principal. A casa de Chico é uma das melhores do lugar. Três quartos, sala e cozinha. O banheiro é lá fora, no fundo do quintal, ao lado do galinheiro. Chico se levanta de madrugada e vai dar milho às galinhas. Depois, sua irmã solteira faz o café, que êle toma com pão dormido, porque o padeiro ainda não chegou. Apanha a pasta de documentos da fazenda federal, e vai andando pela estrada, ainda coberta pela neblina. Volta para almoçar às onze horas. O expediente se encerra às dezoito horas, mas Chico, nestes dias de maior trabalho, faz serão. Sua vida é frugal. - "Quero que compreendam o seguinte: não vivo das mensagens de além-túmulo. Tenho necessidade de trabalhar para sustentar minha família. Se quase me dedico inteiramente a receber as comunicações, ainda se entende. O pior, entretanto, é a onda de gente que vem do Rio, de São Paulo e de todos os Estados".
- Peregrinos?
- Mais ou menos. Não posso deixar de recebê-los, pois fico pensando que vieram de longe e necessitam de consôlo. Isto leva tempo, toma tempo. Como se não bastassem essas preocupações, o telefone interurbano não pára dia e noite. - "Chico, Rio está chamando... Chico, Belo Horizonte está chamando... Chico, São Paulo está chamando... Chico, Cachoeira está chamando..." Evito atender, mesmo constrangido. Meu Deus! Eu não quero nada, senão a paz dos tempos antigos, o silêncio de outrora. Quero ser de novo aquêle Chico sossegado e tranqüilo que apenas se preocupava com as coisas simples...
- Impossível a viagem de volta...
- Impossível? Não, não é impossível. Eu voltarei a ser aquêle sossegado Chico. Não tenha dúvida.
O repórter imagina, a essa altura, que êle acredita na possibilidade de suas comunicações, com o além serem repentinamente suspensas. Vai perguntar ao Chico, mas uma senhora de côr negra entra na sala, carregando um benjamim de olhos assustados.
- "Trago para o senhor, Seu Chico..."
Êle segura com trinta mãos, cheio de cuidados, o bebê e o bebê faz um berreiro dos diabos, agita as pernas, sacode as pernas dentro da prisão dos braços de Chico. Êle sorri e devolve o menino à mãe.
- Meu sobrinho - explica o profeta Chico - é nervoso e fica dêste jeito. Sabe por que? Êle sofre de paralisia infantil.
- Não tratam dêle?
- Não temos recursos. Já deixei claro que não recebo um centavo pelas edições dos livros que me chegam do além. Assino um documento autorizando a livraria da Federação Espírita Brasileira a editá-los e, sòmente após ficarem impressos, recebo uns cinco ou dez exemplares, para dar aos amigos.
Vamos atravessando a sala e entramos num dos quartos. Na parede, prateleiras repletas de livros. Remédios à base de homeopatia, que Chico recomenda. Não sei porque os espíritos manifestam estranha aversão pela alopatia e suas drogas, receitando sempre combinações homeopáticas. Perto dos vidros, um armário cheio de livros. As obras de guerra conta a Santa Sé, assinadas por Guerra Junqueiro, ainda em vida. Os livros de Flammarion e de Alan Kardec, mas não os psicografados, misturados com volumes de propaganda anticlerical. Na parede, dependurado, um velho pandeiro.
- Quem toca pandeiro nesta casa?
Chico sorri o sorriso beatífico e diz que não é êle.
- Alguns espíritos?
O sorriso beatífico desaparece.
- Os espíritos não tocam pandeiro.

Saímos para a rua, hoje, sábado movimentado. O povo de Pedro Leopoldo passeia diante da Igreja que domina de forma esquisita a casa do humilde psicógrafo que Clementino de Alencar, certo dia, foi roubar de sua vida serena há dez anos. Hoje, Pedro Leopoldo é a Jerusalém do credo de Kardec. Já tem hotel e telefone. O povo de lá, por estranho que possa parecer a quem não conhece pessoalmente o nosso amigo Chico, revela invariável amizade. Será orgulho pela celebridade que êle deu ao município? Sim, porque antes de Chico, Pedro Leopoldo nem existia nos mapas de Minas Gerais. Gostam dêle, de seus modos, de sua cara asiática, onde um dos olhos empalideceu sùbitamente, como um farol apagado em pleno caminho da luz. A cidade tem uns treze mil habitantes, contadas as aldeias próximas, mas, espíritas, uns quatro ou cinco. Todos apreciam Chico, gregos e troianos. Gostam, mas preferem não rezar o seu catecismo. Êle não se importa. Não procura convencer ninguém à fôrça de seu estranho e discutido poder. Quando a carta precatória, intimando-o a depor, chegou a Pedro Leopoldo, Chico leu devagarinho e abanou a cabeça. - "Eu não posso mandar uma intimação judicial às almas!" E não deu mais importância ao caso.

Até à volta, sereno Chico. De tôdas as pavorosas complicações, você é o menos culpado. Parece uma caixa de fósforo num mar bravio. Uma velha beata de Pedro Leopoldo me disse que isto é castigo: - "Castigo, sim, nhô moço... Antão, êle telefona pro inferno e manda chamar os espíritos e depois num quer se aborrecer?"

Já o trombonista de Pedro Leopoldo deve pensar diferente: - "Por que será que o Chico só sabe receber mensagens escritas? Por que não recebe músicas de Beethoven, de Chopin, de Carlos Gomes?"

Êle, o moço amável de Pedro Leopoldo, não dá maior atenção aos comentários e vai levando como pode a sua vida. É pena, entretanto, que êle não tenha as qualidades artísticas que vão além do terreno literário. Se fôsse assim, Pedro Leopoldo teria, senhores, não apenas o psicógrafo Chico, mas também o músico Chico, o pintor Chico, o profeta Chico. Isto mesmo: o profeta Chico.




(Selma)

Humanos x Dinossauros




Se você acha que os seres humanos são a espécie dominante no planeta há muito tempo, multiplique nossos 200 mil anos por oitocentos e obterá o tempo em que os dinossauros caminharam sobre a Terra!

Apesar de um encontro entre dinossauros e humanos ser cronologicamente impossível, na ficção eles estiveram juntos muitas vezes, para o bem ou para o mal. No desenho animado dos Flintstones, os homens da Idade da Pedra conviviam muito bem com dinossauros. As crianças adoram ver na TV o dinossauro roxo mais querido do mundo: Barney. Godzila, um monstro inspirado em um dos gigantes do período Mesozóico, já assombrou mais de uma vez a telona, e Jurassic Park reviveu centenas de espécies de dinossauros em três filmes. Como se não bastasse, alguns afirmam que o monstro do Lago Ness era, na verdade, um Plesiossauro (um bem longevo, com certeza).

