Páginas

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Clowesia 6- mala nihil

(texto de uma série "para ou sobre" o sr.Hosaka)
Textos meus para serem lidos por ele, já que eu sei que ele não "tem tempo' de ler meus outros títulos aqui, e em outros sites.

Eu fiquei incluída digitalmente no começo de 2.005, isso quando meu tdah começou a deixar de me deixar tão irrequieta o tempo inteiro, e quando eu passei a conseguir ficar sentada mais tempo na frente de um pc.

Encontrei nossos ex-sites de conversas, mais de um ano depois, - e em abril de 2.006.
Foi no Uol.
Travei alguns contatos com personagens há muito desaparecidos desses nichos- e um deles,foi o dr.Comé, que mesmo velhinho agora, hoje em dia, goza de boa saúde.

Eu costumava postar no Gd Sociedade, e não falava na minha religião. Eu sabia que havia um gd religioso "por perto" mas não tinha seu endereço de acesso.
Foi no "Sociedade", postando como Táti, que conheci alguns que ainda nos acompanham agora.
Porque os postantes do gd de religião também gostavam do "Sociedade", onde falávamos em cultura, psicologia e em comportamento.

Fiquei conhecendo ao sr.Hosaka pouco depois de ter deixado de ser a Táti, para começar a ser Nihil, porque eu já pensava em começar a falar em budismo.
O sr.Ésio havia me "provocado" com eficiência, para isso.
Ele idem me ensinou a fazer pesquisas na web- nesse tempo eu ainda "patinava" muito nisso.

O sr.Hosaka é igual ao "príncipe", meu amor dos meus catorze anos de idade.(tenho quarenta e seis...)
Absolutamente "sem jeito", só acompanhava ele, não tinha coragem de dizer nada, só comecei a me dirigir ao mesmo, lá por novembro, e ele pensou que eu fôsse um nique do professor Andros.

Todo mundo elogiava ele.
Vi  a Talita dizendo que "queria ser igual a ele,mas que ela, Talita,não ia ficar no Uol, nem em nenhum site em que estivéssemos."
Acredito que ela pensava que falava a verdade,pois quando o Terra acabou, mandei  para ela, nossos novos endereços, e a mensagem voltou.
Ainda assim,eu acho que ela viu, e que qualquer hora, ela aparecerá por aqui.
Mas,voltemos ao outro assunto.

O "fim da picada" para eu, foi ver a Kátia, do centro de meditação transcendental de São Paulo, conversar com ele por lá, usando outro apelido.
Aqui eu estou mencionando o nome real dela, porque sei que esse site não é acessado pela cidade inteira.
Quando aprendi aquela meditação, e frequentei o grupo do Maharishi, tive um atrito com ela- e esse fato, mais minhas discordâncias dos rumos desse movimento religioso, cujo líder morreu há pouco tempo- me fez ir embora de lá.
Eu tinha minhas curiosidades religiosas, queria conhecer a Self Realization Fellowship também, e entendia que apesar de tudo, ia acabar virando budista, o que de fato ocorreu.

Fazia tempo que eu não sentia ciúmes de alguém. Isso durou poucos minutos.
Sim, claro que reconheci a conversa da Kátia, nas missivas que ela escreveu,- o modo dela falar é inconfundível.

Pensando melhor depois, dei risada, pensando que o pobre do sr.Hosaka já tinha um santo a honrar, e que ele não iria querer virar um santo por sua vez, fazendo amizade com aquela moça.(eu a conheci de perto...)

Tempos depois, tendo tomado o gosto pela visita a sites de conversas na web, acessei um gd de meditantes transcendentais no Yahoo.
Me inscrevi, e quando percebi, o gd era da Kátia.
Ela me explicou que havia frequentado por um tempo os gds de religião do Uol, do Terra, e o Sociedade do Uol, para ter uma idéia de como começar um grupo de conversadores- sozinha.

Não acessei mais ao site, e fui excluída do grupo, por não ter mais acessado ao mesmo.

Acredito que já desculpei essa senhora por seus equivocos passados, bem como eu acho que eu já desculpei ao movimento do Maharishi,por sua inadequação à realidade brasileira.
Admito que devo um pouco de quem sou hoje em dia, à prática da meditação transcendental,mas eu não fiquei inclinada a ficar ali para aprender as sete técnicas restantes de meditação por eles ensinada, nem para virar meditante transcendental sidha iogue, como o John Lennon foi.

Encontrei paragens que me pareceram melhores depois, embora eu não subtraia o valor das tentativas dos meus amigos meditantes transcendentais de alcançar o melhor.
Ainda bem que Kátia ali, só tem uma - e ela foi(talvez já tenha mudado para melhor) a exceção à regra que podemos encontrar em todas as religiões.

Todavia, o personagem principal dessa crônica é ou deveria ter sido,o sr.Hosaka.

