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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Camille Flammarion e As Casas Mal Assombradas

Nicolas Camille Flammarion nasceu em Montigny- Le-Roy, França, no dia 26 de fevereiro de 1842, e desencarnado em Juvisy no mesmo país, a 3 de junho de 1925.



Dos colaboradores de Kardec, Camille Flammarion foi o que mais valorizou a construção do conhecimento espírita a partir da metodologia empírica e positivista. Como consequência desta sua postura ele passou anos de sua vida buscando fatos, sobre os quais construiu a convicção na imortalidade da alma, na comunicabilidade dos espíritos e na existência de faculdades extra-sensoriais nos homens, o que frutificou-se na Metapsíquica de Richet e posteriormente na Parapsicologia de Rhine.

Esta sua visão de ciência e as suspeitas que passou a ter para com os aspectos filosóficos e religiosos do Espiritismo não o tornaram, contudo, um iconoclasta, aos moldes de alguns críticos contemporâneos do aspecto religioso do Espiritismo. Suspeitando do método de Kardec, Flammarion lançou-se ao estudo continuado da fenomenologia espírita, oferecendo-nos, quando desencarnou, uma obra que tornou mais sólidas as bases científicas da doutrina espírita.

Crítico dos sistemas religiosos e das verdades misteriosas bastante difundidos em sua época, Flammarion se rendia ao espírito religioso e à construção de uma religião natural, sem dogmas, sem mistérios e sem sobrenatural, como o pensava Allan Kardec.

A obra espírita de Flammarion sustentou e alimentou diversas gerações de espíritas em nosso país, foi uma fonte importante nas discussões que o movimento espírita brasileiro teve de sustentar com diversos segmentos científicos e políticos de nossa sociedade para manter o direito constitucional de existir.

Publicou vários livros, dentre eles  “As casas Mal Assombradas” (Les Maisons Hantées), do qual do prólogo  (Espiritualismo e Materialismo) retiro esse texto:

“Jovem rapariga vai ao meu gabinete em Paris, e me entrega o seguinte relatório, do qual omito os nomes próprios:

“”Ao tempo em que nos entrevistávamos pela primeira vez, tinha eu 22 anos e ele 32 anos. Nossas relações duraram 7 e nós nos amávamos com ternura. Um dia ele me comunicou, pesaroso, que a sua situação, a sua pobreza, etc., forçavam- no a contrair matrimônio. Das suas escusas embaraçosas pareceu-me adivinhar o seu desejo de não interromper as nossas relações.
Liquidei, para logo, o penoso assunto e, mau grado o meu enorme desgosto, não mais revi o companheiro. No meu amor único e absoluto, repugnava-me compartir com outra as graças do homem a quem tanto amava.
Mais tarde, por linhas travessas, soube que ele se casara e já tinha um filho.
Passaram-se anos e, uma noite, em Abril de 1893, vi penetrar na alcova uma forma humana. Estatura elevada, envolto num manto alvo que lhe cobria quase todo o rosto, vi-o aterrada, aproximar-se, inclinar-se para o meu leito e colar nos meus os seus lábios. Mas... que lábios! – jamais esquecerei a impressão que me produziam! Não era pressão, nem movimento, nem algo mais que frio... o frio de uma boca morta!
E, contudo, eu experimentei um desafogo, um grande bem-estar, enquanto durou esse beijo. Verdade é , também, que nesse transe, nem o nome  nem a imagem do falecido amigo que assomaram à mente. Ao acordar, pouco me preocupei com o caso, até que à tarde, percorrendo o jornal de (...), li o seguinte: “Comunicam-nos de X... que ali se sucumbira de uma infecção tífica, consequente a excesso de trabalho no cargo que exercia  abnegada e esforçadamente.” Caro amigo – monologuei: - tanto que, liberto das convenções mundanas, vieste dizer-me que era a mim que amavas e continuas amando para além da morte. Também por mim te agradeço e amo-te sempre.
                                                                     Senhorita Z...””


>Eis o fato como se passou. A velha e cômoda hipótese de uma alucinação simples, já não nos pode satisfazer. O que se procura explicar é a coincidência da morte com essa aparição. Tão numerosas são as manifestações desse gênero, que não mais as podemos considerar fortuitas.  Elas indicam uma relação de causa e efeito.< Palavras de Flammarion*




*As Casas Mal Assombradas
Camille Flammarion
Departamento Gráfico da FEB
4ª edição



(Selma) 

2 comentários:

  1. O que a dra. Selma, pessoa culta e inteligente, mas crédula, não colocou nessa mensagem é que Flammarion foi o pseudomédium que recebeu a pseudomensagem do pseudoespírito de Galileu e explicou o motivo de a Lua ter sempre a mesma face voltada para a Terra, que seria um efeito "joão-teimoso" (Galileu ficou burro depois da morte?).
    Saia dessa, dra. Selma. Espíritas, aliás, kardecistas, são problemáticos mentais e sexuais que vivem num mundo imaginário que tecem com mentiras e delírios.

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  2. Foto 3 x 4 da Maletona :

    http://www.americanas.com.br/produto/7354319/malaseacessorios/malas/tamanhop/mala-2506/45-p-em-poliester-preta-di-metallo<>

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