Os dinossauros se extinguiram há aproximadamente 65 milhões de anos, mas na imaginação da humanidade, ainda têm uma longa vida pela frente.


http://www.discoverybrasil.com/experiencia/contenidos/humanos_x_dinossauros/

Texto inspirado no Hosaka/233/Católico.

(Selma)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Como achar os marcianos alados em Marte?

Muito simples...
Baixe o Google Mars. É um aplicativo  do Google que mostra o solo marciano. Basta baixar e ficar procurando. Para isso são necessários um computador, paciência e tempo.
Boa sorte!

Faça o download aqui: Google Mars





Selma

domingo, 25 de setembro de 2011

Neuritos mais velozes que a luz mataram os dinossauros do 233

Graças à mediunidade da Selma, o Adilson conseguiu psicografar na tela principal do Blog uma resposta ao seu arqui-rival Marciano Alado a respeito da velocidade com que o espírito desencarna do corpo. De acordo com o Marciano Alado, as etapas do desencarne lembram a equação do movimento relíneo uniforne, primeiro o camarada bate as botas, e só depois de duas horas  é que o espírito escapa da inércia do corpo, baseado no princípio de que a luz é a mesma para as duas entidades que ocupam unidades espaço-tempo bem definidos.

Já o Adilson discorda da existência do espírito. Baseado na premissa de que a luz tem velocidade diferente do ponto de vista de quem observa e de quem é observado, o que acontece com o cadáver é o processo acelerado de pulverização, todo material orgânico que estava preso numa gigantesca unidade espaço-tempo é dissolvido em moléculas, e de lá viram pequenas partículas que o Adilson chama cientificamente de pó. Ou seja, pelo ponto de vista do Marciano Alado, você só pode enterrar o camarada após uma semana de decomposição; pelo ponto de vista do Adilson (que é mais prático no mundo moderno), quanto mais rápido você enterrar o defunto, mais unidade espaço-tempo vai sobrar para você.

Esses discursos acadêmicos enriquecem o Blog da Selma, é com o Marciano Alado e o Adilson que podemos tirar bons exemplos de como se relacionar no blogue do Google, e a partir daí multiplicar a qualidade da comunicação em toda a Web. Ou seja, não importa quanto uma teoria é impraticável para explicar a pulverização dos dinossauros, ou qual o custo-benefício de pegar os cadávares e jogar direto no caminhão do lixo, a verdade é que a velha lição católica sempre prevalece, segundo a qual muitas teorias em pouco ajudam a publicar uma mensagem no Blog da Selma, se o camarada ainda não sabe distinguir o que é CAPS LOCK e o que é CAPS OFF, na hora de digitar a conta e a senha do blogue. Enfim, é preciso praticar muito para um padre aprender a vestir a batina.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br

Resposta do 233 para Marciano Alado

O sr. Alienígena Alado tem zombado constantemente de minha posição contrária às teorias de Herr Albert Einstein. Queria ver sua cara de bundão agora que cientistas apresentaram suas experiências nas quais verificaram que os neutrinos (como se supunha há tempos)podem ultrapassar a velocidade da luz, derrubando o pilar einsteiniano de que nada pode ultrapassar a velocidade da luz.
 Outra coisa que eu sempre disse foi que a teoria de que um meteoro exterminou os dinossauros é uma tolice. Agora a NASA afirma a mesma coisa que eu...mas para os espíritas, vale pouco a opinião da NASA.
 A propósito, um certo João de Portugal também concorda comigo sobre Einstein. isso prova que nem todo lusitano é burro como o Bai-Bolta.

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 João Magueijo x Einstein
   
O físico João Magueijo assume o papel de jovem revoltado da física e questiona pilares da Teoria da Relatividade de Einstein


Michael Brooks escreve para a revista 'New Scientist':

Quando o físico João Magueijo sugeriu que se acabasse com o postulado básico da relatividade - o de que a velocidade da luz é constante e insuperável -, colocou sua carreira em risco. Magueijo sobreviveu, mas, em seu livro, vai ainda mais longe.

Além disso, revela o pouco caso com que vê as bases da ciência moderna. Ele acha, por exemplo, que a revisão por pares é em grande medida inútil.

João Magueijo faz parte do Grupo de Física Teórica do Imperial College, em Londres.

Ele encontra inspiração para suas idéias incomuns em lugares incomuns: na praia, no encrave hippie de Goa, com dançarinos em êxtase saudando o Sol, caminhando debaixo de chuva em Cambridge ou conversando a noite inteira num bar em Notting Hill.

Sua meta principal: levar suas idéias ao tribunal da experimentação no menor prazo possível.

O que fez você virar rebelde?

Talvez tenha sido o fato de eu ter crescido em Portugal no período pós-revolucionário. O que aconteceu depois da revolução de 1974 em Portugal foi a anarquia. Sei que foi rotulado de comunismo, mas foi anarquia total.

E isso moldou a maneira como você aborda a ciência?

Acho que sim. Fui expulso do colégio e do catecismo, tive problemas no exército, me meti em confusão em todo lugar. Depois fiz parte de um grupo trotskista.

... e decidiu derrubar Einstein?

Sinto enorme respeito por Einstein. Ele é meu herói. Quando eu tinha 11 anos, meu pai me deu um livro fascinante escrito por Albert Einstein e Leopold Infeld. Infeld era um cientista polonês que trabalhou com Einstein em vários problemas importantes nos anos 1930. Einstein começou a atuar como seu mentor. Quando ficou claro que os alemães iam invadir a Polônia, naturalmente Einstein tomou a si a responsabilidade de tentar salvar seu amigo. Mas, no final dos anos 1930, ele já tinha ajudado tantas famílias judias a imigrar que suas garantias pessoais acerca dessas pessoas tinham perdido o valor perante as autoridades americanas, que ignoraram seus pedidos por Infeld. Einstein tentou encontrar para Infeld uma cadeira de professor numa Universidade americana, mas também essa tentativa fracassou. As perspectivas de Infeld eram muito sombrias. Desesperado, Einstein teve a idéia de escrever um livro de ciência popular a quatro mãos com Infeld. Foi 'The Evolution of Physics' (A Evolução da Física) - o livro que, muitos anos depois, por sua beleza singular, me levaria a querer estudar física-, escrito às pressas, em apenas dois ou três meses. O livro virou sensação enorme e levou Infeld a tornar-se repentinamente desejável aos olhos das autoridades americanas. Não fosse o sucesso alcançado por esse livro, é muito provável que Infeld tivesse se esvaído em fumaça em algum inferno nazista.

Quer dizer então que você sente respeito imenso pelos trabalhos de início de carreira de Einstein, mas nem tanto por seu trabalho posterior?

