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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

turbilhão- 559, mala nihil

Relendo o texto "Clowesia 6", relembrei quando aprendi a primeira meditação com um grupo.
Antes, eu já fazia por uns anos as tentativas de prática da meditação zen,e era sempre assim:

com entusiasmo eu praticava por dois meses, depois ficava dois meses sem praticar, e assim eu "ia levando".
Havia aprendido em 1.986, lendo um livro da livraria Brasiliensis- mas ficava irritada com a dispersão do pensamento, com a fome,e com os sintomas físicos que me apareciam nessas horas, e demorei para aprender que essas circunstâncias são normais na meditação,e que com o passar dos anos, elas desaparecem. Elas representariam uma eliminação das tensões físicas e mentais- algo que a meditação faz, ou para o qual ela colabora.

Quando fui aprender meditação transcendental,e só fui aprendê-la(só é possível aprendê-la com os instrutores do movimento religioso do Maharishi)- porque o nome me pareceu mágico, e me sugeriu milagres- eu estava sem praticar o zen,fazia três meses.

Agitada do jeito que eu sempre fui- não consegui ficar sentada para ouvir a primeira aula da instrutora. Eu ouvi tudo o que ela disse, ficando de pé, e foi só no final da palestra que eu sentei para anotar o principal que ela havia falado.
Essa pessoa a quem me refiro é uma excelente criatura com quem vez por outra ainda troco e-mails(e teve  paciência comigo)

Meses depois, eu já conseguia acompanhar toda e qualquer palestra religiosa- ou não,na posição sentada.
Um tempo depois, eu já conseguia ver filmes e novelas, de vez em quando.

Vcs devem estar se perguntando como eu fiz para estudar no meu tempo de escola...eu andava uma hora antes todo dia, numa praça, até ficar muito cansada, assim mesmo da metade da aula para a frente,minha mente divagava, e eu começava a sentir tensão muscular.

Em todos esses anos de práticas religiosas,fui ficando cada vez mais semelhante a todos os cidadãos "normais", comecei também um tratamento médico,mas agora estou sem um psicotrópico que eu estava tomando, e voltei a usar só vitaminas. Nâo me deixo viciar em remédios alopáticos, e só tomo com receita médica.
Estou dependendo da próxima ida ao neurologista, para continuar o tratamento.

Então...voltei a ficar meio xaroposa,não tanto como anos atrás,mas um pouco.

Ando dando esbarrões(tdahs tem dificuldades psicomotoras) - estou meio desarticulada, e tendo esquecimento "chave"-ou seja, de coisas cuja falta costuma causar consequências. Ou seja, esqueço de comprar itens de lista de supermercados, tenho que voltar lá, - se levo objetos para serem dados em algum lugar, acabo não dando o último,por não ter visto, apesar de que estava na bolsa,etc.
No último dia em que fui ao templo religioso,lembrei de tudo,menos do principal,que era levar a conta de preces e o cancioneiro...chegando lá, tive que pedir emprestado.

Acho que também anda me faltando mais organização- pois é fácil chegar à conclusão de que nem o tipo mais atento e inteligente, consegue prosperar, ou ter eficiência diária no meio da bagunça em sua casa.
Faz um tempo que comecei a por uma ordem no "sótão",e vou separar uma pasta para cada tipo de conteúdo importante de alguma seção especifica da minha vida.
Já tenho a gaveta das "coisas religiosas", onde mantenho meus livros, terço e cancioneiros budistas.

Estressante, foi quando eu ia no Terra Pura, umas vezes, eu não ter conseguido localizar a indumentária sagrada, porque eu simplesmente não reconheci um local onde eu a havia guardado muito bem.
Ou seja, eu comprei um guardador bem bonito, coloquei-a ali,para que não amassasse nem se estragasse, e quinze dias depois, ao procurar a roupa,não a achei,porque eu pensei que aquele capote estava guardando alguma outra coisa.(fiuuuuuu...)

Suponho que vou precisar de uns três meses para impor uma ordem "de escritório" aos meus pertences.
Isso para evitar ir ao médico por ex,e esquecer em casa justamente o maior motivo que me levou até lá- que era um exame feito em laboratório.(até isso eu passei em 2.010)

Uma verdade é que precisamos de saúde mental.
A outra verdade em nossa vida,é que sem uma boa organização, nem o Bill Gates prosperaria no que quer que fôsse.
Aquela roupa que eu não levei no templo Terra Pura, para pode me apresentar umas vezes, teria me frustrado menos nessa parte, se eu tivesse anotado com uma esferográfica em seu guardador, qual era o conteúdo que estava ali dentro...

(papos quase provincianos que eu espero que sejam de proveito para alguém)

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