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domingo, 18 de dezembro de 2011

Apenas a educação prevalecerá

[Escrito originalmente em 27.11.2011 com atualização nesta data]
Depois que o 233 mudou um pouco a sua atitude, pensei até que poderia não ser necessário usar de análise formal do caso dele.

Mas, por via das dúvidas, não conseguindo deixar de ter em conta que dificilmente poderei ficar sem ter de fazê-lo, vou deixar preparado o texto para o caso de ser necessário.

Vejamos mais este caso em termos de lógica.

Se,
em um comentário postado neste blog, às 3:57:00 PM de 06.11.2011, a pessoa que aqui assina como 233 escreveu que  “cabeça de religioso = sinal de retardamento mental”.

se,
em um comentário postado neste blog, às 07:11:00 PM de 09.11.2011, a pessoa que aqui assina como 233 escreveu que “cabeça de religioso fede a estrume”.

se,
em um comentário postado neste blog, às 9:08:00 AM de 27.11.2011, a pessoa que aqui assina 233 escreveu que “ Para o 233, que estudou muito e sabe o que está escrito na Bíblia, a qual católicos e evangélicos consideram a Palavra de Deus...”.

se,
em um comentário postado neste blog, às 08:00 AM de 05.12.2011, a pessoas que aqui assina 233 escreveu que “em cabeça de religioso cabe qualquer idiotice”.

e se,
a pessoa que aqui assina 233 for efetivamente um religioso, como quer aparentar ser,

então,

a pessoa que aqui assina como 233 tem “cabeça que fede a estrume”, tem “sinal de retardamento mental” e “cabe qualquer idiotice”, segundo a própria opinião.

[o que talvez explique porque ele pensaria o mesmo dos demais]


Já se,
a pessoa que aqui assina como 233 não tem o pensamento que aqui diz que tem,

e se,
a pessoa que aqui assina como 233 distorce, tira do contexto, afirma absurdos e coloca entre “aspas” o que outras pessoas NÃO escreveram,

então,

a pessoa que aqui assina como 233 é intelectualmente desonesta.

Neste caso, a impressão que se poderia ter é dele ser envergonhado de sua posição de ateu e não assumir.

Mas entendo que não devemos nos enganar, pois isto é camuflagem.

O padrão observado indica claramente que faz isto apenas para confundir aos demais, sendo o comportamento de pessoa leviana, irresponsável e inconsequente, típica de palhaços, palhaçinhos e palhações233.

Mas não é bem este o objetivo deste texto.

E sim o de investigar quem é que pode ser mais facilmente levado a agir de maneira torpe e vil, bem como o motivo disto.

Em vários textos eu disse que não vejo como essencial a crença ou descrença de ninguém, e sim como a pessoa trata aos demais e se relaciona com o mundo, ou seja, se é de modo mais próximo ou mais distante da civilização.

No caso deste blog, temos kardecistas, budistas, católicos e deístas. Que, apesar das humanas limitações, se comportam de maneira razoavelmente próxima do que se espera de uma pessoa civilizada para o ambiente em que se encontram (internet).

E, coincidentemente, temos um ateu disfarçado de paulinista enrolando, enganando, ofendendo e fazendo palhaçada no blog (e ainda apresentando um comportamento arrogante e presunçoso).

Justo o representante do ateísmo é grosso, ofensivo, intelectualmente desonesto e desleal. Não que este comportamento seja característico de ateus e céticos, pois não o é.

Se este fosse um local de debates entre torcidas de futebol ou entre defensores de sistemas políticos antagônicos seria possível alguma compreensão deste tipo de comportamento, grosseiro e rude.

E por que justo o ateu assim age (e não apenas ele, alguns outros anônimos rastreáveis também)?

Principalmente porque ele não teme as consequências de seus atos. Em função disto age de maneira distante da civilizada e muito próxima da barbárie (não é à toa que ateus são tão temidos quanto estupradores em algumas sociedades, porque não têm o que temer).

O que aqui é reforçado pela identidade civil ser preservada, agindo de modo similar ao que os antigos gregos atribuíam aos bárbaros, bater e correr (não seria difícil rastreá-lo mas não vale o “eshforço").

Este é o ponto que pode fazer daquele que teme consequências (mesmo que estas consequências sejam após a morte do corpo biológico) uma pessoa mais cuidadosa com seus atos.

Interessante e paradoxal que este ateísta, envergonhado e camuflado de paulinista convicto, acusa a quem não se envergonha de discordar da esmagadora maioria do pensamento atualmente tido como científico, de ter vergonha de assumir uma crença religiosa.

Eu não tenho crenças, eu tenho posição logicamente fundada em premissas, em fatos, em raciocínio, na Razão.

Fiz minhas pesquisas de campo, pela ordem, dentro do catolicismo, agnosticismo, marxismo, trotskismo, materialismo dialético, kardecismo, budismo, xintoísmo, hinduísmo, hermetismo, confucionismo, taoísmo, teosofia (os teósofos não se consideram religião, mas efetivamente se comportam como sendo parte de uma), além de ter estudado a outras doutrinas em termos teóricos ou menos próximos, como as religiões afro, o sikismo, o islã, o anarquismo (graças a Deus) e outros mais.

Dentro de cada grupo, cada qual trata aos seus enquanto irmãos, companheiros e camaradas. E aos outros como estranhos, na velha lógica dos cães apresentada por Platão no livro II d’A República, enquanto elegem um foco que diferencia os de dentro [ nós, os iluminados] e os de fora [eles, os ignorantes].