É isso mesmo. A visão dele de que a beleza matemática é importante é responsável por toda a baboseira sobre teorias 'elegantes' na teoria de cordas. Einstein não era assim quando era jovem. De qualquer maneira, a teoria de cordas é uma das coisas menos elegantes do mundo. Esses teóricos simplesmente apostam num enorme complexo de inferioridade, dizendo que foi abençoado por Deus ou algo assim. Não dou a mínima para a elegância. Você começa com uma motivação experimental, faz alguma coisa interessante e então traça uma previsão que pode ser testada. Isso é ótimo. Essa coisa de elegância é auto-indulgência, nada mais.

Para fazer algo de significativo em ciência é preciso seguir seus instintos básicos. É nisso que você acredita?

Pegar o bonde andando é quando alguém importante diz que você deve fazer alguma coisa, e todo o mundo, velho ou jovem, pula em cima do bonde. Mas, sim, se você quiser fazer algo de novo, precisa ter a coragem de dar um salto.

Pular para fora do bonde é arriscado. Se você sugerir algo tão radical quanto uma velocidade de luz variável, não poderia ser o suicídio de sua carreira?

É verdade. Talvez eu não tivesse agido com tanta tranquilidade se não contasse com esta bolsa de estudos da Royal Society, que me proporciona uma rede de segurança por dez anos. Durante esse prazo, posso ir a qualquer lugar e fazer o que eu quiser, desde que seja produtivo.

Quer dizer que você tem liberdade para ser o 'jovem revoltado' da física?

Talvez a impressão que se tenha é que sou amargo e ressentido, mas, se você está lendo um livro, a linguagem corporal se perde. Você está falando comigo cara a cara e pode ver que, na realidade, estou brincando com tudo isso. Não sou um jovem revoltado, estou apenas sendo franco. Não há ressentimentos. Posso dizer coisas ofensivas, mas faço tudo sem a intenção de ofender.

Então por que a velocidade da luz deve variar?

A questão real é: 'Por que a velocidade da luz deve ser constante?' A constância da velocidade da luz é a premissa básica da relatividade, mas temos muitos problemas na física teórica, e esses provavelmente resultam da premissa de que a relatividade funcione o tempo todo. A relatividade deve entrar colapso em algum momento no princípio do Universo, por exemplo.

Como você chegou a essa idéia?

Quando eu atravessava os gramados do St. John's College em Cambridge, numa manhã chuvosa, me veio à cabeça a idéia de que, se estamos confusos por causa da relatividade, uma velocidade da luz que fosse variável talvez seja a resposta. Valia a pena tentar.

Isso foi três anos atrás. Sua teoria já chegou ao ponto de ser aceita?

Depende de o que você quer dizer com 'aceita'. Um periódico me encomendou um grande artigo sobre o assunto. E já nos tornamos respeitáveis, pelo menos na medida em que um grande número de pessoas já está trabalhando sobre a teoria.

Deve ser levada a sério a idéia de que a velocidade da luz é variável?

Ainda não sabemos. Ainda não é certo. A velocidade da luz variável [VLV] começou com apenas uma idéia, e ela não tinha alcance especialmente longo. Era a solução de um problema cosmológico -grande coisa! Mas é fascinante o fato de que a teoria vem se desdobrando em direção à gravidade quântica. Estou muito entusiasmado, mas a teoria pode acabar se mostrando certa ou pode mostrar que está errada. Em última análise, está nas mãos da natureza.

Então você não ficará arrasado se for constatado que a teoria da VLV está errada?

A idéia inicial nunca é a forma final da idéia -ainda é uma obra em andamento. Havia um grande furo na teoria: a VLV não funcionava como teoria capaz de descrever as variações na radiação cósmica de fundo em microondas. Nos últimos meses, porém, superamos esse problema. Mas não tenho problema algum em ir trabalhar com outra coisa. A VLV não é uma religião, não é um partido político.

Como a teoria das cordas, você quer dizer? Em seu livro, você tratou os teóricos das cordas com grosseria.

Não tratei, não!

Mas você se refere às cordas no universo deles como o 'púbis cósmico'. Você sugere que haveria ali algo representativo de 'masturbação'.

Acho que se atribui importância demais à teoria das cordas. É possível que a resposta final tenha algo a ver com ela, mas, a julgar pelo que seus proponentes realizaram até agora, não é essa a impressão que se tem. Ela é tão distante de qualquer coisa que possa ser testada que não pode ser descrita como uma teoria científica. Algumas idéias muito boas saíram dela, mas, na realidade, elas são aviõezinhos de aeromodelismo -são idéias bonitas, não teorias físicas. Eu não teria dito nada se eles só ficassem brincando com seu joguinho. Mas eles enfeitam a idéia toda, como se ela fosse a resposta final para tudo.

Já que estamos falando em grosseria, por que você é tão mordaz quando fala de periódicos acadêmicos?

Acho que eles não têm futuro. São uma perda de tempo. Não leio um periódico desses há anos. O futuro está na internet. Os arquivos da internet não fazem uma filtragem para excluir as coisas boas, e as coisas que não prestam também estão lá, assim como estão nos periódicos. No futuro, as pessoas publicarão seus artigos apenas em arquivos da internet.

Isso certamente mudaria a maneira como avaliamos a ciência. Como ficaria a revisão feita por pares?

A revisão de pares não quer dizer nada. O sistema vem se desintegrando há anos. Ele equivale a relatórios de árbitros ['referees]'. Ou eles conhecem você e gostam de você, ou o conhecem e não gostam de você. Se não o conhecem, então depende da instituição onde você está. O sistema se tornou corrupto nesse aspecto. Hoje em dia, eu frequentemente me recuso a ser árbitro. Às vezes me mandam três ou quatro artigos por semana para julgar. Não há como fazer um trabalho decente. Eu não deveria dizê-lo, mas, já que os trabalhos deveriam estar nos arquivos de qualquer maneira, às vezes eu simplesmente aceito tudo. Não vejo por que rejeitar um artigo, a não ser que ele seja cientificamente muito ruim.

Como podemos saber o que é cientificamente bom e o que não é?

Para o cientista, é óbvio. Você lê um resumo e sabe imediatamente o que está acontecendo, se o trabalho vale a pena ser lido ou não. Não é preciso nenhum árbitro para lhe dizer isso. Na maioria dos casos, os árbitros são pessoas realmente conservadoras, que rejeitam tudo. Entretanto, em alguns relatórios positivos que vi, fica claro que o árbitro não leu o artigo. Na realidade, prefiro as rejeições. Pelo menos assim eu sei que leram meu artigo.

Mas como outros setores -por exemplo as agências que buscam verbas para a ciência- podem discernir o que é ciência válida?

