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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Penso, logo há múltiplas existências

Outro dia eu disse aqui que é muito mais complicado hoje em dia alguém duvidar da relatividade e da quântica, símbolos máximos da "sabedoria" humana neste início de século e milênio.

E eu, um simples aprendiz, duvido, questiono, contesto e as ataco, sem a menor cerimônia ou constrangimento, fazendo a máxima questão de assinar com o meu nome correto, para depois não ser incluído na lista dos que acreditavam ou defendiam (Deus me livre) tais teorias (mesmo um aprendiz precisa zelar pela própria reputação, ou seja, posso ser aprendiz mas não acredito em qualquer coisa que digam, mesmo que seja um mestre que estiver dizendo).

Se tivesse uma crença religiosa, seria tão simples assumir, muito mais do que ser um crítico das mais afamadas teorias científicas da atualidade.

Já conversei com físicos, engenheiros, geólogos, biólogos, médicos e outras pessoas da comunidade acadêmica que têm suas crenças religiosas sem nenhum conflito.

A lista de pessoas religiosas que deram grandes contribuições para a ciência moderna e para o conhecimento humano é enorme.

Apenas para constar, temos Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Agostinho, Tomás, Anselmo, Copérnico, Vico, Kepler, Galileu, Berkeley, Espinosa, Hegel, Schopenhauer, Leibniz, Descartes, Newton, Kant, Pascal, Pasteur, Lemaitre e Gödel, dentre outros. Seria tão simples dizer que penso da mesma forma que um deles.

Do mesmo modo publiquei aqui e em outros locais que se não tivermos múltiplas existências não há possibilidade de Justiça.

Pois a Justiça exige igualdade de tratamento, oportunidades e condições.

E a mais simples operação possível é a verificação de igualdade. Por menos que se saiba, sabemos que o que é diferente não tem como ser igual. E que não é.

Por mais que se tente maquiar as coisas, não há como uma pessoa que nasce cega, débil mental, com problemas congênitos, em situação de extrema pobreza e ausência de recursos seja igual a uma que nasce em berço de ouro, saudável e inteligente.

Isto não tem como ser. Pois o que é diferente não é igual e disto não há como alguém duvidar.

Se Deus criasse cada alma no instante da concepção e concedesse a estes seres o destino que têm, imaculados e sem nada que os pudesse diferenciar, pois as almas teriam sido criadas no mesmo instante, não haveria como haver Justiça, nem a mais mínima e ínfima, quanto mais a suprema Justiça que é inevitavelmente atributo daquilo do que nada se pode pensar de maior e melhor, ou seja, de DEUS. 

Além do que, ao fabricar uma alma novinha em folha e dar para um ser humano que fosse fruto de uma violência sexual ou de um adultério, isto transformaria nada mais nada menos do que DEUS em cúmplice, o que é IM-POS-SÍ-VEL.

Por estas e outras eu não preciso crer em Deus, eu não preciso crer nas múltiplas existências, eu apenas constato logicamente, e emito uma sentença lógica inquestionável, de que tanto Deus existe como a Sua necessária Suprema Justiça produz múltiplas existências para cada ser.

Pois a diferença de cada oportunidade e de tratamento só pode ser fruto de situação anterior, o que produz tratamento igual para iguais e diferente para diferentes, na exata medida de suas diferenças, ou seja, tratamento justo, sem o que Deus não pode ser aquilo do qual nada se pode pensar de maior ou melhor, ou seja, Deus não poderia ser Deus.

O que pode ser escrito da maneira abaixo.

Se,

Deus existe,

se,

Deus, para ser Deus, tem necessariamente que ter todos os atributos elevados em sua máxima amplitude possível, de maneira harmônica e equilibrada, de modo e maneira que a máxima elevação de um atributo não interfere ou atrapalha aos demais maximamente elevados atributos, de forma exata precisa e justa, o que necessariamente inclui a Justiça, de modo que

Deus é supremamente justo,

se,

existe desigualdade de tratamento, chances e oportunidades a cada ser humano, já em seus primeiros instantes de vida,

se,

este tratamento, dado pelo próprio Deus ou sob seu pleno controle, é dado a quem, nesta vida, não teve condição de nada produzir que justifique tal tratamento diferente, porque nada fez, nada sabia, nada era antes disto,

e se,

diferente tratamento só pode ser dado a seres diferentes por alguém justo,

então,

Não há como haver apenas uma vida para cada ser humano,

ou,

Há múltiplas existências para cada ser humano.

Como anteriormente demonstrado logicamente, se a existência de Deus é decorrência imediata e inquestionável do simples fato de eu pensar, o que já aqui publicado nos textos Penso, logo Deus existe! e Resumo da ópera 1: penso, logo Deus existe, e se a existência de Deus implica necessariamente em atributos maximamente elevados para Ele, conforme foi aqui também publicado no texto Sobre os atributos de Deus,

podemos resumir isto na sentença lógica


Penso, logo Deus existe, logo Deus é Justo, logo há múltiplas existências.


Ou, simplificando,


Penso, logo há múltiplas existências para cada ser humano.


Mais uma vez estou considerando que usei de premissas e de formalismo não refutados, o que me permite assumir que as conclusões daí resultantes são representantes da verdade objetiva, tão válidas quanto dizer que X mais X é igual a XX.

Evidentemente, se alguém refutar logicamente as premissas e/ou o formalismo, as conclusões ficarão também prejudicadas, pelo que agradecerei efusivamente quem me mostrar onde estiver me equivocando.

Com votos de paz profunda.

Um aprendiz
Apenas a Verdade prevalecerá
Paz, saúde e felicidade a todos e a cada um em especial

PS: Apesar deste texto ser resposta direta a um comentário, preferi publicá-lo em destaque devido a conter links para outros artigos.

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