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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Heitor e Andréa- as núpcias,

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Todos gostam de finais felizes.
Um dia,eu me impressionei com um.
Se vcs gostam do amor,vejam "Heitor e Andréa".
Não há como não lhes desejar felicidades.
Fui ao casamento deles em 1.993.
Texto publicado pela primeira vez em junho,no "Filosofia Matemática"- pela segunda vez, no dia 30 de outubro,aqui no blog,e está sendo publicado pela terceira vez,aqui,hoje.
Existe  uma similar a essa que eu escrevi,e é entitulada "Hektor e Andromaka"- casamento ocorrido como trama paralela na saga Tróia,de Homero, e esse romance em questão, mereceu alguns filmes no cinema.
Escrita por Safo de Lesbos,e será apresentada junto.


"Heitor e Andréa"
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Na majestosa nave fria
a moça do buquê caminha
com seu vestido tão alvo
levada por parente alto.
lhe aguardam os padrinhos
sentados os convivas
e as crianças
levam as alianças,
toca a orquestra no anfiteatro
aparece Heitor
lhe dispara o coração
o clérigo esbanja boa educação

eles dizem sim,
as madames e as madrinhas
se mostram emotivas
-vai haver uma festa
as crianças querem o bolo
vai haver uma festa
o salão está florido

…mas os jovens de nada sabem
estão perdidos em felicidade
mas os jovens de nada sabem
só conhecem a sua realidade

Tudo começou lá no serviço
quando eles viram
eram mais que amigos
tudo dividiam
desde a cama com dossel
até aos livros
e foram vivendo assim
em lúdico carrossel

estavam doentes,diziam
ninguém naquela idade
a ninguém pertencia
mas eles juntos- faziam dos momentos
sua eternidade
unidos ficaram o tempo
de uma longa viagem
se estava dando certo
então era para uma vida
os sonhos a céu aberto
eram vistos e pensados de dia
se houvesse o futuro
se houvesse além do horizonte
lá estariam eles
sempre andando juntos
se houvesse algo a fazer
isso era para eles
somente
-um se via no espelho, mas chamava sua imagem
de você (o nome do seu amor)

e a festa corria barulhenta
as conversas se ouviam arrulhentas
os jovens não estavam nem aí
estavam em seu mundo
brilhavam tão intensamente
estavam a sorrir
cumprimentavam os parentes
mas não estavam nem aqui.

alguém cortaria
do bolo a primeira fatia
(enfim)
quão era doce o amor
eles, perdidos em pensamentos um no outro
estavam perdidos de amor,

Nos olhos mútuos moravam
brilhavam nos dedos as alianças
eles habitavam jardins celestiais de lindas esperanças
de muitos sorrisos e bonanças
na maionese viajavam
miravam-se sem parar
pousavam no coração um do outro
eram tão tolos
perdidos de amor…

…e o buquê foi para uma menina chamada Maria
que amava as novelas
que não sabia o que era o amor
e eles ignoravam paz e guerra
e habitavam as vielas
dos sentimentos um do outro
eram tão bobos tão tolos
perdidos de amor… "
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Héktor e Andromaka,de Tróia


(essa poesia foi mais longa, e a única cópia que existe atualmente,é o fragmento que será visto.
Colchetes e pontos,em traduções,indicam em que partes o papiro em que foi escrito, foi desgastado.
Omiti parte desses colchetes e pontos.
Reparem como eu fui mais "sentimento" ao contar essa história.
Não que ela tenha usado mais a "razão".
Ela usou mais foi, ornamentos. )


“Kypro,
ei-lo o arauto
e estas palavras Ídaos,o mensageiro veloz
… … … … …e das amplidões da Ásia… … … …glória imortal
(esse início está fragmentado,e sem algumas frases,pois no original,elas estão apagadas)
Héktor e seus companheiros,a de olhos cintilantes
trazem de Thebas, a santa,e de Plakía(das fontes perenes):
Andromáka de muitas graças, em naves sobre as salsas ondas
do mar- e bordados de cores cambiantes,
quanto bracelete, vestes purpúreas com perfumes,
copas de prata, inumeráveis; e marfim.”
Assim falou. Vivamente ergueu-se o amado pai,
e Pháma, na cidade de amplas praças, ressoa entre os amigos.
Num ímpeto, os ilíadas atrelam os mulos
aos carros de boas rodas: para eles sobem concertos
de meninas e de mocinhas
à parte, as filhas de Príamo
os corcéis,os varões conduzem aos (carros de guerra)

… … …iguais aos deuses sagrados
reunidos todos( ) para Ilion;
a flauta docissonora e a cítara se mesclam
ao timbre dos crótalos; das virgens,nítida
a canção sagrada ressoa aos céus etéreos
por todos os caminhos
grandes vasos e copas
misturam-se incenso,mirra e cássia;
as anciãs lançam no ar um grito agudo de alegria
e os homens, num coro apaixonado, altíssono,
invocam Paion,o Arqueiro de boa lira,
celebrando Héktor e Andromákha, iguais aos deuses: "
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1 comentários:


orquideia nihil disse...

Imaginem uma igreja cheia de flores,e depois, uma festa cujo fundo musical,é o conjunto de doces melodias do Kenny G, com um pagode bem animadinho no final.
Certos eventos nos marcam.
Eu admirei o entrosamento do "Heitor" e da "Andréa", que se apaixonaram um pelo outro,desde o primeiro dia.
Não os vi mais após 1.993,mas espero que sejam felizes.
Na poesia da jovem de Metilene,eles também seriam "Heitor e Andréa",se nomes pudessem ser traduzidos.
Na vida real, só ela se chamava Andréa.
Eu o conhecia por sobrenome.

Deixo presente minha homenagem a esse casal,e a essa família que um dia,se formou.
Talvez, o amor, seja mesmo o bem mais precioso que existe,pois nele começam todas as promessas de vida.

Um comentário:

  1. Vou atualizar o comentário que fiz aqui, dias atrás.
    Postei de novo esse conjunto poético,para dar uma segunda chance aos blogonautas, de leitura do mesmo.
    Isso porque ele saiu com rapidez da tela,da outra vez.
    Deixei anexo o comentário feito naquele dia, trinta de outubro.
    O efeito visual ficou bom.

    Escrevam um pouco mais...de repente, tudo ficou quase silencioso...

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