É mais complicado. Elas poderiam perguntar para alguém bem-informado. Mas acho que, se o dinheiro fosse enviado diretamente aos cientistas, sem passar pelas agências de financiamento, haveria menos desperdício, de qualquer maneira. A gente poderia decidir na cara ou coroa, em lugar de ter comitês intermináveis decidindo quem recebe o quê.

Sim, seu livro deixa claro que você não é fã da burocracia da ciência. Você diz que os administradores do Imperial College exploram seus cientistas. Será que você ainda terá emprego depois que o livro for publicado?

De acordo com os advogados da editora britânica do livro, sim. Mas eu disse o que precisava ser dito. Há multidões de problemas, não apenas no Imperial College, mas com o mundo acadêmico britânico de modo geral. As consultorias administrativas mandam na ciência. No Imperial College, com certeza, houve um aumento muito grande nos níveis administrativos. Não precisaria ser assim: o novo Instituto Perimeter, em Ontário, onde Lee Smolin trabalha, está tentando algo diferente, com o mínimo possível de administradores. Não sei se vai funcionar, mas fico feliz por alguém estar tentando.

O que você pretende fazer agora?

Uma das coisas que eu observo no livro 'Faster Than the Speed of Light' é que, após uma certa idade, você pára de fazer ciência de boa qualidade. Não sei o que vai acontecer quando eu ficar velho e parar de fazer ciência de qualidade. Eu não acharia ruim a idéia de virar escritor. Não quero dizer escritor de ciência popular -eu gostaria de escrever romances, ficção. É uma maluquice, uma aposta no escuro, mas uma coisa é certa: não vou virar burocrata da ciência. (Tradução de Clara Allain)

Serviço: 'Faster Than the Speed of Light', de João Magueijo. Perseus, 288 páginas, US$ 18,20.
(Folha de SP, Mais!, 23/2)

  233.


{O Adilson me mandou esse texto por  e-mail, pois segundo ele, não conseguiu postar diretamente  no blog. >Selma}

Milton Bins no Facebook

Encontrei o Facebook do Sr Milton Bins, mais conhecido como o Baita Atheu dos velhos tempos do UOL e Terra, e quem sabe é quem assina como JF no Blog da Selma. O endereço é Facebook do Milton Bins - fiz a minha solicitação de amizade, mas é bem provável que ele não aceite. Há pouca informação no perfil dele, ou quase nenhuma, o que me faz acreditar que o professor mudou, perdeu a fé no ateismo ou cansou de reclamar que a impunidade estragou esse país, ou ele não tem a menor ideia de como usar o facebook. Na verdade, eu também não sei como usar o facebook, por isso que a minha página está tão vazia como o do Sr Milton Bins. De todo modo, aproveito esse Blog bem como o meu facebook para tentar mandar um forte abraço, se ele vai aceitar, aí o problema é só dele.

Frank K Hosaka
http://www.facebook.com/frankkhosaka

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Aurélio 100% crakeado no iPhoneMod Brasil

No tempo que eu tinha iPhone 3G, eu já havia licenciado o Aurélio por 30 doláres pela App Store. Eu raramente uso esse programa, porque eu ainda não sei ler, escrever e nem fazer contas. Uma vez ou outra, surge uma dúvida, do tipo Atualizar, se é com z ou com s. Ou seja, baixei o programa só para enfeitar o meu iPhone, agora na versão 4, onde o Aurélio é muito mais rápido, ele já vai procurando a palavra na medida que você digita o verbete. Esse negócio de baixar aplicativo crakeado, isso é bastante controvertido. O certo era a Positivo Informática SA distribuir quatro edições diferentes: Aurélio Free (com verbetes que só cobrem as palavras que começam com a letra A), Aurélio iPhone, Aurélio HD e Aurélio Android, mas a Positivo só disponibilizou a versão para o iPhone.

Diante do exposto, eu aplaudo a iniciativa de crakear o Aurélio, e quem está conseguindo mais produtividade em sua vida, graças ao aplicativo, recomendo licenciar o programa através do App Store. Quem não usa o Aurélio crakeado, aconselho a desinstalar. Pois o Dia do Julgamento está cada vez mais próximo, e vai ser chato São Pedro encontrar você com o iPhone e encontrar dentro dele um programa emprestado, sem a autorização por escrito do detentor dos direitos intelectuais do programa, o que é uma afronta ao sétimo mandamento que o Pai de Jesus passou a Moisés.

Mas o Aurélio não é de todo inútil. Sempre aparece alguém com um Galaxy S na minha frente, afirmando que o Android é melhor que o iPhone, e aí eu esfrego o Aurélio no nariz do Googleíota.

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A vida secreta de um jardim- (texto poético)

(publicado pela primeira vez no Filosofia Matemática em 07/04/.2.011)


No jardim, as plantas e as flores conversavam todas entre si,com frequência,porque nunca havia nada para  fazer.
Não havia passeios - não havia como sair do chão.
Nada conheciam da vida, nem concebiam como eram as viagens, porque para se ter a idéia de como é uma coisa,é necessário ter os membros do corpo adequados àquela experiência.
E as conversas desses vegetais versavam só sobre o visto.
Sobre as sensações.
Os arranhões,as dores,a fome, as sensações cinestésicas.
Não tinham pai, não tinham mãe, não tinham afins, mas eram afins-quimica e mentalmente.
Solidarizavam-se no sol e na chuva.
A vida era eminentemente uma ode à sensualidade, uma canção cinestésica, um pacote explosivo de sensações pelos corpos, pelos poros.
Se pudéssemos ouvir as flores, elas estariam sempre aos gritos, aos berros, de alegria,ou de desespero.
As mais velhas aconselhavam as plantinhas que brotavam do chão- e as “mocinhas” que abriam os botões.
Não havia como dizer de que forma deveriam se proteger da tesoura das mulheres, dos predadores, da poluição incipiente das ruas- e nesse tempo, ainda haviam poucos carros.
O aconselhamento, era a devoção ao deus sol.
Talvez, a “verdade” estivesse com ele.
Uma margarida, num enorme canteiro de margaridas, abria-se em flor.
Ela se revoltava contra o seu destino cinestésico, e não gostava da idéia de só viver, se alimentar, fazer a fotossintese, e parir simplesmente o tempo inteiro.
Fez amizade com os beija flores.
Eles tentavam passar à mesma a idéia de como eram as viagens, e as andanças dos animais que tem pés.
Ela não percebia que enquanto os escutava, não só os alimentava, mas espalhava por muitos cantos, suas sementes.
Acabaria um dia alertada de que ia ter muitos filhos- ou filhas margaridas, cujos destinos ela nem jamais sonharia.
Já se rendia a essa altura, à sua sina cinestésica.
Gostava da sensação de ver suas sementes  levadas embora, pelo vento e pelos pássaros.
De todas as flores do jardim, era a que mais se virava para o sol, fosse em qual direção ele estivesse.
Passou a desenvolver um complexo de onipotência.
Ela era um imenso “falo” parindo o tempo inteiro, toda a vida, em sensações explosivas de vinculação à vida material, e complementações por todos os lados.
Bem mais do que outras flores.
Um dia, exagerou em seu zelo, e quis ser o sol.
O sol, o qual- segundo diziam, se realizava dando a vida a plantas, animais, animais homens, insetos, vermes.
Deixando-se levar por uma grande tempestade, acabou saindo do chão, finalmente, e realizando sua fantasia de menina.
Caminhou para outro lugar, mesmo sem ter pés.
Voou, voou, voou.
Morreu para aquela vida de margarida.
Sua raiz foi enterrada no chão pela dona da outra casa.
Tempos depois, ela renascia, mas não era mais a mesma.
Havia se transformado em várias, com as mesmas inclinações.
Os campos agrícolas, as paragens rurais renasciam nas primaveras.
As flores, independentemente do que eram e do que pensavam, cobriam esses campos.
Assim elas eram, que nem nós.
Nossas vidas, muitas vezes, seguem à revelia, e vamos cumprindo nossos papéis, por causa ou apesar de tudo.

