Páginas

quarta-feira, 23 de março de 2011

Presidente ou presidenta?



Confesso que sempre achei a palavra “presidenta” uma agressão à língua portuguesa, mas o que me preocupava não era exatamente a gramática da palavra, e sim quem iria governar o Brasil nos próximos quatro anos.

O fato de ser uma mulher não me causava espanto. Afinal,  mulher ou homem, todos são seres humanos, com cérebro e poder de decisão o que – com certeza – não iria mudar muita coisa na presidência. Além do mais, o Brasil só havia sido governado por homens até então, e foram eles que fizeram as maiores bobagens na história política.

Outro comentário infundado é admirar o Obama, por ser o “primeiro presidente negro na história dos EUA”. E a cor da pele altera o cérebro? Nada. Gente é gente. E se tiver que fazer bobagem, fará independente da cor da pele e do sexo.

Penso que para o povo brasileiro não faz muita diferença se o termo certo é “a presidente” ou “a presidenta”, pois (desculpem a sinceridade), muitos gostam de votar em candidatos semi-analfabetos...  Prefiro não citar nomes de candidatos que se encaixam nessa categoria.

Vejamos no texto abaixo, retirado do Blog do Prof.  Pasquale Cipro Neto, o que tem ele a dizer sobre presidentes e presidentas:

O que  há em comum entre palavras como "pedinte", "agente", "fluente", "gerente", "caminhante", "dirigente" etc.? Não é difícil, é? O ponto em comum é a terminação "-nte", de origem latina. Essa terminação ocorre no particípio presente de verbos portugueses, italianos, espanhóis...

Termos como "presidente", "dirigente", "gerente", entre inúmeros outros, são iguaizinhos nas três línguas, que, é sempre bom lembrar, nasceram do mesmo ventre. E que noção indica a terminação "-nte"? A de "agente": gerente é quem gere, presidente é quem preside, dirigente é quem dirige e assim por diante.


Normalmente essas palavras têm forma fixa, isto é, são iguais para o masculino e para o feminino; o que muda é o artigo (o/a gerente, o/a dirigente, o/a pagante, o/a pedinte). Em alguns (raros) casos, o uso fixa como alternativas as formas exclusivamente femininas, em que o "e" final dá lugar a um "a". Um desses casos é o de "parenta", forma exclusivamente feminina e não obrigatória (pode-se dizer "minha parente" ou "minha parenta", por exemplo). Outro desses casos é justamente o de "presidenta": pode-se dizer "a presidente" ou "a presidenta".



Como vocês puderam ver segundo o Prof Pasquale que é uma grande autoridade em língua portuguesa, podemos usar a palavra “presidenta” para a nossa presidente. Resolvido o problema gramatical, espero sinceramente que a presidenta seja acima de tudo, muito sensata nos seus anos de governo que ainda estão por vir. Ponto final.



 (Selma)

Nenhum comentário:

Postar um comentário