Dias depois daquela conversa que eu vi entre ambos, ele postou algumas preces cristãs para nós- pois o ambiente estava meio conturbado. Ele agradecia pela semana que havia vivido.
Eu ficava pensando se aquele homem seria talvez, meu "príncipe" usando um nome japonês,mas fui vendo que ele tinha personalidade própria, e um pouco diferente.

Dias depois, fiquei sabendo que o gd religioso do Uol havia sido desmontado.
Todos nossos amigos conhecidos atuais, foram parar lá no Sociedade, onde eu já conhecia o sr.William- com quem de vez em quando eu falava, já com meu apelido de Nihil.
Com ele,nesse tempo, por timidez, costumava dizer uma ou duas frases, às quais ele sempre replicava, com sua cortesia costumeira.

Entretanto, entre todos esses personagens "novos" na casa "Sociedade", eu vi um que escreveu um texto que me deixou meio fora de controle.

"não acredite em céus,purgatórios, em deuses, nem em antideuses. Religião é coisa de criança, e de tolinhos.
Não votem em políticos errados.
Pena de morte para bandidos,ou prisão perpétua,etc..."

Anos antes de viver meu primeiro amor, em 1.980,- eu havia tido um amigo, cujas expressões eram as últimas, e que foi alguém com quem fui retomar o contato quarenta anos depois.
Suponho que se eu e ele tivéssemos crescido juntos, eu teria ficado dividida entre ele e o "príncipe" - quando eu conhecesse o segundo.

Pois bem.
Essa história acabou acontecendo,como ocorrem todos os carmas inevitáveis.
Fiquei fascinada pelo professor Andros, mas me contive, e só fui procurá-lo em agosto de 2.006, quando todos os sites do Uol foram desativados.

Mas, enquanto ficava por lá, já me mostrando como sou agora, e conversando desembaraçadamente com o Teacher, ficava sempre pensando onde o sr.Hosaka estaria então.
Porque ele desapareceu por uns meses.
Ele voltou em novembro, mais ou menos.

Nos primeiros seis meses em que falei com ele, ele nem respondia- e preferia comentar meus textos com o  professor Andros, porque achava que haviam sido escritos por ele.
Suponho que foi lá por abril de 2.007 que ele começou a ver que eu era uma pessoa real, aí não sei porquê- ele criou o André Pegnoratto, talvez porque ele queria conversar comigo usando uma linguagem semelhante à minha.

O André Pegnoratto, durou um ano no site, e foi um personagem bem agradável para bate papos, mesmo porque levei uns meses para suspeitar que ele era um "joão" do sr.Hosaka.

Isso aí.

Essa foi minha seção nostalgia de hoje, e para essa semana.

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

3 comentários:

  1. Virei um babuíno! Tinha visto no Discovery Channel que os babuínos, para se defender, cagam na mão e arremessam nos seus inimigos. Ficam lá, em cima das árvores, mostrando seus dentes afiados e arremessando bosta. Essa era a saída. Escalar o prédio da Fiesp e arremessar merda na humanidade. Eu podia, naquele momento, já que me transformara num babuíno agressivo. Era estranho lá de cima, aquele mar de luzes e cimento e carros, e ao mesmo tempo tudo parecia tão vazio. Foi quando senti um tranco. Algo começou a me levar cada vez mais para o alto, e tudo foi diminuindo, a Terra foi ficando longe, e de repente estava sentado numa mesa na Lua. Várias pessoas na mesa, mas estava um pouco escuro e não conseguia ver todos os rostos.

    - O que tá rolando?
    - Se acalma!
    - Tô calmo pra um babuíno cheio de Salinas na cabeça. Quem é você?
    - O Nazareno!
    - Conta outra!
    - Sou Jesus, porra! – falou bravamente, abrindo uma garrafa de vinho. Um Pinot Noir safra 2003 originário do Valle Central no Chile.
    - Até que, pra um pobre pastor de ovelhas, você bebe bem.

    Ele esticou o braço pra pegar uma taça pra mim, e percebi a marca na sua mão. Uma cicatriz horrenda, que acabara com as linhas da palma da mão. Se fosse paulistano, teria a sorte de dar desculpa pra alguma cigana no centro da cidade. “Não tenho passado, nem futuro.” Meus olhos foram se acostumando com a escuridão, e percebi que havia mais pessoas na mesa.

    - Quem são esses?
    - Aquele ali, de cavanhaque e cheio de luz, é o Kardec. O gordinho sorridente se chama Sidartha Gautama, mas pode chamá-lo de Buda. O de barba e turbante, fumando haxixe no narguile, é Maomé. Aquele contando moedas é Abraão. E esse monte de negrão pelado é orixá de candomblé.
    - E eu? O que vim fazer aqui?
    - Convidado de honra. Seu ódio pela humanidade estava transcendendo, então resolvemos te chamar pruma conversa.
    - Cacete, Jesus! Se vocês não conseguem controlar seus seguidores, vão conseguir acalmar minha alma perdida? Aí, Maomé, já que você não vai até a montanha, passa esse narguilê pra cá. Pela sua cara anestesiada, esse haxixe deve ser do bom.
    - Hum?
    - Tá lesadão!
    - Hum?
    - Passa logo isso aí.