http://www.mundodeflores.com/rosas-fotos-margaridas.html

A luz da vela


Aconteceu um incidente na rede elétrica e ficamos no escuro no começo da noite. Para obter um pouco de luz, utilizamos uma vela convencional, e a Raquel ficou admirando a chama que saia dela, focando na diferença de cores que compõe a sua luz.

Na escola, ela está aprendendo a categorizar a matéria como sólido, liquído e gasoso. Certamente que a vela entra no capítulo da energia, mas eu mesmo sei pouco sobre o assunto, não sei como medir a luz e nem o gás que sai dela e que fica persistente em nossas fossas nasais, mas sei que a matéria tem os seus truques para mudar de forma.

De acordo com o Adilson, o caso da materialização da Josefa entra no capítulo do teatro humano, na arte de ludibriar pessoas com muita eloquência e retórica para convencer os desprevenidos de que somos mais que um monte de pó. Na verdade, eu acredito que nós somos mais do que um monte de pó, somos sólidos por fora, somos líquidos por dentro, e podemos encher os nossos pulmôes com tanto ar que dá para apagar uma vela. Mas vestir-se de Josefa, isso é para poucos. E correr atrás de informações mais documentadas como fizeram os jornalistas de O Cruzeiro também não é fácil. Enfim, cada um de nós temos um brilho diferente, só não sei por que o Adilson tem essa mania de querer apagá-ló.

Frank K Hosaka
fhosaka@uol.com.br

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Irmã Josefa na Revista "O Cruzeiro"

Consegui para vocês  uma cópia digitalizada de algumas páginas da Revista "O Cruzeiro" de 22/02/1964, de  14/03/1964 e de  21/03/1964, onde há a reportagem da materialização da "Irmã Josefa", assunto preferido do 233. Apenas  algumas  páginas estão digitalizadas, mas pode-se ver claramente a fotografia tirada  do espírito por ocasião de sua materialização (observe na edição de 21/03/64).





Revista O Cruzeiro de 22/02/1964 (Pois é... É o que está escrito na revista, eu não tenho culpa.)

Revista O Cruzeiro de 14/03/1964 (Vida de Irmã Josefa)

Revista O Cruzeiro de 21/03/1964



Visitem o site indicado pelo VV:   http://jefferson.freetzi.com/Materializ-Uberaba.html
Visitem o site indicado pelo Marciano Alado:  http://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Mediuns/Ranieri/Nova%20pasta/Ranieri%20-%20Materializa%C3%A7%C3%B5es%20Luminosas.doc

Vamos ver qual site o 233 indica...



Os assuntos referentes à revista "O Cruzeiro" foram retirados dos sites:    
http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/resgate-histrico-revista-o-cruzeiro-de-21031964/
http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/resgate-histrico-revista-o-cruzeiro-de-22021964/
http://pesquisasespiritas.blogspot.com/2010/08/otilia-diogo-estudo-de-caso.html



O objetivo principal é discutir o assunto e chegar a conclusão se realmente aconteceu ou não. A culpa não foi do Chico Xavier.
(Selma)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Liraglutida

A liraglutida  é fabricada no laboratório dinamarquês Novo Nordisk, foi lançada na Europa e nos Estados Unidos em 2009 e 2010 respectivamente e está há três meses no Brasil, com o nome de Victoza.  O fabricante e as agências de saúde só indicam o medicamento para o tratamento de diabetes do tipo 2. Ele, no entanto, também tem sido receitado para emagrecer – prática na medicina conhecida como off-label, ou fora do rótulo, na tradução literal.  Programado para durar um mês, o primeiro estoque de liraglutida que chegou ao país deve ser renovado em apenas uma semana.


O remédio tem se mostrado tão eficaz na perda de peso que o Novo Nordisk iniciou o processo para aprovação da liraglutida também como emagrecedor. Os resultados das duas primeiras fases de testes da substância em seres humanos já  foram publicados nas revistas científicas The Lancet  e International  Journal of  Obesity. O mais recente deles foi divulgado em Julho.  Foram acompanhados 500 homens e mulheres, em dezenove hospitais europeus. Em cinco meses de tratamento, 85% dos voluntários perderam em média, 7 quilos.


Comparado à sibutramina, o anorexígeno mais vendido no Brasil, o novo remédio promove uma redução de peso 50% maior maior em 5 meses.  O estudo publicado recentemente no International Journal of Obesity  mostrou que o novo remédio não só não faz mal ao coração, como provoca uma baixa nos índices de pressão arterial.. “O medicamento não interfere na química cerebral, como os emagrecedores tradicionais. Ele apenas imita uma substância que já existe no organismo”, diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, diretor do centro de pesquisas Clínicas de São Paulo. Os efeitos colaterais da liraglutida são, portanto, menores. Nas duas primeiras semanas os pacientes se queixaram de náuseas e dores de cabeça.

Caixa com 2 canetas de 6mg/ml custa por volta de R$393,44 (injetável)


Nos próximos dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve anunciar o banimento de três dos quatro anorexígenos disponíveis atualmente no mercado. Pelos sinais dados pela agência, ficará apenas a sibutramina – e, ainda assim, sob regrais ainda mais rigorosas.  


