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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Blu-Ray: Larry Crowne, o amor está de volta

Tom Hanks e Julie Roberts fazem o papel de aluno e professora numa universidade comunitária, uma espécie de Sebrae mas no estilo americano. O tema central é bem óbvio, o aluno e a professora se apaixonam, mas para o telespectador apreciar esse romance água com açúcar, ele se vê obrigado a assistir as aulas também, e é bem difícil de você não ficar envolvido com os personagens que surgem ao longo do filme, que vive num país em um momento bastante difícil.

Há coisas que detestamos fazer por parecerem rotineiros demais, mecânicos demais, mas expressar essa rotina em palavras, olhando para as pessoas ao seu redor, sem dar atenção a uma pessoa em especial, faz com que o seu talento não seja motivo de apatia, pelo contrário, ele pode até garantir a sua sobrevivência. Ou seja, é muito difícil abrir mão de vários troféus que conseguimos no passado, e começar do zero, tudo é mais lento, mas nisso é fácil perceber que sobra mais tempo para pesquisar e estudar, e encontrar dentro de nós aquela velha esperança de que podemos fazer mais. Achei o filme belo e bastante oportuno nessa era de tantas incertezas.

Para quem é fã de Jornadas nas Estrelas, tenho certeza que você vai amar esse filme. Não é um filme de ficção científica, mas um dos atores é um velho conhecido da tripulação da USS Interprise, e ele dá aula de Economia Básica I.

Mas eu prometi ao Dr Esio que a crônica dessa noite falaria sobre confiança. Tudo começou há dois dias, quando o Dr Esio mandou notícia sobre o AVC que atingiu Raul Teixeira, um dos maiores divulgadores do espiritismo no Brasil. A matéria dizia que ele queria voltar ao Brasil, o que eu achei um absurdo, não há como saber o que uma vítima de um AVC quer dizer aos familiares, só mexendo a cabeça. Tentei procurar mais a respeito em O Estado, no Folha de S Paulo e no Globo, mais detalhe sobre o Raul Teixeira, e não encontrei nada. O Dr Esio disse que essas fontes não são confiáveis. Então, eu vou confiar em quem?

Dr Esio ficou alterado, e concluiu que não era para confiar em mim mesmo, posto que nunca consegui sequer um abraço da princesa. Creio que a essa altura, o Dr Esio já deve estar com cento e trinta anos, ele esqueceu que todos devemos desencarnar. Apesar do tempo ter passado, o Dr Esio não mudou em nada.

Mas confiança em mim mesmo, isso é um tema novo, e confesso que o Dr Esio conseguiu me pegar de calça curta. Na maior parte das vezes, eu aprendi a confiar no noticiário da família Mesquita, mas nunca tentei confiar em mim mesmo. Creio que muito das lições do Padre José e do Padre Magalhães me ensinaram também a confiar mais nos Evangelhos. Ou seja, sempre parto do princípio que nada sei e nada saberei se não souber como ir além do segundo parágrafo, logo não há nada dentro de mim que posso me valer para confiar, nem mesmo a lembrança de um abraço que não houve vai me ajudar em nada.

Eu tenho pouca confiança em mim mesmo, e o meu medo é passar esse defeito aos demais participantes. Mas, lembrando os bons tempo do UOL e do Terra, onde o Dr Esio esbanjava a sua autoconfiança, qualificando quem atravessasse o seu caminho de analfabeto ou coisa pior, acho que esse defeito que eu tenho me ajuda a ser um leitor do Robson, do William, do Sr Joseph, da Srta Nihil, da Dra Selma, do Adilson, do Vai-Volta, muitas vezes eu não comento, mas aprecio com o meu silêncio a admiração que tenho pelos demais: Graças a Deus, eu não sou o único que escreve barbaridades por aqui.

5 comentários:

  1. E eu li suas últimas crônicas,sr.Hosaka,mas não tive tempo de registrar meu apreço a elas.
    Não sou um grande exemplo de confiança em mim mesma,mas disfarço isso.
    E não falo com ninguém sobre o Príncipe,hoje em dia,tirando vocês,é claro.
    Segredos doces,são melhor desgustados no silêncio.

    Esse filme me lembra um texto que escrevi aqui, entitulado "quando um poeta me deu a chave do sótão".
    Deve ser legal.(o filme)

    Um boanoitão a vcs.
    (preciso ver há quantas páginas não mando as orquídeas)

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  2. “Creio que a essa altura, o Dr Esio já deve estar com cento e trinta anos, ele esqueceu que todos devemos desencarnar. Apesar do tempo ter passado, o Dr Esio não mudou em nada.”
    -~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~~-~-~-~-~-
    Não evoluiu? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
    Caraca! Você é muito venenoso.
    Eu gosto mais de ler suas crônicas quando ela sai do politicamente correto e você diz o que quer dizer.
    Queimar seu braço na churrasqueira você não quer, mas esconder golpes demolidores em suas crônicas...esta ficando muito bom nisto.
    Frank Sam, venha para o lado negro da Força...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA [seja mais vezes politicamente incorreto]

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    1. Sr.William (hohó!_depois postarei esse arquivo para o sr.) o sr.Hosaka se expressou assim sobre o sr.Ésio,porque ele não existe.
      É outro "joão bobo".(talvez,da Princesa)
      Foi criado para incentivar conversas sobre o espiritismo em salas de discussão.(o dono do nique esperou com essas prosas decidir se virava ou não espírita)
      Atualmente,com o blog sem tantos leitores e sem tantos comentaristas,ouso dizer a "novidade".(antes não dava para contar)
      Duvido que ele ainda se apresente no fórum de espiritismo.
      Aprendi pela experiência que ninguém tem paciência para manter um "nique fajuto" para sempre.

      (O Adilson,o Contravocê_entre tantos outros,sumiram)

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  3. Você sabe quantos portuguêses sao necessários para afundar um submarino?

    Dois! Um bate na porta e o outro abre!

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  4. Um comediante explicou que só tinha piadas de português, e alguém da plateia observou:
    - Mas o senhor esqueceu que estamos em Portugal.
    - Isso não tem importância: eu vou repetir tantas vezes quanto for necessário!

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