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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Programado para morrer

O Estado de S Paulo comenta hoje sobre um documentário que fala sobre a obsolência proposital dos produtos que são fabricados, focando como exemplo o iPod da Apple. No meu caso, eu já tive dois iPhones, o iPhone 3 que passei para a minha sobrinha, mas ela acabou sendo roubada, e agora o iPhone 4. O documentário afirma que isso é outra forma de matar o produto, induzindo o consumidor a comprar produtos recem lançados por ter novas opções tecnológicas. Nos Estados Unidos, por exemplo, o iPhone 4S vem com um programa chamado Siri, ele usa a conexão da Internet e faz o aparelho funcionar à base de reconhecimento de voz. No Brasil, como a conexão com a Internet é uma das piores do mundo e a língua portuguesa é uma das mais complicadas do mundo, o Siri vai acabar sendo um péssimo negócio para o consumidor brasileiro, mesmo assim muita gente acabou comprando esse produto. Enfim, o documentário denuncia o consumismo e questiona a ética das indústrias, bem como dos seus consumidores, e traz uma questão complicada - o problema não é a ética da indústria e nem do consumidor, mas a durabilidade do produto imprestável. Vamos supor que a Apple projetou o iPhone para durar apenas seis meses para garantir os seus lucros fabulosos: o consumidor vai jogar fora o produto que não presta, mas quanto tempo o iPhone vai levar para ser dissolvido no meio ambiente?

Por enquanto, estamos empurrando todo esse lixo para debaixo do tapete da Terra, mas não é mais possível esconder tudo isso. O ar que respiramos lembra bastante o enxofre prometido pela Bíblia, na ocasião da segunda morte; passear na praia tornou-se uma diversão perigosa, onde é mais frequente o caramada voltar da praia com uma gostosa coceira de uma micose difíficil de tratar.

Enfim, eu acho bastante difícil mudar a nossa forma de produzir e de consumir, mesmo sabendo que a nossa sobrevivência nesse planeta está com os dias contados. Por outro lado, essa nova geração que vem chegando e tocando o Funk em vários decibeis que não conseguimos suportar pode mudar tudo isso e salvar o planeta do consumismo predatório e implantar o neofeudalismo, onde só vamos produzir o que é necessário para a nossa existência, vamos fechar todos os MacDonalds e viver só de alface, sem sal, azeite ou pimenta. Vamos fechar a Apple, e em lugar de torpedo, email, vamos falar pessoalmente com o profeta 233, que vai lembrar que todos os nossos pecados já estão perdoados, mas ninguém vai escapar do destino de virar pó, ou seja, o Pai nos fez biodegradáveis, o que mostra que o Pai ama mais a Terra do que os seres que lha habitam.

O link do documentário é esse: O Estado de S Paulo

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