O novo remédio (liraglutida) imita a  ação  do hormônio GLP-1, envolvido nos mecanismos de saciedade e na produção de insulina pelo pâncreas (veja o quadro ao lado). Devido a tais características, trata-se do primeiro antidiabético com atuação significativa na perda de peso. O GLP-1 é sintetizado toda vez que o alimento chega à porção final do intestino delgado. Nesse momento, o hormônio ativa as células cerebrais da saciedade e reduz os movimentos intestinais de contração, prolongando a satisfação alimentar. Como a liraglutida não depende da chegada de comida ao intestino, ela atinge uma concentração na corrente sanguínea até oito vezes maior que a do hormônio natural. Mas ela só estimula o pâncreas a produzir insulina quando os níveis de açúcar no sangue estão acima do normal. Por isso, segundo os especialistas, não há risco de sobrecarga do órgão entre as pessoas saudáveis, sem diabetes do tipo 2. O remédio é administrado sob a forma de injeções diárias. O próprio paciente faz a aplicação, por meio de uma agulha de 6 milímetros de comprimento e menos de 1 milímetro de diâmetro acoplada a uma cânula de 16 centímetros de comprimento e da largura de uma caneta.
A liraglutida é fruto dos avanços de uma área relativamente recente da medicina, a que se propõe a esmiuçar a relação entre excesso de peso e o diabetes do tipo 2. Há 300 milhões de diabéticos no mundo, dos quais 14 milhões no Brasil. Deles, 80% pesam mais do que deveriam. No início dos anos 2000, o médico Steven Shoelson, professor da Universidade Harvard, revelou como as células de gordura aumentam a resistência do organismo à ação da insulina. Quando engordamos, as células de gordura inflam ou proliferam. Assim como as cancerosas, para garantir o aporte de nutrientes, elas criam uma rede de vasos sanguíneos a seu redor. O detalhamento desse mecanismo é a prova de que o ser humano não foi programado para carregar um amontoado de células de gordura. É antinatural, herança dos piores hábitos da vida moderna. Com a liraglutida, finalmente, a medicina livra-nos desse fardo. Ao aumentar a sensação de saciedade, sem causar danos, ela pode ser considerada a bala de prata contra o excesso de peso.



Há um outro medicamento chamado topiramato (Topamax, Amato e Toptil) , que no passado foi indicado para crises convulsivas e hoje é indicado para tratamento de crises de enxaqueca. Tem também um efeito colateral interessante, produz anorexia e consequente perda de peso. Também na bula há uma alerta, dizendo o medicamento provocar confusão mental.

Confesso que nunca senti nada disso, tomo o topiramato já há algum tempo, e  meu raciocínio continua ótimo como sempre, sem problemas de concentração ou atenção, sendo que só sinto problemas quando tenho as dores de cabeça. Como não as tive mais, está tudo normal.
Sofri muitos anos com enxaqueca, dessas de ficar trancada no quarto, no escuro, com náuseas e vômitos. Tomando o topiramato já estou sem crises de enxaqueca há tempos, e o que é bom, mantendo o peso. Mas eu  nunca fui obesa. Antes eu tomava muitos analgésicos, o que acabou causando uma lesão no meu estômago e que a duras penas estou reparando, à custa de alimentação controlada e assistência médica.

Não recomendo nem a liraglutida e nem o topiramato para quem somente precisa perder peso. O melhor mesmo é procurar um endocrinologista e seguir uma dieta equilibrada e exercícios.


Jesus falou que o problema não era o que entrava pela boca e sim o que saía. Naquele tempo  penso que não existiam pessoas obesas. Hoje o  problema é tanto o que entra pela boca quanto o que sai pela boca.

Talvez o melhor mesmo  seja jejum e oração...



Baseado no artigo da Veja , edição 2233 de 07/09/2011, na reportagem de Adriana Dias Lopes.




Selma

A Bíblia é importante?

De acordo com Paulo, Jesus tira o véu de nossos olhos e revela Deus, e de lá chegamos à conclusão de que todos viemos de Deus e o nosso destino é Deus, e para vivér na Luz, basta lembrar de Jesus e seguir o seu caminho, que foi literalmente transcrito na Biblia.

Nesse caso, podemos comparar Jesus com o Adilson e o Sr Joseph. Jesus foi num casamento e transformou água em vinho, já o Adilson sempre faz a festa aqui, transformando o Blog da Selma em vinagre. Jesus foi no alto de uma montanha e múltiplicou um cesto de pão num banquete para um multidão, já o Sr Joseph consegue com um só pedra atingir todo mundo que participa desse Blog.

Enfim, a Biblia é importante sim. É com ele que podemos concluir que Deus nos ama, enviando o Adilson e o Sr Joseph para fortalecer a nossa paciência e pêrseverança e com ele ressuscitar a nossa vontade de viver em cada momento de nossas vidas. Deus é bom, Ele só quer que sejamos mais fortes que esses espinhos que aparecem em nosso caminho.

Frank K Hosaka
fhosaka@Uol.com.Br (11)8199-7091 Diadema-SP

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EQM

Sexta feira passada, dia 16 de setembro o Globo Repórter apresentou uma matéria interessante sobre Experiência  de Quase Morte (EQM). Relatou vários casos e a maioria deles afirmou ter visto uma luz maravilhosa e que a morte aparentemente parece ser uma paz muito grande.
Interessante foi também ter relatado o caso de uma mulher que ao ter uma parada cardíaca diz ter ido a um lugar sujo e feio, cheio de sombras, ou seja, há possibilidade da morte ser também uma coisa horrorosa, nem sempre um paraíso, podendo ser algumas vezes algo parecido com um lixão.

 O texto a seguir foi retirado do portal G1:


“Há 28 anos, o médico pediatra Melvin Morse conseguiu salvar a vida de uma menina que quase se afogou. A experiência mudou tudo o que ele aprendeu na escola de medicina sobre o fim da vida.
A criança que se acidentou em uma piscina comunitária ficou 18 minutos sem batimentos cardíacos. Todo o processo de salvamento durou quatro horas. Um mês depois, médico e paciente se reencontraram. Ela imediatamente o reconheceu.

O médico relata: “’Eu não gosto dele’, disse a menina. ‘Ele colocou um tubo no meu nariz! Eu vi o senhor indo até o telefone para chamar alguém e o senhor perguntou: o que eu devo fazer agora? O senhor me colocou em uma grande máquina que parecia um círculo’, em uma clara referência ao tomógrafo - e ela disse também com muita segurança: ‘eu não estava morta, eu estava viva.’"
A partir deste episódio, o médico pesquisou experiências de quase morte ao longo de 15 anos. Aprendeu, por exemplo, que nem todas as pessoas socorridas em uma emergência passam pela mesma experiência.


"As EQMs são relatadas principalmente pelos pacientes que tinham uma chance mínima de sobrevivência, e talvez isso tenha a ver com a possibilidade de uma vida em um nível superior. De qualquer forma, essa consciência fora do corpo físico é um evento totalmente subjetivo, algo que a ciência não pode explicar", diz o Dr. Morse, voltando ao exemplo da menina ressuscitada.
O desenho que ela fez para ilustrar o que aconteceu tem o céu representado por um campo florido, onde alguém que ela imaginou ser Jesus disse a ela para voltar porque sua família precisava de ajuda.

