Pega-se uma carta de baralho e tenta-se equilibrá-la sobre a borda em cima de uma mesa.
De acordo com a equação de Schrödinger, a carta cairá simultaneamente para os dois lados, direito e esquerdo.
Quando se põe em prática esse experimento com uma carta verdadeira, o que se vê é que ela cai para a direita ou para a esquerda, aparentemente ao acaso, e nunca para a direita e para a esquerda ao mesmo tempo, como a equação de Schrödinger quer nos fazer acreditar.
Mas os físicos atuais dizem que a carta caiu para os dois lados ao mesmo tempo e que esta é a realidade, a que chamam de coerente, e o que observamos é chamado de incoerente.
Nem mesmo o Schrödinger, o autor da equação, concordava com a interpretação que os partidários desta e de outras interpretações não determinísticas de sua equação, conhecidas como interpretações da teoria quântica.
Mas o mais sério é a questão da violação do conceito do que seria a realidade.
Pois a antes indiscutível sentença que diz que contra fatos não há argumentos foi discutida, questionada, contestada e invalidada.
A sentença que passou à almejada condição de indiscutível (para eles) foi algo como a desproposital “contra equações não há argumentos”, afirmando orgulhosamente que números não mentem (estes caras nunca deixaram números na companhia de um contador por alguns minutos para ver como eles aprendem a ficar mentiroooosos).
Ou seja, para estas pessoas, consideradas o supra sumo da intelectualidade humana, a realidade deixou de ser o que observamos de maneira convencional e solidária, passando a ser o que as equações afirmam.
É por estas e outras que acredito que os extremos se encontram e que, quando Einstein disse que haviam apenas duas coisas infinitas, a "esperteza" humana e o universo, sem ter tanta certeza quanto ao universo, eu acho que ele acertou na mosca.
Outro detalhe a ser levado em consideração é o que é conhecido como experimento de "escolha retardada": não apenas um fóton pode estar em dois lugares ao mesmo tempo como também o experimentador pode escolher, depois do acontecimento, se o fóton estava em dois lugares ou somente em um.
Ora, onde se pode escolher em que se acredita é nas religiões, e não na Ciência. A pessoa que está no papel de pesquisador que faz um experimento e que pode escolher, depois do experimento realizado (!), o resultado que o experimento produziu, não é mais um pesquisador, pois não se submeteu à realidade dos fatos.
E sim escolheu qual seria a realidade.
Além destas “artes”, fazem experiências com a luz escolhendo antecipadamente se ela será onda ou será partícula. Mas que coisa ridícula!
A luz faz parte da realidade objetiva e ela é o que ela é, independentemente de nossas escolhas, ela é uma entidade em si e não uma abstração de nossas mentes mancas.
Se não sabemos o que ela é, melhor dizer que não sabemos em vez de dizer que ela é duas coisas diferentes entre si.
Com isto simplesmente estão dizendo que uma coisa é diferente de si mesma no mesmo período de tempo, o que, anteriormente, seria suficiente para o sujeito não ser levado a sério e, se teimasse, escrevesse, assinasse e publicasse, para interná-lo em um sanatório.
Mas agora, como os extremos se encontraram, ganham prêmios Nobel e são chamados de gênios.
E nós, incapazes de compreender as indecentemente complexas equações, acreditamos, ou fingimos que acreditamos, para não passarmos por burros em dizer que o rei está nu, só porque ele está coberto de equações que ninguém também vê.
Enquanto preferirmos um sujeito coberto por uma equação a um coberto de razão, veremos o rei nu e teremos de fingir ver equação que nunca alguém viu.
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