Pesquisadores da Universidade de Liège demonstraram que os mecanismos fisiológicos disparados
durante EQM levam a uma percepção mais viva, não só de eventos imaginados na
história de um indivíduo, mas também de eventos reais que ocorreram em suas
vidas! Estes resultados
surpreendentes - obtidos utilizando um método original que agora requer mais
investigação - foram publicados na PLoS ONE.(em 27 de março de 2013)
Vendo uma luz brilhante, passando
por um túnel, ter a sensação de acabar em outra "realidade" ou deixar
o próprio corpo são características conhecidas dos fenômenos chamados de "Experiências de Quase Morte"
(EQM), fatos que as pessoas que estão perto da morte pode experimentar em
particular.
Produtos da mente? Mecanismos psicológicos de defesa? Alucinações? Esses fenômenos têm sido amplamente
documentados na mídia e tem gerado inúmeras crenças e teorias de todo tipo. Do ponto de vista científico, essas experiências
são ainda mais difíceis de compreender pois estudá-las em tempo real é quase impossível.
Pesquisadores da Universidade de
Liège tentaram uma abordagem diferente.
Trabalhando
em conjunto, pesquisadores do Cience Coma Group (Dirigido por Steven Laureys) e
da Universidade de Pesquisa Liège ‘Psicologia Cognitiva’ (Professor Serge
Brédart e Hedwige Dehon), olharam para
as memórias de EQM com a hipótese de que, se as memórias de EQM eram somente produtos da imaginação, suas características
fenomenológicas (por exemplo, sensoriais, auto-referenciais, emocionais, etc
detalhes) deveriam estar mais próximas
aos de memórias imaginadas.
Inversamente, se a EQM é experimentadas de um modo semelhante ao da
realidade, as suas características seriam mais perto das memórias de
acontecimentos reais.
Os
investigadores compararam as respostas fornecidas por grupos de pacientes. Um grupo sobreviveu do coma (mas cada um de um modo
diferente) e um grupo de voluntários
saudáveis. Eles estudaram as
memórias de EQM, as memórias de acontecimentos reais e eventos imaginados com a
ajuda de um questionário que avaliou as características fenomenológicas das
memórias.
Os resultados foram surpreendentes. A partir da perspectiva que está sendo
estudado, não foram só as EQMs semelhantes às memórias de eventos imaginados,
como também semelhantes as
características fenomenológicas inerentes às memórias de eventos reais (por
exemplo, memórias de detalhes sensoriais). Esses fatos
foram ainda mais numerosos nas memórias de EQM do que nas memórias de eventos reais.
O
cérebro, em condições propícias a tais fenômenos que ocorrem, é preso ao caos. Mecanismos fisiológicos e
farmacológicos o perturbam, o exacerbam
ou, pelo contrário, diminuem sua capacidade de pensar. Alguns
estudos apresentaram uma explicação fisiológica para certos componentes do EQM,
como sentir estar fora do corpo. Isso
geralmente é explicado por disfunções do lobo temporo-parietal. Neste contexto, o estudo publicado em PLoS ONE sugere
que estes mesmos mecanismos também poderiam "criar" uma percepção - o
que, pode ser assim processado pelo
indivíduo como vindo do exterior - da realidade.
O cérebro poderia estar
mentindo para os pacientes, como em uma alucinação. Estes
eventos são particularmente surpreendentes e muito importantes do ponto de
vista emocional e pessoal. Numerosos estudos têm investigado os mecanismos
fisiológicos de EQM, a produção destes fenômenos pelo cérebro, mas, tomados
separadamente, estas duas* teorias são incapazes de explicar estas experiências na
sua totalidade.
*As duas teorias as quais o texto se refere é esse publicada
pela PloS One e a teoria do lobo parietal provocando alucinações.
Embora existam
teorias fisiológicas e psicológicas para explicar os mecanismos da EQM, ainda
não há uma que consiga explicar todas as experiências relatadas pelos
pacientes, e tampouco o presente estudo oferece uma explicação única para a
EQM, mas sua contribuição é em direção de que os fenômenos psicológicos são
fatores associados aos fenômenos fisiológicos, e não contraditórios.
Traduzido do site: http://www.sciencedaily.com/releases/2013/03/130327190359.htm
Site do artigo original, onde nas referências bibliográficas
você pode ler vários artigos sobre o assunto:
SA
Encontrei muita dificuldade para entender esse texto. As pessoas que conseguiram escapar da famosa luz e que acreditam que viram a si mesmos sobre outro ângulo, isso não prova de forma alguma que temos nenhuma alma, ou se temos alma, não temos como provar que alma tem cérebro. Então, de onde vem a memória dessas imagens?
ResponderExcluirO meu caso é diferente. Eu lembro que acordei numa sala de aula, a professora me informou que houve tumulto no pátio, e uma elefanta caiu sobre mim e acabei desmaiando. Não só não vi nenhuma luz bem como perdi toda a memória da minha vida antes daquele evento. Consegui seguir adiante.
