O autor do Apocalipse, parte integrante do Novo Testamento. Acredita-se que também possa ter sido o mesmo João, autor do quarto Evangelho, que foi discípulo de Jesus, mas não se tem certeza. Patmos é uma ilha da grécia, local de banimento (exílio) nos tempos de perseguição romana e até hoje lá existe uma caverna que acredita-se foi usada por João para escrever o Apocalipse.
O fato é que João faz uma leitura econômica, política e social do momento do conflito, explica as causas dele e anuncia como será o fim daqueles dias: a vitória dos que sofriam, do bem sobre o mal. A cada capítulo, o autor procurava passar uma mensagem de conforto que, longe de produzir conformismo, pretendia ajudar o povo a entender aquela situação, resistir e enfrentá-la. Algo como “continue na luta que você vencerá”.
Mais do que o fim do mundo, o Apocalipse de João anunciava,
portanto, o fim dos que mandavam no mundo. Acontece que o Apocalipse
(apokálypsis, em grego, significa revelação) e outros textos do gênero – que
começaram a surgir pelo menos 200 anos antes do de João – são férteis em
metáforas e passagens fantásticas. E é esse traço que dá margem a
interpretações acerca do fim dos tempos por parte de diferentes correntes
religiosas. Personagens e passagens como a besta (que seria, muito
provavelmente, o imperador Nero, segundo o Apocalipse de João), o dragão que
persegue os descendentes de uma mulher (a Igreja Católica), o cordeiro (Jesus
Cristo) enviado dos céus para julgar os homens e os mil anos de paz na Terra
vão sendo relidos ao mesmo tempo que fatos históricos, como a ascensão de
Hitler, o comunismo, a Guerra Fria e o 11 de Setembro, ganham contornos de
sinais do final de tudo.
Entre os judeus, os textos de caráter
apocalíptico se encontram no Livro de Daniel, no Antigo Testamento, e não no de
João. Em comum com os escritos seguidos pelos católicos estão, entre outros
pontos, a vinda de um juiz, no caso o Messias, e a ideia de que a história
caminha para o seu final. A batalha do bem contra o mal, porém, não tem
destaque na literatura rabínica.
Religião monoteísta como o catolicismo e o
judaísmo, o islã também conta com uma teologia apocalíptica. Segundo o
“Alcorão” e as profecias de profetas como Jesus, Abraão e Mohammad – existem,
no total, 124 mil profetas –, Deus daria pequenos sinais (como a banalização da
vida e da morte, as mudanças climáticas bruscas e o fato de o homem imitar a
mulher na maneira de se vestir) e grandes avisos (a vinda do anticristo, o
retorno de Jesus, a grande guerra mundial, a inversão da rotação da Terra e o
nascimento do Sol no Ocidente) da proximidade do fim dos dias. Os muçulmanos
aguardariam o retorno de Jesus, que eliminaria o anticristo. Um reino de paz se
estabeleceria até um novo tempo de injustiças se reiniciar. Cristo, então,
morreria e com ele seus fiéis. Na Terra restariam os injustos, que seriam
eliminados no fim do mundo.
O “Hallelujah Chorus” é uma obra de coral inteiramente sobre Jesus Cristo. Porém, o “Hallelujah Chorus “, especificamente, é praticamente a trilha sonora para sua suposta segunda visita à Terra. É o fim do mundo como Jesus o conhece: Ele comanda o total extermínio em cima de uma nuvem negra monstruosa enquanto tudo abaixo se colapsa.
Cada peça de música é uma parte da vida de Cristo, do início ao fim até depois do fim. O “Hallelujah Chorus” obteve sua letra a partir do Apocalipse. Estamos todos gritando, enquanto Jesus termina o mundo que nos rodeia. Dizem que quando Handel terminou “Hallelujah Chorus”, foi encontrado chorando. Seu assistente perguntou o que havia acontecido, e Handel respondeu: “Eu pensei ter visto o rosto de Deus”.
Anuncia também a segunda vinda como O Reino Eterno do Cordeiro( coro “Worth is the Lamb”).
A música é linda, divina. Arrepiante. Handel era um gênio... SA
Baseado em: http://www.istoe.com.br/reportagens/184615_O+APOCALIPSE+SEGUNDO+A+BIBLIA+