    Maomé passou o narguilê, e tudo ficou mais claro pra mim. Buda estava com seus dedos pequenos e fofos engordurados pelos franguinhos fritos que não parava de devorar. Fiquei com vontade de saber o motivo de tanto sorriso. Dei uma cutucada no seu barrigão e perguntei qual era a graça. Ele chupava os ossinhos e continuava sorrindo.

    - Qual que é a desse cara, Jesus? Diz aí, já que você é o mediador aqui.
    - Gosma de sapo verde e sexo tântrico. Ficou abobado.
    - Percebi! Passa mais desse vinho.
    - Você bebe bastante!
    - É, manda mais! Todos vocês usavam umas paradas estranhas. Pra enxergar Deus, receber 10 mandamentos, construir arca, subir ao céu com sei lá quantas virgens, atingir o nirvana. Isso é coisa de drogado. Coisa pesada. Junky total. Olha o estadinho do Maomé, nem consegue falar, fica com o olhar perdido. E o Kardec fica vendo espíritos, e os negrões dançando pelados, nesse transe todo. Timothy Leary é Deus?
    - Não fala assim Dele, seu filho de uma puta!

    Jesus ficou puto e deu um soco na mesa. Tudo voou. A garrafa de vinho tombou, o narguilê de Maomé caiu no chão e espatifou, e o deixou irado. Mas Buda estava tranquilão. Chupava os dedinhos engordurados e sorria. Jesus continuou enfurecido e deu um soco na nuca de Buda, que fez com que desmaiasse em cima de um prato cheio de ossinhos. Eu fiquei na minha, observando toda aquela cena bizarra, de líderes religiosos se pegando na porrada, e um bando de negrões nus, com suas enormes picas de fora chacoalhando, dançando como se nada estivesse acontecendo.

    ResponderExcluir
  2. Virei um babuíno! Tinha visto no Discovery Channel que os babuínos, para se defender, cagam na mão e arremessam nos seus inimigos. Ficam lá, em cima das árvores, mostrando seus dentes afiados e arremessando bosta. Essa era a saída. Escalar o prédio da Fiesp e arremessar merda na humanidade. Eu podia, naquele momento, já que me transformara num babuíno agressivo. Era estranho lá de cima, aquele mar de luzes e cimento e carros, e ao mesmo tempo tudo parecia tão vazio. Foi quando senti um tranco. Algo começou a me levar cada vez mais para o alto, e tudo foi diminuindo, a Terra foi ficando longe, e de repente estava sentado numa mesa na Lua. Várias pessoas na mesa, mas estava um pouco escuro e não conseguia ver todos os rostos.

    - O que tá rolando?
    - Se acalma!
    - Tô calmo pra um babuíno cheio de Salinas na cabeça. Quem é você?
    - O Nazareno!
    - Conta outra!
    - Sou Jesus, porra! – falou bravamente, abrindo uma garrafa de vinho. Um Pinot Noir safra 2003 originário do Valle Central no Chile.
    - Até que, pra um pobre pastor de ovelhas, você bebe bem.

    Ele esticou o braço pra pegar uma taça pra mim, e percebi a marca na sua mão. Uma cicatriz horrenda, que acabara com as linhas da palma da mão. Se fosse paulistano, teria a sorte de dar desculpa pra alguma cigana no centro da cidade. “Não tenho passado, nem futuro.” Meus olhos foram se acostumando com a escuridão, e percebi que havia mais pessoas na mesa.

    - Quem são esses?
    - Aquele ali, de cavanhaque e cheio de luz, é o Kardec. O gordinho sorridente se chama Sidartha Gautama, mas pode chamá-lo de Buda. O de barba e turbante, fumando haxixe no narguile, é Maomé. Aquele contando moedas é Abraão. E esse monte de negrão pelado é orixá de candomblé.
    - E eu? O que vim fazer aqui?
    - Convidado de honra. Seu ódio pela humanidade estava transcendendo, então resolvemos te chamar pruma conversa.

    ResponderExcluir
  3. Eu tinha certeza de que esse meu texto "politicamente incorreto", e menos moralista do que os outros que costumo escrever, iria fazer mais alguém se manifestar.

    Eu gostaria de saber que o sr.é o sr.Orozimbo- aquele postante que sempre implicava com o professor e comigo- mas que costumava postar poesias e trechos da literatura mundial.

    O sr.poderá pedir a senha de acesso ao site por e-mail,para a Selma,para começar a postar mensagens em destaque.

    Que saudade do senhor!

    ResponderExcluir