Em função de algumas observações, considerei que poderia traçar basicamente o seguinte quadro:
- Crença religiosa: quando a nossa posição é em função de fé que se tem em algo, sem que aquela posição seja alterada por fatos, pela razão ou pela lógica;
- Posição decorrente da Filosofia: quando a nossa posição é em função da observação de fatos e de raciocínio lógico, sempre ouvida a razão;
É a razão que nos impede de considerar que a luz fez curvas no caso abaixo, mesmo vendo a curva, se estivermos sobre a superfície da Terra.
- Filosofia moral (algumas vezes chamada de Ética, mesmo sabendo que moral é algo passageiro e determinado por fatores geográficos e culturais, e que Ética é o que pode ser considerado adequado em qualquer época e local - a escravidão já foi considerada moral, mas jamais pôde e jamais poderá ser considerada ética): cuida do que pode ser considerado atitude ou postura elevada ou nobre e do que é torpe e vil, o eterno conflito entre o bem e o mal, em que se valida ou não o comportamento de seres racionais.
- Filosofia natural: parte da filosofia que estuda a natureza, que em grego é física, nome pelo qual passou a ser conhecida nos últimos dois séculos. Tanto que o famoso livro de Newton é “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”, (Princípios Matemáticos de Filosofia natural) em que as leis naturais foram tão bem explicadas matematicamente que esta área da Filosofia tornou-se independente e hoje só usa números e equações;
- Matemática: parte da filosofia natural, que teria começado como misto de geometria e lógica e, aos poucos, foi expandindo-se e separando-se. É uma representação abstrata da realidade, o que a torna um tipo de linguagem que pode ser verbal ou escrita, que tem por finalidade auxiliar seres racionais a assimilarem mais facilmente, produzirem resultados e a trabalharem com quantidades, valores e dimensões (tamanhos). A matemática escrita usa de simbologia (ou notação) própria para representar a realidade física ou imaginária e fazer operações lógicas entre elas. Como exemplo de realidades imaginárias temos o conceito de infinito, o qual não existe na natureza e tudo o que dele é deduzido ou gerado através de operações matemáticas (que no fundo são operações de lógica aplicadas a quantidades, valores e dimensões). Assim, a matemática se torna um misto de lógica com linguística em que os resultados são considerados exatos e inquestionáveis (pois dizem que os números não mentem a não ser que passem algum tempo na companhia de contadores).
Desta maneira, uma pessoa ou grupo destas pode ser caracterizado como pertencente a um destes modos de pensar e de se posicionar em relação a uma série de questões.
Neste caso, em que categoria colocaríamos uma pessoa que acredita que uma carta de baralho que ele viu caindo com apenas uma das faces para cima não representa a realidade, e sim o resultado de uma equação que muito pouca gente entende, e que diz que aquela carta caiu com as duas faces para cima ao mesmo tempo em realidades superpostas quanticamente, como a física atual leva seus seguidores a considerar?
Se ele não usa fatos e a razão como critério, zomba do bom senso e da lógica, filósofo ele não pode ser, pois desdenha da razão. Se não é filósofo, não pode ser filósofo natural, ou físico.
Como suas conclusões são decorrentes apenas de convenções utilizando representações idealizadas da realidade, através de números e termos de equação, então ele é apenas um matemático.
Nem geômetra pode ser considerado, pois suas conclusões não são geometricamente consistentes, ou seja, não são possíveis de ser desenhadas ou espacialmente distribuídas mesmo com sistemas de representação em 3D.
Outro detalhe interessante é que na situação em que se encontra o que é atualmente considerado conhecimento científico, em que cada qual pode e deve escolher se a luz será vista como onda ou como partícula naquele momento, se a gravidade é coisa de grávitons ou de empenamento de espaço-tempo, se o fóton estava em um ou dois lugares depois do experimento realizado e coisas do mesmo tipo, então quem assim procede dota sua posição em função de fé que se tem em algo, sem que aquela posição seja alterada por fatos, pela razão ou pela lógica. Esta posição é a de quem tem uma crença religiosa e não a mente de um cientista ou filósofo.
Pois a palavra “filosofia” indica alguém que é amigo da sabedoria, “ciência” é conhecimento (em latim) e a epistemologia é o estudo do conhecimento, parte da filosofia. O que deveria fazer de todo cientista um filósofo e, quando estudando a natureza, um filósofo natural.
Ou seja, os que hoje são conhecidos como físicos não podem ser considerados filósofos, naturais muito menos, por desdenharem de fatos, do bom senso, da lógica e da razão, atendo-se à uma representação da realidade manipulada logicamente sem crítica e sem confirmação por experimentos e resultados observáveis pelas pessoas em geral nas mesmas condições.
Por outro lado, um sofisma é quando uma conclusão aparentemente oriunda de raciocínio lógico perfeito é decorrente do uso de convenções e representações imperfeitas e produz, com isto um resultado pseudo-verdadeiro, contrário às bases primordiais e aos fatos.
Isto me faz remeter o atual pensamento científico, além de matemático e crença religiosa, à desprestigiada categoria de sofisma, se bem que muitos se orgulham dela e ela hoje domine o mundo, pois o direito positivo sobrepujou o direito natural e as doutrinas e ideologias dogmáticas dominaram as mentes e os corações em oposição às que se submetem aos fatos e à razão.
Paz e Felicidade à todos,
Um aprendiz
Apenas a Verdade prevalecerá
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