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domingo, 10 de março de 2013

Use o fone de ouvido, colabore para o bem estar de todos

Esse anúncio eu vi ontem, quando estava voltando do Jabaquara para Diadema, dentro de um ônibus movido à eletricidade. Na minha contagem superficial, de cada dez passageiros, pelo menos dois usavam fones de ouvido. Eu achei o anúncio bem inteligente. Lembro da Lilian, reclamando de um passageiro que usava o seu celular para todos ouvirem a sua playlist. Eu já não sou muito fã do fone de ouvido, só uso de noite, quando tenho dificuldade de dormir. No meu celular tenho exatamente 21 músicas, são praticamente as mesmas que sempre ouço desde o começo desse século, quando comprei o Zire 72 da Palm. Mas nunca forcei ninguém a ouvi-los.

Enfim, as coisas mudam. Ontem eu fui na Rua Santa Ifigênia, a meca dos eletrônicos da grande São Paulo. Eu estava atrás de um cabo serial para impressora com nove pinos macho e nove pinos fêmea. Não precisei andar a rua toda, eu consegui o cabo por R$ 35,00 logo na segunda loja que entrei. O rapaz não estava conseguindo encontrar o cabo, e assim ele usou um celular para pedir ajuda.

Do meu lado, estava uma senhora tentando negociar preço de uma bateria externa para o seu iPhone 4, coisa de 75 Reais, se usar o cartão, ou 65 Reais, se em espécie.

Com isso, acabei tendo tempo de sobra para passear na Grande São Paulo, decidi passear a pé, da Praça da República até a Liberdade, coisa que fazia muito quando era adolescente. Muitas vezes eu pegava encomenda da minha mãe, para confeccionar vestidos para Well Sport. Antes disso, na estação São Bento, eu vi um monte de "gringos" (eles parecem peruanos, bolivianos, enfim não dá para saber, pois não estou familiarizado com o dialeto espanhol) vendendo rato de borracha, cachorrinho movido a corda, dvd de músicas com muita flauta, e até pedestre fazendo pose para tirar foto.

Percebi que é mais fácil passear da Praça da República até a Liberdade hoje do que há 35 anos. Naquela época, eu precisava levantar o pé a 20 cm de altura para sair da rua e pegar a calçada. Hoje, você não precisa mais fazer esse esforço, o nível da calçada é o mesmo da rua, aonde existe a faixa do pedestre. Claro que isso feito para pessoas com dificuldade de locomoção, os famosos deficientes físicos. Como eu já tenho 54 anos, sou oficialmente um deficiente físico. Levantar o pé a 20 cm de altura não é fácil não.

Lá na Av São João, eu vi a Casa da Mortadela. Há 35 anos, eu ficava imaginando o quanto é gostoso aqueles lanches feito a base de calabresa, o cheiro dava água na boca. Mas eu era muito pobre. Hoje, continuo pobre, mas tenho dinheiro suficiente para o lanche. R$ 3,50 não é muito dinheiro, só que o sanduíche tem 5 cm de altura por 15 cm de largura. Para comer um negócio desses, você precisa ter mais de 27 dentes. Ou seja, a vida é bruta, lembrando o Amaral: quando temos os dentes, não temos o dinheiro, e quando temos o dinheiro, não temos os dentes. É muito difícil ser feliz na Terra, tomara que os dentes não sejam necessários lá do outro lado dessa vida, se é que ela existe.

Chegando no antigo Mappin, lá eu vi a Casa Bahia, muito bem organizado, não havia mais aquela baderna de 35 anos atrás. Ali na frente, estava o Viaduto do Chá, eu contei uns doze videntes, a maior parte de senhoras, com aquele monte de conchas que haviam fisgado pelo menos três pedestres. Eu não tive a menor curiosidade para saber sobre o meu futuro, com 54 anos, a gente aprende a sobreviver no presente com os poucos dentes que ainda restaram.

10 comentários:

  1. Então ontem o sr.viveu uma bela aventura aqui em São Paulo,parecida com a que eu vivi na sua cidade um tempo atrás(subia,descia,subia,descia,sem parar).
    Faz tempo, não ando nas imediações da pça da República,mas vez por outra,ainda vou na Liberdade.
    Hoje,eu também decidi sair à procura de um ítem de apresentação pessoal,do qual estou precisando.
    Estou perto da Liberdade agora,e tem um hispânico bem aqui do lado,na Lan.

    Eles(os hispânicos) estão em todos os cantos agora,só no templo que eu frequento,tem vários.

    O respeito ao consumidor idem melhorou um pouco na cidade.
    Antes eu nunca encontrava nas gôndolas dos restaurantes,lanches para vegetarianos,agora sempre tem.
    Muitas moças aproveitam para "entrar nos doces" quando saem de casa,eu procuro salgados,sempre.
    E se o queijo derreter,melhor ainda.

    Hã...

    ...hehe!

    Não vai ter poesia agora(é que eu sempre as escrevo nos espaços dos seus textos) porque ficarei uns dias compondo a "Entropia", lírica escrachada que estou inventando.
    Quem achava que para mim isso era difícil,viu que não é...mas eu só não consigo é criar várias de uma vez.
    Daqui a pouco,irei "recuperar o fôlego" e continuar procurando meu item de arrumação.

