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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A fé e o alho-poró

Horta é um local onde de plantam legumes, verduras e ervas medicinais. E ao se plantar tudo isso, o objetivo claro é o de comer as verduras e legumes, de preferência sem agrotóxicos.

Resolvi criar minha horta.
Comprei mudas de alface, repolho, alho-poró, brócolis, couve, rúcula, salsinha e cebolinha.

Trabalhei duro. Isso é bom, pois esse tipo de exercício ajuda a emagrecer e manter a forma.A felicidade maior era saber que poderia então comer produtos livre de venenos usados na lavoura. O objetivo era usar apenas adubo orgânico.

Foram plantados dez pés de repolho, dez de brócolis, muitos de cebolinha e salsinha, dez de alho-poró e quinze de alface.

Passados dois dias  as folhinhas dos pés de repolho e de brócolis começaram a amanhecer no chão. Com muita paciência eu limpava o chão e molhava as plantinhas, acreditando que poderia ser apenas culpa da chuva ou vento. Mas o fato começou a se repetir todos os dias  com os repolhos. Toda manhã amanhecia um pezinho pelado, com as folhinhas no chão. Procurei informações e descobri que poderia ser culpa de um grilo. Mas que grilo estranho... Qual finalidade de cortar as folhinhas e jogá-las no chão?

Restavam apenas três pés de repolho e resolvi a contragosto vaporizar as plantinhas com um produto especial para afastar grilos. Infelizmente teria que admitir a ideia de colocar um tipo de "veneno" em minha horta. 
O produto contra grilos foi um fracasso. Em vez de afastá-los abriu o apetite deles, pois em vez de comerem apenas um pezinho de repolho por noite, na noite que vaporizei o produto, comeram de uma só vez os três pezinhos restantes.

Fiquei triste, mas ainda restavam os brócolis, a salsinha, cebolinha, a rúcula... O conselho dado foi que a proporção usada do produto para misturar com água havia sido muito baixa (embora tenha eu seguido as proporções do fabricante). Resolvi então aumentar a proporção...
Vaporizei todas as plantinhas com o produto novamente. A proporção aumentada teve um efeito devastador. Queimou quase todas as mudinhas de brócolis, retando apenas uma que sobreviveu.

Os pulgões atacaram a couve e até o presente momento resta apenas uma. As lagartas devoraram uma parte das rúculas. As cebolinhas estão crescendo fininhas, sem atrativos. Os alhos-poró sobreviveram. Devem ser bem resistentes.

Lembro da parábola do semeador, contada por  Jesus:

A parábola do Semeador
Um certo semeador saiu a semear...
Foram  plantadas 4 tipos de sementes:
A beira do caminho, terreno pedregoso, no meio dos espinhos e na terra boa.
Avaliação dos terrenos
1)      a beira do caminho: quase impossível germinação, grandes dificuldades para brotar, a semente e pisada e destruída (luc.8.5), as aves comem antes de germinarem.
2)      Terreno pedregoso: fraco, sem força, pouca terra, rápida germinação, raiz fraca por causa das pedras, vulnerável à pragas, vento, chuva e sol e sem umidade ( água, espírito Santo- luc: 8.6).
3)      No meio dos espinhos: os espinhos crescem juntos com a planta e a sufocam impedindo a frutificação.
4)      Terra boa: umidade,raiz profunda, crescimento firme, respiração e frutificação.


Porque Jesus falou através da parábola? Interrogou os discípulos.
Por que existem duas classes de pessoas: as que ouvem e entendem os mistérios e as que não entendem (mt13:11)
Os lugares onde a semente cai são as pessoas e os resultados obtidos são consequentes da fé:


A beira do caminho:
 Alguém que ouve e não entende, alguém pode pisar a semente, roubar a semente, essa é que cai a beira (junto)  do caminho  e nunca germinará. 
Entre as pedras: recebe imediatamente com alegria, mas não tem raiz em si mesmo, é de pouca duração. Qualquer percalço no caminho abala a pessoa e põe em dúvida a fé.


Nos espinhos:
 ouve a palavra, mas: o cuidado deste mundo, a sedução pelas riquezas deste mundo sufocam a palavra e fica infrutífera. 


Terra boa:
 ouve, compreende e dá frutos.



No meu caso a terra é boa, com muito adubo orgânico. As mudas plantadas também eram boas, de excelente procedência. O problema foram os grilos e a medicação errada. Não quero que a minha fé seja como os repolhos, que foram atacados por um enxame de grilos com apetite insaciável.  Ela terá de ser como o alho-poró!




Fonte da parábola:  http://pt.shvoong.com/books/1845319-par%C3%A1bola-semeador/#ixzz2HHyNpCms


SA

5 comentários:

  1. O sujeito tinha uma vida tranquila e feliz. Resolveu um dia largar tudo e virar escritor. Sim, escritor. Um ano depois seu primo o encontra na rua e questiona:
    -E então Frank, já vendeu alguma coisa ?
    - Sim, já vendi a minha casa, meu carro, a TV de 42.....hehehe

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  2. Boa noite, Márcio,

    Eu moro num porão que não é meu, não tenho carro e nem uma princesa para contemplar... por isso é que sou escritor, mas hoje eu vi matéria no Estadão que me fez rir bastante, veja só:

    O PT em seu labirinto

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  3. Realmente, como já dizia meu finado avô, melhor ler bobagem do que ser cégo. Ao contrário do sr., nunca votei no PT, aliás tenho ojeriza por esse seu partidéco, mas temos que reconhecer que a Dilma surpreendeu: botou as manguinhas de fora e tem se saido muito bem. Agora o dilema: quem sai em 14, ela ou o Lula ? Por mim, ela continua. Como dizia o Lula antigamente, 4 anos é muito pouco.Embora cansamos de ouvi-lo dizer que salário não era renda e depois aumentou o tributo, hehehe

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  4. sr. Frank K. Hosaka estou tentando achar aquela cronica do peidufo que o sr. escreveu acho que na época do GD Terra. Quanto o sr. cobraria para republicá-la aqui ? Foi muito legal ler como a srta. Nihil executava um peidufão santo e sonoro ao fundo musical de um piano Fritz Dobbert e utilizando um rolo de papel higienico Néve ! Grato.

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  5. Sr.Maneoggi
    cuidado,não escapole
    não ignore
    essa que não tripudia
    como vai a sua entropia?

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