Lá em 1983, estava indo na casa da Márcia de Palma, mas pela janela do ônibus eu vi a Maria conversando com o Edson. Eu ouvi falar do Edson desde 1981, mas só lembro dele em 1983 em diante. Lá em 1984, conversando com a Maria, comentei com ela sobre a minha primeira visita que fiz a ela em 1981, acalentando a hipótese de o Edson estar lá.
"Mas, Frank, o Edson estava lá!" afirmou a Maria.
Eu lembro da Maria, da mãe, do pai, da caçula, da irmã mais velha, e do irmão, e do jogo de futebol que estava passando na televisão numa tarde de verão de 1981, na casa da Maria, mas não vi a luz que iluminava a vida da Maria.
Eu pedi sinceras desculpas para a Maria, mas pelo menos nós dois descobrimos o grande drama da minha vida. Os que conseguem enxergar a luz tem memória boa, o que não é o meu caso, isso acarretou um monte de problemas fisiológicos para a Maria, ela disse que o Edson reclamou um monte com a Maria, quando o problema era eu.
Só no ano de 2000 é que consegui resolver essa questão, quando comprei o meu primeiro celular. Era um Treo 650, o famoso 8199-7091 da Tim. Mudei de operadora, de celular, mas o número continua quase o mesmo, 9-8199-7091. Eu não confio na minha memória, e assim tento viver com o que eu conseguir anotar nele. O problema é eu lembrar de usar o celular. Eu lembro da festa de confraternização dos 70 anos do Sr Walter, a Maria não apareceu, mas eu vi uma foto da Maria no mural das lembranças, hoje me pergunto por que não tirei uma foto daquele mural ou por que não ofereci um sanduíche de frango para a Maria, quando Deus me deu tempo de sobra para fazer isso.
Agora, só me resta suspirar e ouvir essa canção:
Mariah Carey, Without You
Eu também nunca tive uma boa memória,sr.Hosaka,e essa era a grande coisa que eu e o Príncipe tínhamos em comum.
ExcluirNunca lembrávamos.
Só não esquecíamos mesmo,era a cabeça em casa,porque essa não se tira para dormir.(hahaha!)
Mas,andei recentemente tomando um fitoterápico que melhorou a situação,mas que me gerou sintomas de labirintite,que já começam a passar.
Falando em EQM, há pouco tempo atrás,passou uma novela na Globo que contou a história de uma esportista que ficou em coma por quatro anos,e depois acordou do coma,e viu seu marido casado com a irmã,que havia também adotado a filha deles.
Ela precisou aceitar o fato,para continuar vivendo em paz.
Todavia,tal novela cometeu uma grande falha,em meu ponto de vista.
Onde a moça esteve o tempo em que passou dormindo?
Não foi mencionada uma palavra a respeito.
Ela jamais contou sobre sonhos ou sobre alucinações que teve.
Achei a história inverossímel.
Ou ela teve alucinações,ou sua alma esteve mesmo em algum lugar.
Mas,ela "volta ao mundo" e esquece.
Pior que ela nem menciona lembrar ou haver esquecido de alguma coisa.
O melodrama ficou com esse tremendo hiato.
Mas,é possível que a autora gostaria de ter falado nisso,porque estranhamente a personagem,quando sofreu o acidente,era uma menina,e ao acordar,está psicologicamente adulta.
Isso significa,segundo o ponto de vista de quem escreveu a trama,que ela cresceu e amadureceu fora do mundo visível.
Seria bom se ainda apresentassem algum filme,ou novela,(brasileiros,naturalmente) que falassem melhor nesse tema.
Hosaka, acho mesmo que voce sonhou que estava sonhando um sonho sonhado, hehehe
ExcluirRealmente, Hosaka, eu li várias vezes para entender o texto. Mas, resumindo, o estudo foi para ver se o que aconteceu com aqueles que tiveram EQM; se foi tudo fruto da imaginação ou viveram mesmo "uma realidade" numa dimensão paralela. A conclusão foi que a experiência vivida não foi fruto da imaginação, pois apresentava certas características bem mais parecidas com a realidade do que com "sonho".
ExcluirOu seja... Talvez exista vida após a morte. "Talvez".
Abs.
Não consegui abrir a caixa de respostas do texto que publiquei.
ResponderExcluirDesejo dizer que a separação entre palavras na última frase,foi o pc que fez,e não eu.
Não suspeitava que isso ocorreria.
Um bom domingão a todos.
Quê? Não entendi...
ExcluirVou explicar.
ExcluirA última frase que escrevi no texto postado para o sr.Hosaka,nessa página,está com separações longas entre palavras.
Não diagramei assim.
Não sei o que ocorreu.(e nem quero saber,bah.)