"Mas ai de vós, fariseus! porque dais o dizimo da hortelã, e da arruda, e de toda hortaliça, e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas importava fazer, sem deixar aquelas"
Daqui podemos concluir que só os fariseus eram obrigados a pagar as hortelãs lá na sinagoga, e Jesus repete uma ideia bastante comum em todos os evangelhos: o de que devemos buscar o Reino de Deus mas ao mesmo tempo devemos respeitar as autoridades dominantes no mundo dos homens.
Naquela época, Jesus e seus discípulos estavam pescando homens, mas um fiscal da tesouraria de César lavrou um auto de infração contra os divulgadores da Boa Nova, e Jesus fez uma pausa no serviço, e pediu para os colaboradores pagarem o fiscal com um dia de pescaria.
Na Paróquia Imaculada Conceição tem um cartaz, lembrando os participantes que a missa não é de graça, o que recebemos de graça de Deus devemos devolver uma parte para o Padre Magalhães. O raciocínio da equipe do dizimo é diferente em cada paróquia. Na Santa Tereza, a equipe do dízimo tomava o microfone do Padre José e fazia um pequeno balancete, de quanto a paróquia havia arrecadado, e o resultado poderia ser melhor se os inadiplentes pudessem fazer uma visita na famosa sala dos fariseus.
Eu acredito que a maior dificuldade de entender o dízimo é a mesma dificuldade que temos na hora de separar o que é amizade e o que é negócio. Eu entendo que a Igreja Católica é um negócio, e não uma relação de amizade, daí o dizimo ser obrigatório. Como eu tenho muita dificuldade em ler qualquer texto acima de dois parágrafos, é graças ao trabalho do padre Magalhães é que ouço a Palavra da Salvação em todas as missas, logo eu me sinto moralmente obrigado a retribuir não na forma de hortelã, pois não sou agricultor, mas na forma de dinheiro, ou seja, não há menor fundamento o Dr Esio me chamar de fariseu.
Se Jesus participasse das missas, certamente que ele não pagaria o dizimo, ele simplesmente ficaria no lugar do Sr Bento XVI, e nos ensinaria a construir a estrada da paz, uma gigantesca obra que ainda não fomos capazes nem de enterrar as sapatas, tudo porque o concreto da amizade tem a mesma cor e ligamento de um negócio.
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