A menina também explicou ao médico que viu a mãe segurando um bebê no colo - era o seu irmãozinho, que foi desenhado com um enorme coração e que depois, coincidência ou não, nasceu com um problema cardíaco congênito.
O que acontece com a mente no estágio da morte? O que é possível estudar sobre isso? O médico intensivista americano Sam Parnia também se especializou em EQMs. Ele trabalha como pesquisador e professor no centro médico Stone Brook, em Nova York.
Usando tecnologia de ponta, os médicos conseguem medir até a oxigenação do cérebro quando ele para de funcionar. Mas é um detalhe de criatividade o que chama a atenção:


"Nós colocamos acima dos leitos da UTI imagens que só podem se identificadas do alto. São objetos que não combinam com esse ambiente. Não botamos um desfibrilador, que seria óbvio aqui, mas algo como a gravura de um cachorro cor de rosa, por exemplo", explica Sam. “Depois, se um paciente acordar contando que saiu do corpo e viu a gravura lá em cima, esse é o tipo de relato que obriga os médicos a no mínimo parar para pensar.”

Este é o objetivo do estudo que ele iniciou e está em andamento em 30 centros de pesquisa, em sete países. O Brasil já participa deste estudo, o mais amplo até agora sobre Experiências de Quase Morte. Os trabalhos se concentram na Zona da Mata Mineira, onde professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aplicam a pesquisa em pacientes que conseguem vencer a luta contra a morte. A meta é estudar todos os pacientes que passarem pela emergência de cinco hospitais, nos próximos dois anos.

“Se há funcionamento mental na ausência de funcionamento cerebral, então essas teorias que afirmam que o cérebro produz a mente, que a mente ou a consciência é apenas um produto do cérebro, essas teorias não se sustentam", avalia o filósofo Saulo Araújo, da UFJF.
O coordenador da pesquisa sobre EQMs, o cirurgião cardiovascular Leonardo Miana, concordou em montar um exemplo do tipo de gravura que ficará nas bandeijinhas. São imagens que podem ser reconhecidas facilmente por qualquer pessoa, não importando sexo, a idade ou classe social.
"Se um paciente relatar que viu uma, duas ou mais figuras que estão colocadas no teto, isso não é uma produção pré-formada no cérebro dele. São imagens aleatórias, então provavelmente esse paciente terá tido uma experiência fora do corpo”, explica Leonardo.

"Nós vamos tentar investigar se realmente o cérebro não estava funcionando, nós vamos ter dados para investigar se o coração não estava funcionando, e a partir disso identificar se durante esse período que o cérebro não funcionava a pessoa foi capaz de ter percepções verídicas, que a gente pode comprovar que aquilo realmente aconteceu", reforça o professor de Psiquiatria da UFJF, Alexander de Almeida.

Na Santa Casa de Juiz de Fora, os leitos da UTI já estão preparados. Todos os sobreviventes de paradas cardiorrespiratórias serão entrevistados. Os relatos serão avaliados com base nas respostas de um questionário-padrão.
"Não se conhece quase nada sobre a mente, mas também se conhece muito pouco do cérebro. Essa pesquisa, de certa maneira, vai ajudar inclusive a evoluir o conhecimento sobre o próprio cérebro", aponta o fisiologista Carlos Alberto Mourão Jr., da UFJF.

A pesquisa também vai servir para não desperdiçar histórias como a da psiquiatra aposentada Sandra do Nascimento. Diabética, cardíaca e com problemas renais, ela esteve à beira da morte mais de uma vez. Quando teve uma EQM, viu toda a correria dos médicos para salvá-la. Foi o que ela contou para sua cardiologista, insistentemente.
"Via os movimentos, descreveu até a movimentação da enfermagem, a movimentação do próprio Dr. Leonardo e do outro plantonista que estava junto. O que nós achamos interessante é que vários dias depois ela ficou falando, falando, falando, e sempre descrevendo tudo direitinho. Ela reconheceu o Dr. Leonardo sem nunca ter visto ele antes”, destaca a cardiologista Fernanda Lanzoni.

“Três dias depois, eu fui ver como a Sandra estava e ela me reconheceu de pronto. E falou: ‘eu lembro que você inclusive me abriu’”, relata o Dr. Leonardo.
Seis meses depois, a Dra. Sandra esqueceu quase tudo. Permanece apenas a forte presença de uma luz, que dá a ela até hoje uma enorme sensação de paz e bem estar, apesar das limitações do corpo muito doente.

“Essa luz era amarela. Amarelo intenso, muito intenso e luminoso. Ela aproximava e afastava, aproximava e afastava, e na medida em que ela ia e vinha, ela diminuía”, descreve Sandra. “É uma coisa que eu tenho como que inexplicável. Eu atribuo a uma coisa do alto, uma coisa de Deus. Só pode.”






(Selma)

Medicina e Espiritismo

No Espírito da Cura


Na luta contra o câncer do sistema linfático, o ator Reynaldo Gianecchini também recorre à cirurgia espiritual. Milhões de doentes graves aliam métodos alternativos ao tratamento convencional, agora com a aprovação da medicina, que reconhece os efeitos positivos dessa prática.



Sábado, 20 de agosto. Vítima de um câncer no sistema linfático raro e agressivo, o ator Gianecchini de 38 anos , estava  internado havia quase um mês no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Sua mãe, Heloísa, e a sua irmã mais velha Cláudia, faziam-lhe companhia no quarto 925. Às 4 e meia da tarde, o ator deitou-se na cama de lençóis recém trocados. Ele vestia uma camiseta branca. De barriga para cima, os braços estendidos junto ao corpo,  Gianecchini fechou os olhos. No criado-mudo, à direita do leito, um copo de água mineral coberto com um papel. Por quinze minutos, o silêncio foi absoluto. Simultaneamente, a 400 km da capital paulista, na cidade de Franca, no interior do estado, o médium João Berbel, de 56 anos, deu início a mais uma de suas cirurgias espirituais a distância. De jaleco azul-claro, estendeu-se sobre uma das trinta macas de um galpão de 200 metros quadrados do Instituto de Medicina  do Além. Cerca de 400 pessoas acompanharam o ritual. Eram parentes e amigos de uma centena de doentes em todos os cantos do Brasil. Entre eles, estavam os tios paternos do ator, Fausto e Roberta. Às 4 e meia todos , todos fecharam os olhos e “mentalizaram” a cura dos entes queridos.


 Não é preciso  levar a fotografia do enfermo ou revelar a graça a ser alcançada – basta estar na mesma “sintonia fluídica”, como define o médium. “Formamos uma corrente mento-eletromagnética”, diz Berbel. No dia seguinte ao procedimento espiritual, Gianecchini tomou a água mineral benzida pelo médium em três doses – antes do café da manhã, do almoço e do jantar.
Em sua luta contra a doença, o ator conta com os melhores especialistas do Brasil e recursos médicos extraordinários. Ele não dispensa, contudo, o acompanhamento do médium Berbel.


