No mundo religioso é a mesma coisa, só que o nome do axioma é dogma. Todos existimos graças a Deus, mas Deus existe sem precisar de nós. Desse dogma foram publicados vários livros e cartas, tentando explicar como algo tão perfeito como Deus pode criar uma criatura tão abominável e mesquinha como o homem. Dentro da Bíblia foi criado o conceito de pecado, a distância que separa o Criador da Criatura.
Como a Matemática acompanha a história humana, hoje existe um monte de números entre dois números reais, são eles os racionais, os irracionais como o Pi, os decimais, os naturais, os negativos e os imaginários, onde o quadrado de um número é negativo (pode um negócio desses?), mas de todos os números reais o mais enigmático é o Zero, ele não representa nada, mas nem por isso deixa de representar um número "real".
Por mais estranha que seja a Matemática, muitas de suas fórmulas tem enorme funcionalidade. Com ele é possível calcular com antecedência o quanto é preciso pegar de dinheiro para ir e voltar de ônibus, sabendo que a passagem é de R$ 3,00 (supondo que os motoristas não entrem em greve e que o cobrador tenha trocado).
Já os textos religiosos seguem o mesmo raciocínio matemático. Se eu der uma bofetada no Adilson, certamente vou levar outra bofetada dele. Essa é a primeira Lei da Bíblia, Olho por Olho, Dente por Dente. É o que Newton chamava de ação e reação. Quase no final da Bíblia, porém, Jesus disse que há uma outra alternativa. Nada impede que o Adilson perdoe a minha bofetada, por força de um poder maior que vem de Deus: o amor. Na Matemática, também há um equivalente, é o que o pessoal de Geometria chama de Tangente, uma inesperada inclinação ao longo de uma curva.
Claro que ninguém precisa estudar Matemática, Física ou Religião, para saber o que fazer quando levamos uma bofetada. No meu caso, eu simplesmente grito de dor ou falo um baita palavrão. Mas a Matemática, a Física e a Religião me ajudam bastante na hora de revidar. Vai que o Adilson tem 2m de altura, 150 kg de largura, aí eu posso me ajoelhar e pedir n vezes para não me bater mais, pelo amor de Deus.
Olá Hosaka (e olá pessoal),
ResponderExcluirConsidero humildemente que, quando uma conclusão lógica, fundada em um silogismo irretocável, desafia fatos ou a razão em nível muito elementar, pode-se verificar (1) se não assumimos como verdadeira uma premissa incorreta ou (2) se não estamos interpretando o que observamos de maneira muito limitada, de maneira a considerar fato o que é mera hipótese.
Se entendermos um axioma como uma premissa (são sinônimos), e assumirmos que
- Deus é o máximo da perfeição (premissa maior)
e que
- Deus nos criou imperfeitos como observamos (premissa menor)
então
- A premissa menor estará em contradição com a premissa maior, o que implica que há algo errado. Uma das duas premissas não poderá ser verdadeira.
Vamos começar pela premissa menor, pois ela é, em parte, fruto de observação, ou seja, é fato, e contra eles não há argumentos válidos por parte de quem tenha juízo.
Como eu disse há uma parte dela que é decorrente de observação, que é a que diz que somos imperfeitos, e contra isto não há argumentos. É ponto pacífico, somos muito imperfeitos.
Outra parte da premissa menor diz que Deus nos criou imperfeitos. E aí pode estar a solução desta questão.
Pois um ser maximamente perfeito como Deus conceitualmente tem de ser (aliquid quo nihil maius cogitari possit), há de ser também maximamente justo, o que o impediria de criar seres minimamente diferentes entre si.
Como também observamos que pessoas nascem em condições astronomicamente díspares, isto implicaria que Deus não poderá estar sendo justo.
Isto parece que piorou a situação, pois além de criar seres tão imperfeitos, Deus ainda estaria sendo injusto. Mas só parece.
(continua)
(continuação)
ResponderExcluirPois Ele só estará sendo menos que o maximamente justo se estiver nos criando na atual situação que nascemos.
