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domingo, 18 de dezembro de 2011

Mais experiência

Paciência, essa é a principal recomendação que recebo lá na paróquia para lidar com as pessoas, e eu confesso que não é fácil de implantá-lo na prática. Eu fico indignado quando vejo lixo nas calçadas, nas ruas, nas praças, dentro de casa e também no Blog. Eu tenho certeza que não foi Deus que colocou tanto lixo no meu caminho, aliás Ele é o Único que faz a faxina através do vento e das chuvas, tornando o ar um pouco mais respirável.

O máximo que consigo fazer é pegar a vassoura e ajuntar tudo num saco para o lixeiro levar. Não sei para onde o lixeiro leva os sacos. Não sei para onde vai tanta água suja, quando puxo a corda da descarga. Não sei para onde vai tanta fumaça que sai dos carros. Não sei para onde vai as crônicas que escrevemos nesse Blog. Não sei como encontrar coragem para procurar a verdade e lidar com o problema de frente.

Lendo as crônicas do Robson, eu já sei que os lixos também tem preon. Preon é o cara que cola os átomos de hidrogênio e oxigênio, e assim refrescam a nossa sede. O problema é que dentro de nós, os nossos preons ajuntam esses mesmos átomos com outros átomos para criar o ácido úrico, com aquele cheiro desagradável de cerveja vencida. E assim, dói a minha consciência, quando puxo a corda da descarga. No fundo, no fundo, estou sendo egoísta, estou empurrando o problema para debaixo do tapete da Terra, envenenando o planeta que vivemos e tirando a chance dos meus sobrinhos sobreviverem no futuro.

Enfim, eu confesso que sou uma máquina de fazer lixo. Bom seria se eu pudesse fazer um belo cartão de aniversário, induzindo a Selma acreditar que essa vida é bela e que existe gente boa nesse mundo. Mas como posso fazer um cartão desse tipo, se eu não sei como segurar o meu xixi? Como posso escrever simplesmente feliz aniversário Selma, se eu sei que estou destruindo o Universo que ela vive? A minha consciência dói. Não sei mais o que fazer. Enfim, o padre Magalhães está enganado. Não basta paciência, temos que estudar um pouco mais e levar o problema do lixo mais a sério.

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