Em 1984, ouvindo o Padre José, conheci o modo evangélico de ver o mundo, onde as pessoas brigam entre si para pegar o bolo do outro.
Aqui em 2011, eu não sei quem é burguês ou proletário, nem tão pouco quem é Filho de Deus ou um simples pecador. O que mais vejo no dia a dia é a relação entre compradores e fornecedores, o meu pequeno universo é o comércio, e o tema principal é o preço, o custo e o lucro. Em teoria, acredito na tese de que quanto mais você vende, mais lucro você vai ter. O problema todo, o meu é claro, é como vender.
Primeiro, você tem que ser muito paciente, e isso eu não sou. Eu sou muito rude com os clientes, e muitos me admiram por ainda ter clientes que compram de mim, nem eu mesmo sei explicar como isso é possível. Aqui é que entra a intervenção divina, acho que Deus é que manda os clientes mais chatos desse universo ficarem no meu pé, ou Deus tem muita raiva dos pecadores e arranjou para eles o pior vendedor do mundo.
Ao contrário do Sr Robson, acho que Sócrates foi o único que tinha a capacidade de pensar. Se o Sr Robson conhecesse os meus clientes logo chegaria à conclusão de que ninguém tem cérebro nesse universo. Eu sempre explico que o produto veio da China, não tem assistência técnica, que não dou nenhuma garantia, que não vale a pena comprar, mas o teimoso do cliente quer que quer comprar a porcaria do produto, e depois vem reclamar comigo que aquilo é uma porcaria mesmo e quer o dinheiro de volta. "Meu senhor, eu não tinha alertado várias vezes que o produto não prestava?". "Pois é, é que eu não levei a sério, mas agora estou falando sério: quero o meu dinheiro de volta, quero que o Sr respeite os meus direitos".
Então, de que adianta eu saber se existe uma forma simples de ver o mundo, se eu não consigo convencer o cliente a não comprar o produto que não presta? Claro que de noite eu fico contente com aquele monte de dinheiro no meu bolso vendendo esses modens da China que não conectam o computador à Internet nem com reza brava, mas eu lembro de Karl Marx que morria de dó do proletariado sempre explorado pela burguesia com produtos de péssima qualidade e com mais-valia acima do socialmente aceitável, ou do Padre José que lembrava a mensagem de Jesus de que todo mau vendedor iria acabar naquele lago que cheira e arde enxofre por toda a eternidade ou para sempre, o que for mais longo.
É nessa hora que desejo ser burro, desejo parar de pensar. Mas não consigo, e como o meu fim está próximo, é que apelo para o Blog da Selma, lendo as mensagens do Adilson, da Srta Nihil, do Robson e do Sr Joseph para ver se consigo dormir na marra. Porque amanhã começa tudo de novo. É o que o Robson chama de "a inevitável cédula da repetição".
Frank K Hosaka fhosaka@uol.com.br (11)8199-7091 Diadema-SP
Olá Hosaka (e olá pessoal),
ResponderExcluirFique bem.
[]
Um aprendiz
Somente a Verdade prevalecerá
Paz e Felicidade a todos
(imagino o sr.Hosaka com uma loja de informática,em Diadema,vendendo fontes, pcs usados, celulares e modens da Claro)
ResponderExcluirNum desses domingos, no bairro da Liberdade, quis comprar um modem 3G Zite.
Levei o notebook,para um teste.
Eu e a vendedora não sabíamos que o dispositivo tem que ser instalado,e que o anterior, desinstalado.
Colocamos o Zite no pc.
Não conectou "nem a varas".
Pensamos que era porque estávamos num prédio.
Cautelosamente,não adquiri.
E também não recomendei a TIM à vendedora "que queria conhecer uma conveniente para o "note" dela".
Estava saindo do ar todo fim de semana,como eu ia recomendar?
Acho que ela já tem um plano de outra operadora.
Comprei outro avulso.
Isso quando eu pratiquei o procedimento supracitado uma vez.
Ao contratar o plano,foi o vendedor que fez isso para eu.
A tarefa é simples,e intuí o que era para ser feito,com o novo da TIM.
Deu certo por uma hora,aí,parou de funcionar.
No dia seguinte,comprei o da Multnet- que tem me concedido uma internet quase estável.
Então vou deixar para depois,a compra de um D-link.
Boa noite a vcs.
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