Desde 1996, o então mecânico elétrico Berbel diz ter começado a incorporar o espírito do clínico geral Ismael Alonso y Alonso, o “médico dos pobres” – prefeito de Franca nos anos 50 e vítima de um infarto fatal em 1964. “É visível a melhora do meu sobrinho desde o início do tratamento com o doutor Alonso”, afirma a tia Roberta. “Ele está mais confiante para seguir o tratamento convencional, pois tem a certeza de que vai superar o câncer.” Gianecchini segue à risca as orientações de Berbel. Uma semana antes e outra depois da cirurgia espiritual, por exemplo, ficou sem comer carne. Todos os dias após o almoço ingere uma cápsula de plantas ditas medicinais, fabricada no laboratório do Instituto de Medicina do Além, na periferia de Franca. A última vez  em que Gianecchini e Berbel estiveram juntos foi na alta do ator, em 26 de agosto. Depois de passar pela primeira sessão de quimioterapia, Gianecchini recebeu a visita do médium.

Médium João Berbel, líder de um centro espírita que ocupa 9000 metros quadrados em Franca/SP, chamado Instituto de Medicina do Além.


“O doutor Alonso colocou uma mão na cabeça e outra no pescoço deo Reynaldo, justamente onde está o foco do problema de saúde”, lembra Berbel. Em seguida, ainda conforme o médium, o espírito incorporado fez uma oração pedindo a cura, proferiu uma reza batizada de “oração para Jesus” (de sua própria autoria) e encerrou o ritual com um pai-nosso. Antes de desincorporar, o doutor Alonso teria dito a Gianecchini que saísse pela porta da frente do hospital e mostrasse aos fãs que estava pronto a enfrentar a guerra contra o câncer. “Eu me sinto forte, e parte dessa força vem do amor das pessoas que torceram por mim e me apoiaram”, declarou Gianecchini, na saída do hospital. De presente, levou para casa um exemplar de O Cavaleiro da Sombra, em defesa dos índios nos planos terrenos e espiritual – um dos 175 livros escritos pelo médium.
Espírito Ismael Alonso y Alonso, médico morto nos anos 60.


A família Gianecchini conheceu Berbel em março passado. Na ocasião, o pai do ator, também chamado Reynaldo, começou a visitar  o instituto semanalmente como parte do tratamento de um câncer do pâncreas e do fígado – que inclui ainda sessões de quimioterapia em um hospital de Ribeirão Preto. Na semana passada, no entanto, Gianecchini pai cancelou a visita ao médium para ir a São Paulo encontrar seu filho, que pedia para vê-lo. Segundo as poucas pessoas que mantém contato com o ator, ele ficou abalado com a morte do galês Andy Whirtield. O protagonista da série Spartacus  sucumbiu a um linfoma tipo não Hodgkin.

A busca de Gianecchini por amparo espiritual é compreensível, bastante comum e aceita por boa parte dos médicos. No Brasil, 80% dos pacientes oncológicos, em complemento aos tratamentos oferecidos pela medicina tradicional, recorrem a terapias não convencionais – com frequência ligadas a algum tipo de crença espiritual. “Padres, rabinos, médiuns sempre entraram  e saíram dos hospitais pela  porta dos fundos”, diz o mestre de reiki Plínio Cutait, coordenador do departamento de Cuidados Integrativos do Hospital Sírio-Libanês. “Só recentemente a medicina passou a reconhecer a existência de tais práticas.”



Conhecido como linfoma não Hodgkin T angioimunoblástico, o câncer  de Gianecchini reúne as três particularidades mais temidas: é raro, agressivo e resistente. Representa apenas 1% do total de linfomas. No Brasil, isso significa 130 novos casos por anos. “O número reduzido de doentes dificulta o desenvolvimento de estudos específicos para esse tipo de tumor”, diz o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. È baixa a resposta desse tipo de câncer aos tratamentos. “As células doentes têm um mecanismo de sobrevivência extremanente elaborado, expulsando os medicamentos com grande facilidade”, diz Carlos Chiattone, diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Memoterapia e hematologista do hospital Santa Casa, também na capital paulista.  Por isso a quimioterpaia tem que ser muito pesada.

Dentro de quatro a seis meses, Gianecchini deve receber um volume até cinco vezes maior de quimioterápicos. Para restaurar o sistema imunológico, ele será submetido a um transplante de medula óssea autólogo. De uma amostra de sangue, os médicos coletam células tronco do próprio paciente e, ao final da quimioterapia, as reinjetam no organismo do doente. Essa técnica contribui para reduzir em cerca de 30% a taxa de mortalidade pelo linfoma Hodgkin T angioimunoblástico.


Revista Veja – edição 2235 – 21/09/2011
Reportagem de Adriana Dias Lopes, Alexandre Salvador e Giuliana Bergamo







(Selma)

sábado, 17 de setembro de 2011

ILUSÃO AMOROSA

"_Dizem que Lêda encontrou dois ovos de cisne num campo de jacintos,"- fragmento de Safo,sobre o tema mitológico "Lêda e o Cisne".

Abaixo, a minha poesia sobre essa bela história, escrita em julho.
Claro,nessa lírica,eu imaginei que eu era uma Garça.
E que o meu Príncipe,era o Cisne.



1.7.11

Com lindos pássaros eu sonhava
e você era a presença ao lado
com uma alvura inimaginada
morando sereno e merencório,no lago
de um bosque iluminado,

Presença triste,
Cisne feito Príncipe
eu passei a querer o mesmo que você
e em suas penas,eu vim a me perder
desejei estar sempre assim, e até o fim
do mundo acompanhar você
em seus poucos anos de sobrevida
e convosco a solidão dividir
e chorar e rir
das suas proezas aéreas, das suas proezas aquáticas,
numa coreografia afim
sem letargia,sem parada,
numa movimentação diafragmática,
sem pé, sem cabeça, nem rins,

Eu me satisfiz
em bailar só uma noite inteira
Não sei, o que irá acontecer no fim
- você já não se sente mais tão rejeitado,
os campos a florir
cuidarão dos nossos filhos enfim,
eu não te impedirei de ir,

Jamais terei asas para voar
Eu te desejo uma linda viagem
e a felicidade,

Um dia, os jovens alados irão se apresentar
a você
irão te acompanhar,
meu coração de mãe  muito,irá sofrer,
o amor irá de mim,se afastar
mais uma vez.

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=cisnes&gbv=2

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=garças&gbv=2

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Fotos



233 e a religião

Hosaka, celulares e a princesa




Nihil  budista