Há pouco, eu escutava no rádio,uma entrevista com um médico psiquiatra, que escreveu um livro para os que pretendem controlar o uso de drogas(ilicitas e licitas) e/ou para os que pretendem deixar de ser viciados em alguma coisa quimica.
Iniciativa importante,mas tenho algumas questões para ficarem registradas só aqui mesmo, e que não serão dirigidas a ele,mas às pessoas em geral.
Ele disse que a cafeína é "psicotrópico" lícito, e que diferentemente do que se dizia, não é a maconha a "porta de entrada" para outros vícios,mas que essa "porta de entrada" seria a cafeína.
Que seu uso deveria ser controlado pelo Ministério da Saúde, e que não podemos ingerir mais do que 200 miligramas da mesma por dia.
Que seu uso mais exagerado causa ansiedade,arritmias, nervosismos- especialmente em pessoas mais novas, e em nós mulheres.
Tá.
Mas, eu - Nihil, que nasci portadora de alguns limites mentais, tive que me habituar à muita cafeína para poder turbinar meu aparelho psíquico em minha rotina, ou não teria podido viver.
Não costumo tomar o café propriamente dito, e evito o doce tanto quanto posso evitar,porque nunca gostei.
Tenho uma dieta rigorosa.
Mas, não consigo viver sem chocolate, sem chá preto, e sem refrigerantes com taurina, quando estou muito cansada.
Se estou tomando algum psicotrópico,o consumo desses produtos diminui, se não estou, esse consumo aumenta.
Já foi maior, mas atualmente, com minha ingestão mensal de vitaminas, consegui reduzir essa cafeína para limites mais confortáveis, mas ainda assim, elevados.
Seguinte:
se eu não ingerir esses produtos mais- quem vai me pagar os prejuízos que vou ter pela falta deles,no período da abstinência?
Por que a vida do pobre não é um Spa de dieta.
Tem coisas que não podemos conseguir sem consequências pesadas.
Temos que trabalhar, temos responsabilidades.
Já fiz a experiência de ficar sem chocolate uma vez, e sem tomar vitaminas para atenuar a abstinência- e os resultados foram esquecer a porta de casa aberta na noite seguinte, deixar essa mesma porta tomar uma corrente de ar, e bater no dia seguinte(fiquei apavorada com isso, e pensei em como seria se uma criança tola estivesse com a mão ali naquele momento)- e ainda por cima, emprestar uma chave minha para alguém ir tirar uma cópia(chave da casa) justamente num dia em que não haveria ninguém em casa para facilitar a minha saída para ir buscar uma criança na escola.
Quando dei por mim, estava trancada ali dentro, à revelia, e a criança não havia sido avisada de nada, e sequer ela sabia usar o telefone público para ligar para casa- em caso de emergência.
Tive que ligar, muito nervosa, para a pessoa para quem equivocadamente, eu havia emprestado a chave, para que viesse me devolver, com urgência.
Estamos no mundo,não fora dele.
Uma alteração de hábitos não planejada, sem um antídoto, para pessoas problemáticas- pode resultar em acidentes, desastres,perda de emprego, reprovação escolar,etc.
É fácil para alguns dizerem que temos que aguentar as consequências da "futura virtude"- quando eles não conseguem avaliar que consequências serão essas, é por isso que alguns médicos me irritam bastante.
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Tá bom, se ele ver essa mensagem- ele vai dizer que isso tudo que estou questionando está respondido no livro que ele escreveu.
E que um tratamento adequado ao transtorno de atenção com o tempo, irá diminuir esse meu vício mais inofensivo em cafeína.
Duvido um pouco porém- que o livro dele responda de verdade a todas essas questões.
Muitos desses estudiosos costumam trafegar meio fora da realidade, porque eles sempre tem auxilios que nós- outras pessoas não costumamos ter,com tanta frequência.
Entretanto,claro que tenho tentado começar um tipo de ascetismo nesses meus hábitos, e até agora, está dando certo.
Melhorar a dieta, o modo de vida, medicar transtornos desconhecidos de saúde e tratar da saúde mental, ajuda mesmo a ir diminuindo alguns hábitos adquiridos precocemente, por uma necessidade de sobrevivência.
Entretanto, eu sei que dificilmente algum dia, eu vou deixar de tomar chocolate, logo o chocolate que me dá uma sensação tão grande de conforto, e de "estar em casa", com um mundo sempre igual e seguro em torno de mim.
Nem o pessoal deveria falar tão mal do café, pois precisaria se lembrar que antes que a psiquiatria progredisse um pouco, ele colaborou com a eficiência e com o trabalho de muita gente a favor do nosso país e do mundo.
Até onde eu sei também, os grandes usuários dessa substância costumam ter vários benefícios com a mesma, e entre eles se encontram menos vítimas da doença do alzheimer.
Ou seja, o tanto de efeitos colaterais que a cafeina tem, ela tem - embora uns trinta por cento a menos- mas tem, de beneficios.
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