Se Deus criou a todos os seres, em uma condição absolutamente idêntica e, em vista de nossas escolhas, fomos produzindo as causas que, como consequência, que nos levam às atuais condições de nascimento e vida, Ele se conserva maximamente justo e perfeito, com as diferenças e imperfeições observadas sendo fruto de nossas boas e más escolhas entre o instante da criação de cada um de nós e o atual momento.
Apesar de meus esforços, que reconheço falíveis, não consegui outra solução que concilie a premissa maior (Deus é maximamente perfeito) com a observação de fatos (somos imperfeitos), o que me levou a negar a premissa menor (Deus nos criou imperfeitos como observamos).
O que me permite conciliar uma conclusão a que cheguei apenas pelo uso da razão (Deus existe), com o que observo e não posso negar (somos imperfeitos), sem ter de abdicar de considerá-Lo o máximo, que inescapavelmente é.
Caso você ou qualquer outra pessoa possa me apresentar outra solução que não entre em contradição com fatos observados de forma convencional pelas pessoas em geral e nem com a Razão, outro e melhor nome de Deus, eu ficaria extrema e eternamente grato.
[]
Robson
PS: (1) Os números imaginários são a RAIZ QUADRADA de um número negativo.
(2) Quem não combate o mal, ordena que ele se faça (Leonardo da Vinci). Pode ser que o mais apropriado não seja o revide imediato a quem quer que seja e em qualquer situação. Mas nem Deus deixa sem consequências, correspondentes, adequadas e proporcionais, pela lei de causa e efeito.
O que é muito diferente de vingança, pois visa preservar a todos de sofrimento, gera aprendizado na maioria das pessoas e impede a pessoa de aumentar a sua conta negativa, o que o faria se não tivesse oposição nenhuma, gerando benefício também para ela.
Paz e Felicidade a todos
Bom dia,sr.Robson.
ResponderExcluirEstou aqui,"flagrando" vocês. (hohó!)
Deus é Beleza,mas é imperfeito.
Ou não somos imperfeitos,mas somos "criaturas primitivas".
Não confio em ninguém que pode ter sua inteligência diminuída -em função de problemas gástricos.(isso significa não confiar em ninguém mesmo...kkk...)
Li sobre isso ontem.
Doenças intestinais podem gerar a doença da depressão, que reduz o desempenho...e esse é o tipo da informação que gera um "conforto",mas também,uma incredulidade.
Enfim- somos criaturas.
Robôs do nosso carma.
Nem pecadores somos,pois para sermos pecadores,temos que ter mais controle sobre a vida.
Estamos longe disso.
Continuarei lendo as últimas msgs.
Ultimamente,tenho estado menos na web, por causa da agitação característica desses meses.
À semelhança do sr.Hosaka, estou sempre com algum desafio para resolver,mas por ora, ainda não é desafio eletrônico.
Li suas crônicas,de ontem e de hoje.
ResponderExcluirSou budista-(ref.à sua mensagem sobre o "i.tunes"),e meu pc,é da Acer.
Ainda bem que por ora,não tenho tantas preocupações eletrônicas.(hohó!)
Em Diadema, conheço uma "lan" na avenida de acesso ao centro da cidade-e que abre aos domingos.
Quanto à "ação-reação"- é possível reagir ao que tem um cérebro.
Difícil,é darmos "o troco" em eventos inconscientes.
A corrupção no Amapá,
foi uma das primeiras crônicas que li ontem de manhã.
Felizmente, não fui passear mesmo, - saí para cuidar de umas urgências.
Tomei chuva.
Eu gostaria que o sr.contasse em alguma hora,o que o sr.faria para mudar/melhorar o mundo,e acabar com essa "calamidade" brasileira,que é a corrupção.
Pois essas pessoas que a praticam tem um nome.
Genocidas.
Tem horas que fico triste além da conta.
Hoje, estou alegre, mesmo com o cinza que está no tempo.
Então, não se preocupe -ao menos não com isso.
Uma boa semana ao senhor.
Que nossos "mestres invisíveis" nos indiquem o que fazer a favor do Brasil.
-srta Nihil
Olá, HosakaAndréMala! Ardendo muito esse teu lordinho de católicuzudão ? Faça como o papa: de meia em meia hora leve uma enrabadinha do guarda suiço, o Hans , hehehe....Auf wiedersehen, guten morgen ! ...
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