    Uma boa tarde a vcs.

    Ah,lembrei de uma "pequena viagem" que antes irei fazer.
    Dá uma licencinha,irei escrever o texto aqui.
    Estou numa fase de tentar provocar risadas.

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  2. Esclarecerei aos "avisados e desavisados" que esse texto é falso.(hahaha!)
    Irei criar um caso ficcional de reencarnação,para atrair a presença de um postante,que é o sr.Vaivolta,amigo do Adilson.

    Em minhas ilustres pesquisas históricas(kkkkk...!!) soube que séculos atrás, morou numa cidade importante de Portugal,um senhor chamado "João sem retorno" que era casado com a Maria.
    Um dia,ele cansou da Maria,que era muito briguenta,e foi embora de casa.
    Ele só aparecia de vez em quando,para visitar os filhos,aos quais continuava sustentando.
    A Maria que ainda gostava dele,pedia ao mesmo,

    "_Volta,vai!"

    Ele acabou ficando conhecido como sr."Voltavai".
    Mas ele nunca voltou para a Maria.
    Todos morreram,e o túmulo do sr.João teve a inscrição "aqui jaz aquele que "não volta mais".(hehehe!)
    No século vinte,ele e a Maria nasceram de novo,e casaram.
    Finalmente,a Maria era menos chata,e eles deram certo um com o outro,mas ela passou a viver com medo de perdê-lo de novo,então a cada vez que ele sai para trabalhar,ela diz:

    "_Você vai,mas também volta!"

    Ficou conhecido como Vaivolta,e depois de um tempo,começou a conversar conosco no gd,e agora sempre "volta" para esse blog.

    Viram como descobri mais um caso de "reencadernação"?

    Espero que nosso amigo goste da minha piada de agora.
    É um modo de eu dizer que ele faz falta aqui.

    (kkkkkkkkkkk...)

    Adeusinho a vcs.

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    1. Acho que isso é uma vitória do Adilson. O Sr Vai Volta é mais um cético no mundo, que não acredita em mais nada que foi escrito, não importa se foi escrito por um ser vivo ou ser morto. Com o fim do espiritismo, creio que o próximo passo do Adilson é acabar com o PT, é claro, se ele não acabar com o blogue antes.

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    2. Sobre ouvir música nas conduções.

      O pessoal do restante da cidade,e do meu atual bairro,é mais educado do que o do local onde morei.
      Quase não escutamos rádio nos ônibus.
      Em certo lugar da zona leste,os motoristas das lotações põem seus cds em boa altura, sem perguntar aos passageiros se eles desejam ouvir as canções.
      Teve uma noite chuvosa,em que eu voltava para casa,bem cansada.
      Nessa altura,eu era postante no gd do Terra.

      Entrei na lotação,e tocava o maior sambão.
      Em minutos,a perua tinha mais gente do que o permitido por lei.
      E o veículo começou a andar,com a música na maior altura.
      Imaginemos a cena,
      o paulistano em geral,não gosta de samba.
      Umas cinquenta "almas" ocupavam o pequeno espaço do veículo,e ainda chovia lá fora.
      Não tive dúvidas.
      Desci no meio do caminho,para esperar outro veículo.

      Depois,houveram algumas queixas de passageiros,os fiscais tentaram moralizar a audição de sons nos veículos dali,e não adiantou.
      Não sei como está hoje em dia.
      Há locais na cidade em que as pessoas demoram para "pegar" costumes mais burgueses um pouco.

      Idem tenho uma coleção de umas trinta músicas nos meus mp3s as quais gosto de escutar sempre.
      Tenho muitos mp3s,mas praticamente,são só essas trinta que eu escuto.
      A lista relaciona Begees, black music,disco classic, eletric light orchestra.
      Já sei "de cor" em cada cd,a numeração das canções que eu ouço sempre.
      Talvez,seria bom em alguma hora,eu gravar um cd alternativo,com elas.

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  3. hahahahaha, o Hosaka disse que viu a calabresa e ficou com água na boca, bem que a gente desconfiava já, hahahahaha

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  4. Hosaka San , voce está realmente mais perdido que cebola em salada de frutas e mais por fora que cotovelo de caminhoneiro,hehehe

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  5. sr. Hosaka, sabe porque os funkeiros não usam fone de ouvido ? Celular roubado vem sem .....

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  6. ontem à noite estava relendo algumas msgs desde GD e quase chorei de rir dos apelidos atribuidos ao tal 233 ( -209 ) , senão vejamos : escróque, alucinado, nojento, fanático anti espirita, mente podre, burrão, canalha asqueroso, quevedozeco, nauseabundo, bunda móle, etc. Como é engraçado !

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    1. Triste e arrazado eu ficaria se o analfabeto português, que acredita na NASA e no Chico Xaveco ao mesmo tempo, me elogiasse, o que significaria eu ter a mesma inteligência e cultura que a dele.

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  7. Hosaka, voce que é um cabeça de porongo seco, formado no primário pelo Mobral, aposentado pelo Loas do INSS me responda : o papa que era enrabado pelo guardinha suiço Fritz era considerado infalível. Mas, todavia, entretanto, contudo, ele pediu demissão. Pergunta : ele continua infalível ? hehehe

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