Alguns focam a tradição, outros o humanismo, outros a justiça social, outros a liberdade, outros a alimentação vegetariana, outros um salvador, outros a caridade, outros a paz, outros a prática de imposição de mãos, outros o culto aos antepassados, outros a iluminação e assim por diante.

Virtualmente todas as doutrinas, mesmo as ateístas, têm partes em comum, diferenciando-se entre si nos detalhes.

Apesar deste núcleo comum, que parece ser mais confiável, seus praticantes acabam desvirtuando as doutrinas, tanto que todas elas foram ou são usadas para validação de práticas inaceitáveis em termos de Ética (assim como a Verdade e a Razão, grafo “Ética” sempre com inicial maiúscula).

O que observei, no entanto, é que a simples posse de toda esta sabedoria não resolve, é necessário (1) saber que existe, (2) saber interpretar e (3) saber usar corretamente.

Senão acabam produzindo as distorções e aberrações inomináveis, como os sacrifícios humanos, o genocídio dos vencidos, a queima da viúva ainda viva na pira do esposo na Índia (e também na Escandinávia e em outras plagas), as castas, a validação da escravidão em todo o mundo por milênios, as guerras santas, as fogueiras, a superstição e o controle da sociedade por espertalhões e mestres na velhacaria que se apoderaram do poder clerical nas diversas religiões (marxismo incluído), dentre outras pérolas.

Apesar de toda a boa vontade de virtualmente todas as doutrinas, ateus praticam o mal pensando que estão praticando o bem, e o mesmo se passa com virtualmente todas as doutrinas, espiritualistas ou materialistas.

E por que isto ocorreria?

A impressão que tenho nesta situação é que sem tijolos bons (pessoas boas) é difícil a construção de uma estrutura boa (sociedade civilizada).

Quando digo da pessoa ser boa, digo de quem tem conhecimento o suficiente para saber que, com ou sem amor, se não tratar bem aos outros, vai ter consequências desagradáveis e dolorosas.

E, não sendo burra, efetivamente trata bem aos demais, gostando ou não deles, pois é simplesmente o tratamento que para si deseja, nem que não goste de assim agir, o que elimina a necessidade do bom sentimento, que nem todos possuem, resumindo ao conhecimento e ao não gostar de sofrer, algo bem mais fácil de ser encontrado e, portanto, confiável.

O que pode produzir comportamento adequado e civilizado é o conhecimento (motivo pelo qual sempre digo que apenas a Verdade prevalecerá), o que só pode ser possível com a transformação de grande parcela da sociedade em filósofos, amantes do conhecimento e da Verdade.

Enquanto não tivermos conhecimento de
- princípios de Ética e Justiça que nos permitam distinguir claramente o comportamento desejável do adequado do aceitável do indesejável do inadequado do inaceitável, em outras palavras a civilização da barbárie, bem como a
- educação e o desenvolvimento de capacidade de tratarmos o outro da mesma maneira como gostaríamos de ser tratados em idêntica situação e, com isto,
- instituições e entidades que, ao mesmo tempo acolham as necessidades, também
- apartem e segreguem do convívio dos membros honestos e decentes da sociedade, as pessoas que deram demonstração de falta de condições de fazê-lo sem representar grave ameaça aos demais, teremos pessoas praticando atos vis e torpes, alguns por
- desconhecimento de princípios de Ética (bem intencionados e mal informados), outros por
- conhecimento de princípios de Ética e falta de caráter (mal intencionados e bem informados) e outros por
- desconhecimento de princípios de Ética e falta de caráter (mal intencionados e mal informados).

Em suma enquanto não formos majoritariamente “bem informados e bem intencionados”, além de ativos em vez de apáticos e/ou omissos, de modo a erigir as instituições que se esforcem de maneira focada na produção de estados de bem estar social e individual, em uma sociedade fraternalista, humanitária e justa, estaremos mais perto da barbárie do que da civilização.

Em termos gerais, qualquer sociedade que não privilegie igualmente a Felicidade de todos e de cada um de seus membros está ainda muito atrasada.

E uma sociedade que ainda não descobriu isto está tão distante da civilização que seria cômico se não fosse trágico ela se considerar avançada. Infelizmente este parece ser o nosso caso. 

Considero interessante notar que, sendo a felicidade uma sensação que diz respeito aos íntimos sentimentos de cada pessoa, e sendo até mesmo de difícil definição, evidentemente não estou me referindo a este sentimento quando falo de promover a felicidade geral.

Estou me referindo é ao fornecimento de condição mínima e decente de serem alcançados estados de felicidade para todos, ou seja, de chances e oportunidades igualitárias com a intenção de proporcionar a máxima possibilidade humanamente possível e justa de obtê-la.

Consiste em promover e procurar garantir a vida, a dignidade, a liberdade e a segurança de todas as pessoas.

Enquanto não tivermos com nossas mentes voltadas a produzir estados de elevado bem estar social de maneira a mais abrangente possível,  continuaremos a nos manter no mesmo ponto da escala que vai da barbárie à civilização, infelizmente a anos luz do que se pode chamar efetivamente de civilização.

[]

Um aprendiz
Apenas a Verdade prevalecerá
O mundo é mecanicamente simples
Paz, saúde e felicidade a todos

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